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Started by night, Feb 25, 2007, 20:46:38

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Baha

E uma coisa que eu pensei quando comecei a jogar, "nossa, um JRPG de antes de 2000 com um negro entre os protagonistas, isso é raro! (mas curiosamente FF7 também tinha)", mas aí eu fui dar uma olhada em detalhes do jogo na internet e vi que isso era uma das mudanças feitas especificamente pra versão ocidental... ¬¬

Strife

Sim, tem essa tb, a versão original de PS1 foi muito alterada nos EUA, personagens virando negro e loira, cidade "americana" com templo xintoísta etc etc

A versão PSP é fiel ao original.

Baha

E terminei de jogar Revelations: Persona!

Depois de um início meio difícil de engolir, acabei sobrevivendo à jornada toda por alguns elementos conseguirem prender minha atenção.

Revelations: Persona é a versão americana de Megami Ibunroku Persona, primeiro jogo da série que nasceu como spin off de Shin Megami Tensei (série que aliás não conheço pessoalmente ainda) e foi lançado para Playstation.

Ambientação, história e personagens

O jogo é ambientado nos dias atuais (dos anos 90 pelo menos), algo incomum para o gênero, e se passa na cidade de Lunarvale, tendo como protagonistas um grupo de adolescentes do ensino médio.

Nesse universo ele conta uma história envolvendo demônios, corporações malígnas, garotinhas misteriosas e pessoas que conseguem materializar facetas de suas personalidades como criaturas mágicas. É um enredo que pende bastante para o lado filosófico e metafísico, mas o modo como isso foi contado (ou pelo menos traduzido) acabou não ficando tão interessante, com muita coisa deixada solta ou explorada de forma superficial e ingênua. Ao menos o jogo faz um bom trabalho ao, com isso, estabelecer sua atmosfera e seu universo.

Pra um jogo que trata de personalidades, os "vários eus" dentro de cada um de nós e dá importância a isso a ponto de trazer esses elementos para o mundo físico, Persona tem personagens bem estereotipados e sem profundidade, com uma ou outra exceção. Por outro lado eu achei que ele até que faz um trabalho bacana em estabelecer o seu protagonista mudo como sendo o jogador inserido naquele mundo, com eventuais decisões que influenciam elementos do desenrolar do jogo, além da forma como os personagens e eventos te tratam.

Um fato interessante é que o jogo sofreu várias alterações com relação à versão japonesa e se encaixa perfeitamente no conceito de um produto que foi "americanizado". Desde coisas menores como nomes de personagens e lugares, até mudanças drásticas como etnia de personagens e mudança do país onde fica a cidade fictícia.

Gameplay de exploração

Revelations:Persona é um jogo bastante arcaico em vários aspectos, mas que no meio desses problemas apresenta conceitos e ideias interessantes que felizmente foram aprofundados em seus sucessores mais famosos.

A movimentação geral possui 3 gameplays distintos: Salas, interiores de prédios/construções/dungeons e o mapa da cidade.

Nas salas o jogo adota uma visão isométrica com cenários e personagens em 2D, e geralmente só ocorrem diálogos e coleta de itens. A movimentação nessa parte é HORRÍVEL. O personagem só se move nas 4 direções básicas (que visualmente são diagonais por causa da perspectiva), mas você precisa usar as direções retas do direcional digital para se mover, o que é bem desagradável de se acostumar.

A exploração de ambientes fechados, prédios, corredores e afins, enfim, as dungeons do jogo, é feita em primeira pessoa, como em um daqueles dungeon crawlers antigos de PC. Você apenas anda pelos corredores sem variedade visual, acompanhando atentamente o minimapa no canto superior direito da tela para não se perder e nem seguir por um caminho sem saída. Ah, e reza pra demorar até aparecer o próximo combate. As dungeons começam a ficar bastante labirínticas depois de um tempo, mas felizmente na maioria delas os caminhos "errados" são razoavelmente curtos e o mapa costuma prover orientação suficiente. Só que isso somado aos combates demorados torna toda essa parte bastante irritante.

A exploração do mapa da cidade é feita em 3D, com uma perspectiva de cima e seu grupo é representado por um marcador verde. Nada de muito especial, mas a cidade é mais ou menos grande, e ir de um lugar a outro pode tomar algum tempo (e alguns combates). E você vai andar muito de um lugar pra outro...

O jogo possui lojas onde você pode comprar equipamentos (com uma interface aceitável), árvores para salvar o jogo (?!) e a "velvet room", uma sala especial onde você pode fazer a fusão de cartas para criar novos personas.

Sobre a compra de equipamentos, eu percebi durante o jogo que raramente o dinheiro é suficiente para estar sempre perfeitamente equipado, mas por outro lado não me senti muito prejudicado por não estar. Na reta final pelo menos eu consegui comprar tudo o que queria, pois algumas dungeons bem desagradáveis me renderam bastante dinheiro.

Combates e conversas com monstros

Os combates do jogo não são difíceis no geral, ao menos se você estiver com uma boa combinação de Personas, mas são muito demorados. as animações demoram para transcorrer, a quantidade de personagens em combate é grande e os inimigos as vezes demoram pra morrer. Isso fica bem tedioso depois de um tempo. As opções de autobattle ajudam bastante, mas aí chega ao ponto de você deixar um combate rolando e ir comer alguma coisa na cozinha. Sério.

Eles também são mais complexos que a média, levando em conta posicionamento, características das armas, elementos, "famílias" das criaturas, etc. O problema é que no começo do jogo os combates acabam sendo desagradáveis por isso, pois suas opções fracas e limitadas acabam gerando várias situações onde você desperdiça turnos por não poder atingir um inimigo devido ao combo posicionamento/arma de curto alcance.

O grande destaque dos combates é uma das opções para evitá-los: Conversar com os monstros! A grande maioria dos monstros está aberta ao diálogo no jogo, e de vez em quando eles até tomam a iniciativa. No começo de todo turno de combate é possível tentar conversar ao invés de lutar, escolhendo para isso uma das espécies de monstros no combate. Cada personagem do seu grupo tem 4 opções, baseadas em sua personalidade, de como abordar a criatura e cada criatura tem uma personalidade diferente, reagindo de forma distinta a cada tipo de abordagem.

Há 4 medidores para a disposição da criatura durante o diálogo: Raiva, alegria, medo e interesse. Um deles se enche um pouco a cada tentativa de diálogo, de acordo com a abordagem escolhida e personalidade da criatura. Aquele que se completar primeiro vai gerar uma reação final no monstro. É geralmente muito ruim deixar o monstro com raiva, sendo o medo um pouco mais imprevisível. Alegria geralmente vai fazer a criatura te dar algum item de presente, te curar e/ou abandonar pacificamente o combate, mas o resultado mais importante é conseguir o interesse dela. Quando isso ocorre você tem 3 opções: Pedir que a criatura vá embora, que te dê algo ou que te dê a carta dela. Mas você só ganhará a carta se seu nível for alto o suficiente, senão você será apenas esnobado e o monstro irá embora.

Cada monstro com o qual você pode conversar possui uma carta. Essas cartas são usadas para realizar fusões no velvet room e gerar novas Personas que você pode equipar nos personagens. A persona ativa de um personagem define quais magias ele tem. Além disso cada persona tem seu próprio nível e seus status, e os status efetivos de um personagem em combate são o que for maior entre o dele e o da persona ativa. Com isso é possível fazer alguns combos bem poderosos.

Gráficos e som

Os gráficos do jogo nas partes 2D são bem simples. Exceto pelo tamanho dos sprites (e os fundos psicodélicos) dificilmente é algo que um Snes não faria. Os corredores até que são mais ou menos bem texturizados, mas extremamente repetitivos dentro de cada temática. A cidade chega a dar vergonha, com polígonos sem textura que lembram as primeiras experiências em 3D no Snes e Mega Drive. Em combate um ponto positivo é a variedade de sprites e animações. Mesmo os inimigos que geralmente seriam simples pallete swaps aqui ganham detalhes a mais e outras diferenciações. Mesmo assim tudo tem um aspecto muito "frio e seco".

As músicas do jogo não têm nada de especial, mas não são terríveis. Algumas são um pouco acima da média, como a dos chefes, mas da maioria eu simplesmente não consigo me lembrar... EXCETO A MÚSICA DA FARMÁCIA! A MÚSICA DA FARMÁCIA É ESPETACULAR!!!

No final das contas foi bacana conhecer os embriões do que aparentemente se tornarão elementos consagrados da série nos próximos jogos, além de já me habituar ao clima desse universo, mas em vários momentos esse jogo parecia mais trabalho do que lazer...

Strife

Bom review Baha, infelizmente eu nunca tive saco para aguentar a chatice que é a jogabilidade de Persona 1. Se for pra jogar algum RPG com exploração em primeira pessoa, prefiro arriscar Shin Megami Tensei I ou II. Mas quem sabe um dia eu tenha saco pra terminar. Sempre quis jogar só por ser fã de carteirinha de Persona 2.

Quote from: Baha on Dec 17, 2015, 21:12:49
Revelations: Persona é a versão americana de Megami Ibunroku Persona, primeiro jogo da série que nasceu como spin off de Shin Megami Tensei (série que aliás não conheço pessoalmente ainda) e foi lançado para Playstation.

Cara, aproveita que vai começar a tirar o atraso de PS2 e não deixe de jogar Shin Megami Tensei III: Nocturne. Um dos melhores jogos de todos os tempos e um RPG quase perfeito pra mim. No PS2 está no meu top 5, em segundo lugar.

Baha

Sim, terminei de montar minha lista de ps2 e o nocturne está nela.

Baha

E hoje comecei a jogar Persona 2: Innocent Sin com a tradução não-oficial (mas aparentemente muito boa).

Começou bem promissor! Prendeu a atenção, todos os aspectos técnicos, principalmente os gráficos, melhoraram consideravelmente e agora felizmente a jogabilidade é boa.

Tem algo me incomodando. Não sei se é um problema do emulador ou se o jogo é assim mesmo, mas o jogo suporta dual shock com rumble e tudo, só que o analógico simplesmente não está funcionando, então estou tendo que usar o digital. Outros games com suporte a analógico estão funcionando normalmente no emulador... Felizmente agora pelo menos o personagem sabe andar em 8 direções tornando tudo muito mais agradável.

Gamersnake

Eu acho que isso é inerente ao jogo, e o Persona 2: Eternal Punishment tinha a mesma característica... mas estou falando de memória, posso estar errado.

Strife

Não lembro de P2 ter suporte ao analógico não. Se o jogo original não tinha, no emulador tb não vai ter (caso de FFVII, por ex).

Gamersnake

Deve dar pra fazer uma gambiarra no próprio emulador ou com o XPadder, por exemplo.

Baha

Ah sim, gambiarra eu sei que rola. Mas já tentei com outro jogo antes e não gostei do resultado. Não costuma ficar legal a detecção de diagonais quando o suporte não é nativo no jogo. E eu levantei a questão porque eu estranhei o jogo ter suporte a rumble mas não a analógico. Ainda mais com um estilo de movimentação que cairia como uma luva pra ele.

Baha

Outra coisa, testei o eternal punishment. O analógico funciona! Bom, funciona é modo de dizer: ele simplesmente não detecta quando você coloca exatamente pra cima ou pra baixo.  Todas as outras direções (esquerda, direita e todas as diagonais) funcionam. 

Billy Lee Black

Terminei Red Dead Redemption.
 
Acho que criei muita expectativa sobre o jogo, devido aos elogios da época, e no final das contas foi um jogo apenas bom.
 
Ao menos já terminam com uma possibilidade de continuação.

Seifer Almasy

Terminei Rise of the Tomb Raider  :mrgreen:


Jogo nota 9 com louvor, muito melhor que o primeiro

night

Joguei o beta do SFV.

Eu ainda acho que a Capcom poderia caprichar mais nos gráficos, mas se comparar com SFIV a diferença é gritante. Nunca fui fã dos gráficos do IV também.

Tem nego dizendo que está mais lento que o IV, eu achei mesma coisa, mais dinâmico inclusive. Super fluído, e o dano dos combos esta absurdo. Qualquer combo de 4 ou 5 hits com V Trigger tira facilmente 50% do hp.

Os normais e especiais normais não dar mais cheap damage mudaram completamente a dinâmica do game. Se vc está com 1px de life vc ainda tem chance grande de comeback, não fica no pânico de tomar um róris noia e morrer por cheap.

Tirando Ryu que sempre foi a mesma coisa boring todos os personagens estão muito diferentes. Gostei da maioria, especialmente a Cammy, Ken e Laura. Zangief cretino comba normals em pilão e super agora. Muito forte, top tier facilmente.

O netcode e servidores ainda precisam de ajustes, mas fiz crossplay ps4 vs pc e na maioria das lutas foi bem suave. :D

Até perdi interesse no USFIV.

Gamersnake

O correto seria "chip damage", mas "cheap" num deixa de estar certo...  :lol:

E eu tô afundado no Fallout 4... chegando nas 80 horas de jogo e nem perto de terminar a quest principal.