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Beyond Oasis

Started by Baha, Jul 01, 2016, 19:29:49

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Baha



Beyond Oasis é um Action RPG desenvolvido pela Ancient para o Mega Drive, lançado no final de 1994 no japão e que chegou ao ocidente no ano seguinte.

Enredo

O protagonista é Ali, príncipe do reino que governa uma pequena ilha. Em uma das suas explorações pelas ruínas locais ele encontra um misterioso bracelete mágico. O espírito contido no bracelete o informa de uma história antiga da ilha, explicando que existe um outro bracelete, esse com poderes malignos, que também foi encontrado recentemente e agora cabe a Ali usar o bracelete dourado para conseguir a ajuda dos 4 espíritos da ilha para combater o outro bracelete.



A partir daí sua aventura começa e realmente há bem poucos eventos e desenvolvimentos extras. Um ou outro diálogo para avançar a história e quase nada de surpreendente ou inesperado acontecendo, com a maioria dos eventos apenas te apontando na direção da sua próxima dungeon.

Gráficos

Os gráficos do jogos são excelentes em se tratando do Mega Drive. De forma geral eles são bem coloridos, apesar das cores penderem levemente para tons pastéis, e passam toda uma sensação de serem desenhados à mão, sempre ricos em detalhes e com contornos suaves. Os sprites são grandes e com proporções realistas (olha aí, Billy!), mas a perspectiva superior aplicada neles faz eles parecerem meio troncudos. A movimentação dos inimigos e de Ali lembram bastante os gráficos de um beat'em up.

O destaque principal são os chefes gigantescos e extremamente detalhados. É realmente algo impressionante para a plataforma e eu só me lembro de ter visto 2D desse nível nos consoles 32 bits.



A abertura e encerramento são cenas em estilo anime extremamente bonitas, dentro do que o console é capaz de mostrar com animações limitadas.

Se há algum ponto negativo a comentar, eu não achei o scrolling da tela tão suave quanto poderia ser. Felizmente ele é ao menos bem consistente em sua não-suavidade, o que ajuda a se acostumar rápido.

Trilha sonora

A trilha sonora, creditada diretamente a Yuzo Koshiro na tela de título, é sinceramente... meio mais ou menos...
Algumas músicas cumprem bem o papel de criar a ambientação para os cenários, mas quase nenhuma tem grande carisma ou se destaca. Além disso uma ou outra soa meio bizarra e incômoda.

Gameplay

O gameplay do jogo é quase totalmente focado em exploração e combate, lembrando muito Zelda: LTTP nesse sentido. Ali explora uma região aberta e várias dungeons, quase tudo interligado diretamente.

Como eu comentei sobre a sensação de beat'em up com relação aos gráficos, isso também pode ser fortemente sentido no gameplay, sendo algo que eu infelizmente não achei tão bom. A movimentação é em geral meio lenta e travada, não é algo tão fluido como costuma se esperar de um ARPG, lembrando muito a de um beat'em up mesmo. O modo como pallete swaps aleatórios dos inimigos ficam respawnando nos cenários também é algo muito típico daquele gênero.



E onde isso mais causa raiva e frustração são nas partes de plataforma. Você precisa fazer pulos precisos em lugares pequenos, muitas vezes com inimigos atrapalhando e vai errar muito.

Felizmente as dungeons em geral são relativamente pequenas e apesar do eventual vai e vem destrancando coisas elas se desenrolam bem rápido.

Sua arma principal é uma adaga. Você vai encontrar diversas outras armas durante o jogo, de 3 categorias: Espadas, bombas e bestas. Mas tem um porém: Todas essas outras armas possuem uma durabilidade limitada e vão quebrar. Por outro lado você acha elas a torto e a direito, então não é necessário ficar economizando muito. A adaga tem uma vantagem que é a possibilidade de fazer alguns golpes especiais com comandos no direcional.



Existem alguns desafios escondidos onde você pode conseguir versões com uso ilimitado de algumas delas, mas eles costumam ser bem difíceis, principalmente o que envolve plataforma. Deu vontade de jogar o controle na parede, é muito pior que até as piores partes de plataforma de Alundra nesse sentido. Se decidir fazer os desafios se prepare para aumentar em até 3 horas o seu tempo de jogo.

Além dos desafios você pode explorar o cenário em busca das pedras dos espíritos. Existem 15 de cada e elas aumentam seu MP máximo e o poder do respectivo espírito.

Falando nisso, por fim você tem os espíritos que vai encontrar durante o jogo. A forma de invocar eles é interessante: Você precisa soltar uma bola de energia (botão A) do seu bracelete em alguma coisa do cenário (ou até mesmo inimigos) que tenha ligação com aquele espírito. Água, fogo, superfícies reflexivas ou plantas invocarão o espírito apropriado. A partir daí ele fica te seguindo e é possível usar seus poderes com comandos que envolvem o botão A. Isso vai consumindo sua mana, que se regenera aos poucos quando nenhum espírito está ativo. Alguns puzzles envolvem usar os espíritos e parte do puzzle é descobrir onde nos arredores ele pode ser invocado.



A interface é simples, agradável e funcional, permitindo rapidamente acessar o que for necessário, seja para trocar de arma ou usar itens. Melhor ainda com um controle de 6 botões, pois X, Y e Z funcionam como "hotkeys" para mapa, armas e itens.

Concluindo

Beyond Oasis é um jogo bem curto. Meu save contabilizou em torno de 8h30m, mas é porque eu corri atrás das armas infinitas nos desafios e gastei um tempo enorme pra conseguir passar de alguns deles. Deve dar pra terminar em umas 5 horas focando só na campanha principal.



O jogo, apesar de alguns problemas de controle e da trilha sonora esquecível, é bem legal e cumpre seu papel como representante do gênero, além dos gráficos serem realmente impressionantes para o console.