O barato as vezes sai caro

[Seifer Almasy]

O barato às vezes sai caro, diz Amorim sobre compra de caças
07 de janeiro de 2010 • 12h36 • atualizado às 12h41


Caça francês Rafale participa de concorrência para equipar Forças Armadas brasileiras Foto: Divulgação

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, voltou a comentar o vazamento do relatório da Força Aérea Brasileira (FAB) sobre a compra de novos caças para a Defesa. "Caberá ao presidente, que lidera o País politicamente, tomar a decisão, levando em conta todos os dados, técnicos e outros. As vezes os técnicos dão uma impressão que vai num sentido e muitas vezes o barato sai caro", disse Amorim, que um dia após a divulgação do relatório foi a Paris, onde participou nesta quarta-feira de um simpósio de economia que também contou com a presença do presidente francês, Nicolas Sarkozy.

O ministro deu a entender que a decisão do governo brasileiro não deverá se basear apenas no preço como fator decisivo da opção da FAB pelos caças suecos Gripen NG, da Saab, ao invés dos franceses Rafale, da Dassault.

"É claro que os dados técnicos também são importantes, mas outras considerações também são importantes. (...) Não estou diminuindo o valor do trabalho feito, nem estou dizendo que ele é o único fator", afirmou o ministro, dizendo que o processo de decisão ainda está em curso e a palavra final caberá apenas ao presidente Lula.

Sarkozy abriu o evento na manhã de hoje e incluiu o Brasil diversas vezes em seu discurso. Diante de Amorim, e por duas ocasiões, lembrou da admiração e da amizade que mantém com o presidente Lula e o Brasil.

"Quem pode pensar que, hoje, podemos resolver os problemas do mundo sem o Brasil?", afirmou, ao defender a inclusão dos grandes países emergentes no Conselho de Segurança e o alargamento do G-8 - o grupo dos oito países mais ricos do mundo - para o G20 - que inclui emergentes, como o Brasil.

A parceria estratégica entre o Brasil e a França é a principal razão para que o presidente Lula e o ministro da Defesa, Nelson Jobim, prefiram os Rafale aos outros concorrentes, por mais que o preço das aeronaves francesas seja quase o dobro do que os Gripen custariam, conforme a empresa sueca.

Amorim, no entanto, negou que houvesse interesses por trás dos elogios de Sarkozy. Para ele, fazer uma relação entre as palavras do presidente francês e o possível fracasso da venda dos Rafale seria "pensar pequeno". O brasileiro foi um dos palestrantes da primeira mesa-redonda do evento e, em francês, defendeu a maior inserção dos emergentes na governança global.

Ao deixar o simpósio, ele se reuniu com o conselheiro diplomático do Palácio do Eliseu, Jean-David Levitt. Na saída do encontro, o ministro brasileiro disse que a conversa foi "ótima".

Amorim disse que o tema da venda dos caças foi abordado, mas de uma forma "serena", sem preocupações por parte dos franceses. Este, conforme Amorim, não foi o tema principal da reunião.

"Eles estavam interessados, e eu ficaria surpreso se não estivessem. A palavra que ele (Levitt) usou sempre foi serenidade", disse Amorim. "Eu disse: 'olha, não sou eu quem negocia isso'."

Fonte: http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4191644-EI306,00-O+barato+as+vezes+sai+caro+diz+Amorim+sobre+compra+de+cacas.html

Bom, dos 3 aviões que tão querendo comprar, realmente o francês é o de menor custo / beneficio, mas o unico que vai ser possivel o compartilhamento de tudo, inclusive da tecnologia embarcada, para que em 15 anos ou menos o Brasil já esteja produzindo no minimo aviões de quinta geração similares ao F-22...

e vocês o que acham dessa "palhaçada" toda? afinal o Brasil estaria apenas querendo salvar uma empresa da falência por ter acordos com a frança? ou estaria realmente pensando em equipar as forças armadas e produzir aviões similares em alguns anos?

[SaintFerio]

Sinceramente, não sei pq, mas fui mais com a cara dos suecos hehe!

O importante mesmo seria conseguir a transferencia de tecnologia... Se os franceses passarem tudo, talvez seja inteessante! Aí quem sabe um dia não teremos um filme estilo TOP GUN feito no Brasil e com caças brasileiros?

[Seifer Almasy]

mas ai que tá, o unico país que vai ter transferencia tecnológica no acordo, seria no caso da compra dos Rafales mesmo

no caso da Suécia e dos Eua, parece que a Suécia até passa alguma coisinha, nada de mais... mas os EUA, só vendem mesmo e não fazem transferencia tecnológica nenhuma

[Santo]

O preço dos suecos é o melhor, porém o pacote não inclui nem os softwares nem o armamento, além do Gripen NG não ser um projeto finalizado, poderia até se tornar uma boa opção mas tambem pode ser um desastre. E cerca de 30% do projeto inclui peças provenientes dos EUA, que certamente vetariam a transferencia de tecnologia.

A proposta americana nem tinha sido levada muito a sério nessa última fase já que a transferencia de tecnologia seria um pré-requisito e isso depende da aprovação do congresso americano, porém depois do anuncio do Lula no último 7 de setembro sobre a escolhe praticamente acertada com os franceses (diziam que foi uma trapalhada, mas se mostrou uma jogada de mestre, só não se sabe se foi intencional ou não) os americanos apresentaram uma nova proposta e no dia 5 de novembro o congresso americano aprovou a transferência de tecnologia em caso de venda para o Brasil.

A proposta francesa é mais cara, mas estrategicamente é mais interessante, já que contempla desde o início a transferencia de tecnologia e a produção nacional a partir do 7º avião.




Pelo que vi os militares, apesar de ter as própria predileções, querem é que se feche logo o negócio qualquer que seja o vencedor, já que os caças brasileiros além de serem poucos (o top são 12 Mirage 2000) estão sucateados. A compra inicial é de 36 mas pode ser extendida à 120 caças. E existem rumores sobre caso o Rafale seja escolhido a Marinha também entre no negócio adquirindo os Rafale-M para operar no porta-aviões São Paulo, já que que quando este ainda era dos franceses já operava com os Rafale.

[Seifer Almasy]

Gripen NG

Esse avião sequer existe, ta em projeto ainda (papel) nada concreto, então desconsidero totalmente, fora que nesse caso, não vai haver transferencia tecnológica de nenhum tipo, e isso persiste ainda... parece que essa noticia ae é boato santo

quanto aos EUA, melhor não comentar... ta certo que é o avião mais caro e tal esse francês, mas parece ser a unica proposta realmente boa, foda que a empresa que fabrica ele, ta em vias de falir a qualquer momento, pelo menos é o que a midia ta dizendo

[SaintFerio]

Se fazer 12 caças, passar a tecnologia e aprendermos, pode falir, que se dane