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Started by night, Feb 25, 2007, 20:46:38

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Baha

Bom, terminei Doom Eternal.

Depois que suas opções passam a incluir coisas melhores (super shotgun com meathook) e você se acostuma com o ritmo do jogo, fica bem mais administrável e dá pra seguir até o fim sem frustração demais. É um jogo que exige mais do jogador, tem uma curva de aprendizado mais pesada e parece ter sido feito com a mentalidade de agradar pro players do gênero.

O ritmo dos combates é muito mais frenético que no Doom de 2016, e ficar 2 segundos parado pode significar morrer pra qualquer inimigo, pois todos são extremamente agressivos. Isso tornou os combates bem mais cansativos, mesmo depois de eu ter pegado o jeito de lidar com eles. O jogo anterior chegava a ser relaxante, mas aqui a realidade é bem diferente. Além disso algumas mecânicas ficaram muito "coisa de videogame" abandonando qualquer tentativa de se preocupar em ter consistência com a ambientação. Por exemplo, matar inimigos que estão pegando fogo dropa armadura, e se você matar com a motosserra o inimigo vira uma piñata de munição. Já existia um pouco disso no anterior, mas agora que tudo isso foi expandido e também virou uma mecânica extremamente central, ficou muito mais gritante.

Já o ritmo do jogo em si pareceu mais arrastado. As fases são bem grandes, até demais na minha opinião e tem bem mais história e cutscenes que no jogo anterior. Você também tem o "fortress of doom" que funciona como um hub onde você pode conferir os colecionáveis que coletou e destrancar mais algumas coisas.

As fases possuem muitas partes de plataforma que incluem se agarrar em paredes e até fazer parkour numas barras. Pra ajudar com isso (e com o combate) você já começa com pulo duplo e mais pra frente ganha até um dash. Não me incomodou porque eu não tenho problemas com plataforma e em geral funciona bem o suficiente, com uma detecção de colisão beeem generosa pra se agarrar nas coisas. Mas imagino que quem queria um FPS de combate mais puro vai ficar de saco cheio. Existem até umas partes que você precisa nadar, mas felizmente elas são pouquíssimas durante o jogo. Eu tinha falado de elas serem mais fechadas e lineares que as do outro jogo mas, depois de jogar todas, digo que no geral acho que não tem tanta diferença na prática.

Visualmente o jogo é muito bonito e existem alguns lugares realmente lindos. O meu preferido é na fase em que você precisa ir pra marte.

A história é uma continuação direta do jogo de 2016, mas começa depois de um bom timeskip e com vários eventos já em andamento e sem explicação. Alguns deles são retroativamente explicados ao longo do jogo pelas entradas de codex que você encontra e por alguns eventos do próprio enredo, mas outros são mantidos totalmente como buracos mesmo. Talvez eles sejam explicados nos DLCs.

Sim, Doom Eternal tem 2 DLCs, que aliás são continuação da história do jogo e terminam a história toda de verdade, mas... ao contrário do jogo base eles não estão no game pass, e estão custando BEM caro, então não pretendo jogar eles. Youtube vai ter que resolver.

Uma coisa que me deixou muito puto é que o jogo crashou várias vezes. Além de ele ter um bug de crashar 50% das vezes (sem exagero) em que você tenta mexer nas configurações gráficas. O mais comum é ele crashar simplesmente por você clicar na aba de vídeo do menu!

Eu ainda gostei mais do Doom de 2016, mas depois de me adaptar ao Eternal digo que não achei ele ruim. Cumprindo todos os objetivos de todas as fases, o game pass contabilizou 28 horas. Não deu tanta diferença pro 2016, mas acredite, a sensação foi de ser muito mais longo.

Billy Lee Black

Olha, Ben Brode é um gênio, simples assim.

Estou completamente viciado em Marvel Snap. O cara conseguiu juntar a mistura perfeita:
- Todo dia você faz missões que te garantem pelo menos uma carta nova;
- As partidas são ultra rápidas. Sério, coisa de 5 min cada. Isso te deixa completamente viciado, querendo sempre jogar mais uma;
- O jogo é simples e os decks são com 12 cartas apenas, sendo permitido apenas uma cópia de cada. Então até mesmo a parte de deckbuilding é tranquila e divertida de fazer.

Baha

Aproveitando o embalo, resolvi jogar Doom 2 (o antigão) já que semi-recentemente eu também tinha finalmente jogado o primeiro.

É... mais Doom. Tem a introdução da super shotgun e alguns inimigos novos, mas o gameplay é exatamente o mesmo do primeiro jogo. Algumas texturas dos cenários são novas, principalmente na tentativa (não muito bem sucedida na minha opinião) de criar cenários urbanos, já que se passa na Terra. Mas no geral tem tudo a mesmíssima atmosfera do Doom 1.

Algumas fases são boas, mas eu achei que a maioria não chega à qualidade das melhores do primeiro. Uma coisa que mudou é que agora é bem mais comum aparecerem multidões de inimigos de uma vez.

Além disso o primeiro tinha um senso de narrativa e progresso melhor. Ele tinha uma história extremamente minimalista, mas ela contava uma jornada por determinados lugares e isso se refletia nas fases de cada parte. Começava em bases futuristas e gradualmente ia chegando no inferno.

No 2 ficou tudo mais minimalista ainda, tem 2 ou 3 ocasiões em que um texto aparece na tela ao final de certas fases contando o andamento da "história", mas o jogo parece apenas um amontoado de fases desconexas com temáticas inconsistentes, e tudo bem menos reconhecível que no primeiro. Às vezes é difícil saber pelo ambiente se você deveria estar numa base, numa cidade, numa caverna ou no inferno. Dá a sensação de ser mais um grande level pack que propriamente um jogo completo.

Baha

E agora terminei Doom 64!

Ex-exclusivo de N64, ele não é um port de Doom, mas um jogo totalmente feito do zero. Relançado recentemente remasterizado pra várias plataformas, grande parte da comunidade considera ele o "verdadeiro Doom 3" e canonicamente até a ID hoje em dia, e isso sendo que nem foi ela quem fez o jogo, mas a Midway. Todos os gráficos foram feitos do zero também, incluindo texturas de cenário e sprites.

Mesmo assim o gameplay se atém de forma muito próxima aos primeiros. A progressão do jogo tem uma lógica na sequência das fases e sua temática, não caindo na reclamação que eu fiz do Doom 2. As fases inclusive são bem consistentes e a progressão também. Você novamente começa em bases militares antes de ir pro inferno, mas mesmo no inferno você começa em lugares que parecem fortes e castelos com uma estrutura sensata, mas vai progredindo pra lugares com ambientação e layout cada vez mais surreais e abstratos. Dá a impressão que teve bastante cuidado pra fazer uma experiência amarradinha em cada fase e no jogo como um todo, bem diferente de Doom 2 com várias coisas que pareciam apenas "largadas lá".

O gameplay tem algumas características diferenciadas, principalmente os diferentes tipos de triggers para coisas acontecerem na fase, como inimigos derrotados, ou objetos que você atira ao invés de apertar. Também existem agora armadilhas no cenário em algumas fases. Com isso, os puzzles de progressão são mais complexos e obscuros. Não teve praticamente nada absurdo em termos do essencial pra terminar as fases, mas agora os segredos estão realmente secretos. Se em Doom 1 e 2 era bastante razoável esperar ser capaz de encontrar tudo em todas as fases sem um guia, aqui isso é bem menos provável, com algumas coisas tendo soluções altamente obtusas. Não ajuda o fato de que o jogo não te informa quantos segredos existem na fase antes de você terminar ela.

O jogo tem uma atmosfera muito mais pesada, opressiva e claustrofóbica que Doom 1 e 2. O visual tem algumas coisas, como luzes coloridas, que dão um tom bem diferenciado à ambientação. A música também é muito mais atmosférica e puxa para um lado de terror.

Baha

Acho que vou dar outra chance pro Doom 3. Eu joguei ele na época em que era novidade , fiquei muito impressionado com os gráficos (quando eu conseguia enxergar eles, porque aquela porra era escura pra um caralho) e com a ambientação de terror, mas achei o jogo MUITO arrastado. Eu lembro que tinha chegado beeem longe quando simplesmente não tive mais paciência pra continuar.

Depois que passa o fator novidade dos sustos, ambientação e gráficos, o que sobra é um jogo com um progresso muito lento e metódico, que gasta muito mais tempo do que deveria com as mesmas coisas, e principalmente que continua se apoiando em inconveniências de gameplay que lá no começo serviam pra ajudar a atmosfera de terror e tensão, mas que adiante no jogo acabam servindo só pra incomodar e atrasar as coisas mesmo.

Vamos ver se com essa edição mais recente as melhorias de qualidade de vida dão um novo fôlego pro meu aproveitamento do jogo. Com isso eu também terei terminado tudo de oficial da série. Bom, ficam faltando os obscuros Doom RPG pra mobile super difíceis de encontrar uma forma de jogar hoje em dia, e aquele Plutonia que vem no "Final Doom", mas pelo que vi sobre esse último é algo apenas "semi-oficial" e focado em desafio super hardcore pros fans, e eu provavelmente não vou ter paciência pra isso.

Strife

Terminei um jogo que tava na minha backlog a tempos, Jet Li: Rise to Honor (PS2). Anos atrás não rodava direito no emulador, mas agora roda super liso. Mas, é um jogo mediano. Quando está cumprindo a proposta de reproduzir um filme de ação do ator é muito divertido. Até faz funcionar o combate com analógicos, reproduz os movimentos do Jet Li muito bem, armas e objetos de cenários para usar, tipos diferentes de inimigos que precisa usar golpes diferentes, e os setpieces são empolgantes. Porém, tem várias partes de stealth bem mal feitas que sempre acabam com o momentum do jogo, e algumas partes de combate podem ser cansativas pelo tanto de inimigos, alguns com muito mais HP do que deveriam ter. O último chefe foi um teste de paciência. Valeu como experiência por ser fã de filmes de artes marciais, mas no final ficou muito aquém do Jackie Chan: Stuntmaster de PS1 (o melhor beat'em up do console pra mim), que cumpre sua proposta muito melhor e sem nada que fique no caminho da jogabilidade. O Stranglehold do John Woo/Chow Yun Fat tb é um jogo melhor (e bem underrated tb).

Algumas fotos, pois realmente ficou bem legal no PCSX2:












Baha

E dessa vez terminei Doom 3!

Ele realmente é muito diferente de todo o resto da série e não parece Doom, ou pelo menos parece uma reimaginação beeeem extrema dele.

Doom 3 é uma tentativa de reboot da franquia e tem uma história que se leva mais a sério, ela entra muito pouco no seu caminho durante o gameplay em si, com algumas poucas cutscenes concentradas quase todas bem no comecinho. O comecinho que aliás tem toda uma parte introdutória sem combates, cheia de pessoas vivas andando por aí e conversando, iniciando um worldbuilding das instalações da UAC em marte.

Aliás, worldbuilding é a palavra, porque o que mais vai acontecer em termos de história é você encontrar PDAs de funcionários variados da UAC e ouvindo seus audiologs e lendo seus emails você vai recebendo os pedaços de informação sobre o contexto inteiro das coisas do jogo. Ler e ouvir as coisas deles são opcionais, mas é no meio dessa informação que ficam as combinações para abrir uns armários cheios de itens, que funcinoam meio que como os secrets desse jogo. Ainda há algumas coisas escondidas não catalogadas também, mas o principal fica lá.

Doom 3 também é um jogo de terror, o design dos ambientes, toda parte de som e a pseudo-trilha-sonora do jogo contribuem pra isso. Nos outros jogos existe por trás de todo o gore e da premissa um certo tom de exagero e diversão, principal em 2016 e Eternal, mas não aqui.

Com base nessa história de terror que se leva a sério o jogo tenta estabelecer todo um tom de realismo, adaptando inclusive diversas mecânicas e itens pra servir a isso. Eles inclusive encaixam no worldbuilding motivos pra coisas como a existência de motosserras em marte. Dito isso o jogo tem muitas referências a coisas da série, seja em inimigos, itens e elementos da lore.

Esse realismo acaba atrapalhando o jogo no conjunto geral. Pra começar o seu personagem não é muito rápido e não consegue correr indefinidamente, tem uma stamina, toma dano ou morre se cair de alturas um pouco maiores que uma mureta, as armas precisam ser recarregadas, sempre que apanha seu personagem toma um grande knockback, sua visão balança e você fica desorientado, entre outras coisas.

Falando nas armas, elas são em geral bem fracas e insatisfatórias. A shotgun, que sempre costuma ser uma arma confiável e gostosa de usar, aqui tem um spread muito ruim e inconsistente, e só é minimamente boa se usada de muito perto, e muitas vezes nem assim. Varia de 1 a 4 tiros dela que eu preciso dar À QUEIMA ROUPA pra matar um Imp. Ah, e nada da super shotgun nesse aqui, pelo menos no jogo base. Geralmente demora tanto pra matar um inimigo com quase qualquer arma que ele sempre tem tempo de te atacar antes, mesmo quando você o pega de surpresa.

O jogo ainda é dividido em fases, mas elas se passam em localidades sequencialmente interconectadas. O problema é que as instalações da UAC possuem um design visual que torna tudo difícil de discernir, e você vai passar por poquíssimos lugares que não sejam nelas. Exceto por salas específicas, não tem muita variação temática pra você saber se está na área "urbana", no setor administrativo, no Alpha Labs ou no Delta Labs. Ainda bem que o layout completo de cada fase não é grande demais, porque você não tem mais um mapa pra se orientar, tem que confiar no seu sendo de direção. "Ajuda" o fato de o jogo ser bem mais linear.

O problema maior disso é que quase todas as localidades do jogo se resumem a conjuntos de corredores apertados, claustrofóbicos e escuros. Você quase nunca tem espaço para manobrar. Até quando a "skin" do lugar é diferenciada, o design não costuma fugir disso.

E chegamos no centro do gameplay do jogo: Doom 3 é lento, metódico, com inimigos que aparecem aos poucos e demoram pra morrer, em ambientes apertados e escuros, o tempo todo brotando por trás de você ou de "monster closets" espalhados pelo cenário. Passar cada fase desse jeito é um processo repetitivo e o jogo como um todo passa uma sensação enorme de ser demorado, arrastado. Você vai passando por bases e laboratórios (que se parecem demais entre si) pelo que parece uma eternidade.

E tudo isso no escuro. O lançamento original era infame devido à introdução da lanterna: Para exibir o sistema avançadíssimo de iluminação do jogo (que de fato é muito legal) tiveram a ideia de faze-lo ser um jogo de terror onde tudo é muito escuro e precisa ser iluminado. E pra aumentar a sensação de aflição e desespero fizeram isso ser inconveniente. Você precisava escolher se usava a lanterna ou uma arma, e toda hora tinha que decidir entre atirar ou enxergar. Felizmente na versão BFG, o relançamento que eu joguei (ou se você usar mods no original) é possível usar a lanterna ao mesmo tempo que as armas, o que alivia bastante o estorvo.

No começo isso tinha o efeito pretendido, mas conforme você avança no jogo e vai aumentando seu arsenal e a variedade de inimigos, a mecânica envelhece muito mal. O maior problema é esse, com raras exceções de setpieces específicas, você nunca vai parar de ter que ficar lidando com o escuro, os inimigos brotando de passagens secretas nas paredes ao seu redor e atrás de você, e os ambientes super claustrofóbicos onde você precisa lutar. O que no começo adicionava à atmosfera toda de terror, mais adiante acaba virando apenas um monte de irritações desnecessárias.

E é assim que Doom 3 acaba sendo um jogo com ideias super interessantes, mas com uma execução de gameplay que arruina muita coisa e deixa ele muito menos gostoso de jogar que todos os outros.

Baha

Pra fechar tudo de uma vez, acabei resolvendo jogar a expansão Resurrection of Evil do Doom 3.

A história se passa poucos anos depois do jogo principal, a UAC resolveu voltar pra marte e fazer mais merda. Dessa vez você joga com outro Marine que durante uma exploração descobre um artefato, e assim que ele é ativado reabre a conexão do inferno com marte e desperta alguns demônios poderosos. A cientista que estava liderando a expedição te pede então pra trazer o artefato para ser analisado e depois disso te envia para destruir ele.

A base do gameplay é a mesma de Doom 3, mas dessa vez o funcionamento geral do jogo é fortemente influenciado por algumas mudanças na mentalidade de level design e também por alguns elementos que foram adicionados.

Pra começar tem 3 armas novas:

  • "o artefato" que você tem desde o começo e entra no lugar do Soul Cube, ele basicamente serve pra gerar um bullet time e ganha mais algumas vantagens durante o jogo.
  • O grabber, que é... literalmente a gravity gun de Half Life 2, copiada na cara dura. É divertido de usar e efetivamente útil pra algumas situações específicas, já que pode pegar alguns tiros de inimigos e jogar de volta, e isso costuma causar bastante dano, bem como alguns elementos do cenário. Mas não existe quase nenhuma situação no jogo em que o uso dela é obrigatório pra algo.
  • E por fim, mas não menos importante... na verdade o mais importante de todos: A super shotgun! O spread dela ainda não é muito confiável, mas de perto um único tiro bem dado mata a maioria dos inimigos, e o restante precisa de no máximo 3 ou 4. Além disso não é preciso se preocupar com recarregar ela. Tecnicamente é, mas como ela recarrega a cada tiro dado, você nunca é pego de surpresa e consegue se planejar bem com o tempo entre os tiros. Além disso Doom 3 já te inundava com munição, e aqui não é diferente, então não há o risco de acabar.
 

Fora isso, um ou outro inimigo novo estão no jogo, mas eles não são nada muito especial, temos um que é essencialmente um IMP com rabo, outro que é na prática um mancubus melhorado e... de relevante eu acho que só? Ah claro, isso tirando os 4 novos chefes, que possuem batalhas essencialmente baseadas em gimmicks, mas que funcionam bem.

Mas o que pode ser mais sentido no jogo é uma mudança no level design. Agora é mais comum ter cenários mais amplos e bem iluminados. Ainda é tudo cheio de cantos escuros, mas há muito menos situações onde você não enxerga nem pra onde está indo sem a lanterna. Além disso há mais combates contra grupos maiores de inimigos, mas ficou muito menos frequente eles ficarem brotando atrás ou colados em você, e você está mais bem equipado pra lidar com eles. Isso acaba fazendo muita diferença no ritmo do jogo, porque é possível se sentir confortável em jogar de forma muito mais ágil e agressiva, seja correndo pra perto pra usar a super shotgun ou se locomovendo pelo cenário pra encontrar posições mais vantajosas pra usar as armas de distância ou o grabber. E se a coisa apertar, você ainda tem o artefato pra te salvar. Confesso que usei pouquíssimo ele. O jogo chega até a parecer um pouco com aquele FPS clássico, um tal de Doom... As situações apertadas do jogo base ainda existem, mas não compõem mais praticamente o jogo inteiro como era antes.

E pra terminar, a expansão é mais curta que o jogo-base também, então tem mais chances de cumprir seu papel antes de ficar cansativa demais. Lá pela reta final estava ficando um pouco, mas tudo fluiu muito melhor e me divertiu bem mais que a campanha principal do Doom 3.

Baha

Pra encerrar essa maratona de FPS devo começar Titanfall 2, que eu tinha curiosidade de jogar há bastante tempo já.

Baha

Lembrei desse post lá de trás do Billy e preciso dar uma resposta pra animar ele:

Quote from: Billy Lee Black on Nov 07, 2022, 18:37:14
Ele pelo menos encerra o arco do 1 e 2 relativo àquela organização de vilões?

Pq essa foi a única ponta solta do 2 que me interessa ver se desenrolar.

Posso estar errado porque falta Cold Steel e posteriores pra eu jogar, mas já tomei um pouco de spoiler, então...

A história da organização dos vilões, que eu saiba AINDA NÃO TERMINOU ATÉ HOJE.

Baha

E terminei...... Quake.

Ele estava lá dando sopa no game pass, joguei tudo de Doom, então resolvi conferir.

Ele tem seu histórico como uma revolução em tecnologia gráfica, mas como jogo (e até como visuais) ele é basicamente uma leve evolução de Doom. Os cenários podem ter layouts mais complexos agora, já que são construídos de forma "3D de verdade". A ambientação tenta ter uma pegada mais baseada em H.P Lovecraft, mas na prática isso significa só que você vai passar por muitos castelos e masmorras enfrentando cavaleiros e criaturas grotescas (e muito low poly). Tudo no jogo é muito marrom ou cinza, e em ocasiões muito raras aparece algo mais diferenciado ou colorido. Em geral, mesmo quando a cor predominante não é exatamente marrom, as fases tendem a ser muito monocromáticas.

As fases não são longas, acho que não levei mais de 20 minutos em nenhuma delas, mas os secrets estão escondidos de forma mais obscura que nunca, e a partir de antes da metade do jogo eu simplesmente desisti de ficar procurando eles e foquei em apenas terminar as fases. O jogo inteiro no geral é bem curto, apesar de serem mais de 30 fases.

Ok... serviu pra conhecer, eu acho.

Gynoug

Quote from: Baha on Nov 14, 2022, 14:04:26
Bom, terminei Doom Eternal.

Depois que suas opções passam a incluir coisas melhores (super shotgun com meathook) e você se acostuma com o ritmo do jogo, fica bem mais administrável e dá pra seguir até o fim sem frustração demais. É um jogo que exige mais do jogador, tem uma curva de aprendizado mais pesada e parece ter sido feito com a mentalidade de agradar pro players do gênero.

O ritmo dos combates é muito mais frenético que no Doom de 2016, e ficar 2 segundos parado pode significar morrer pra qualquer inimigo, pois todos são extremamente agressivos. Isso tornou os combates bem mais cansativos, mesmo depois de eu ter pegado o jeito de lidar com eles. O jogo anterior chegava a ser relaxante, mas aqui a realidade é bem diferente. Além disso algumas mecânicas ficaram muito "coisa de videogame" abandonando qualquer tentativa de se preocupar em ter consistência com a ambientação. Por exemplo, matar inimigos que estão pegando fogo dropa armadura, e se você matar com a motosserra o inimigo vira uma piñata de munição. Já existia um pouco disso no anterior, mas agora que tudo isso foi expandido e também virou uma mecânica extremamente central, ficou muito mais gritante.

Já o ritmo do jogo em si pareceu mais arrastado. As fases são bem grandes, até demais na minha opinião e tem bem mais história e cutscenes que no jogo anterior. Você também tem o "fortress of doom" que funciona como um hub onde você pode conferir os colecionáveis que coletou e destrancar mais algumas coisas.

As fases possuem muitas partes de plataforma que incluem se agarrar em paredes e até fazer parkour numas barras. Pra ajudar com isso (e com o combate) você já começa com pulo duplo e mais pra frente ganha até um dash. Não me incomodou porque eu não tenho problemas com plataforma e em geral funciona bem o suficiente, com uma detecção de colisão beeem generosa pra se agarrar nas coisas. Mas imagino que quem queria um FPS de combate mais puro vai ficar de saco cheio. Existem até umas partes que você precisa nadar, mas felizmente elas são pouquíssimas durante o jogo. Eu tinha falado de elas serem mais fechadas e lineares que as do outro jogo mas, depois de jogar todas, digo que no geral acho que não tem tanta diferença na prática.

Visualmente o jogo é muito bonito e existem alguns lugares realmente lindos. O meu preferido é na fase em que você precisa ir pra marte.

A história é uma continuação direta do jogo de 2016, mas começa depois de um bom timeskip e com vários eventos já em andamento e sem explicação. Alguns deles são retroativamente explicados ao longo do jogo pelas entradas de codex que você encontra e por alguns eventos do próprio enredo, mas outros são mantidos totalmente como buracos mesmo. Talvez eles sejam explicados nos DLCs.

Sim, Doom Eternal tem 2 DLCs, que aliás são continuação da história do jogo e terminam a história toda de verdade, mas... ao contrário do jogo base eles não estão no game pass, e estão custando BEM caro, então não pretendo jogar eles. Youtube vai ter que resolver.

Uma coisa que me deixou muito puto é que o jogo crashou várias vezes. Além de ele ter um bug de crashar 50% das vezes (sem exagero) em que você tenta mexer nas configurações gráficas. O mais comum é ele crashar simplesmente por você clicar na aba de vídeo do menu!

Eu ainda gostei mais do Doom de 2016, mas depois de me adaptar ao Eternal digo que não achei ele ruim. Cumprindo todos os objetivos de todas as fases, o game pass contabilizou 28 horas. Não deu tanta diferença pro 2016, mas acredite, a sensação foi de ser muito mais longo.
Comecei ele a alguns dias atrás e concordo com praticamente tudo que falou. Achei difícil, iniciei no médio e tive que reduzir o nível de dificuldade, e mesmo assim eu morro com frequência! Meio como tu disse, tem algumas coisas arrastadas e paradas, e quando começa a aparecer inimigos em hordas (me lembra a mecânica do Serious Sam), tu não pode nem piscar os olhos senão já era.

História? Realmente estou perdido, não sei se é porque a fonte usada no texto é um porre pra ler. Gráficos? Sim, lindos e com efeitos legais. Crash? Nenhuma vez aqui ainda.

E vou na mesma linha, gostei mais do Doom 2016 também.

Baha

Quote from: Gynoug on Nov 29, 2022, 18:09:51
Crash? Nenhuma vez aqui ainda.

Eu devo ter sido sorteado na loteria disso, porque vi mais gente com o problema pela internet e também vi relatos de gente com o jogo absolutamente estável.

Baha

Ah é, aproveitando que você tá jogando, lembrei de uma coisa que eu esqueci de mencionar no review e achei muito legal: Os inimigos irem perdendo pedaços à medida que você vai causando dano neles. Fica realmente visível todo o estrago que você faz.

Strife

Viciado em Diablo II Resurrected. Era o único da série que não tinha jogado (pois não jogo em kbm, o 1 joguei no PS1 e o 3 no PS3). Esse remake está lindo demais e o suporte a controle está perfeito, no estilo do terceiro. De porém só uma otimização um pouco aquém do que se espera de um remaster/remake de jogo antigo, sempre que inicia tem uns stutters no som, mas depois que o entra no jogo msm roda liso. Escolhi o paladino, começa meio sem graça mas agora está uma máquina de matar.