Main Menu

Política.

Started by Raptor, Sep 06, 2016, 00:30:58

Previous topic - Next topic

0 Members and 1 Guest are viewing this topic.

Raptor

Só queria saber o posicionamento político de vocês.
Sobre o impeachment e sobre as manifestações.

Axel

Minha posição combina com os resultados dos testes que já fiz por aí: libertário (liberal para economia e direitos individuais).

Sobre o impeachment: Difícil.

1) Do ponto de vista constitucional, o impeachment seguiu o rito e Dilma foi julgada culpada. Não há golpe.

2) Do ponto de vista moral/ético: What a mess.

Ficou mais do que comprovado que o processo de impedimento só anda se a oposição dominar a Câmara. A pressão popular é importante, mas nem de longe dá pra comparar com a pressão contra o Collor. Diferente de 92, a pressão popular dessa vez pareceu bem dividida entre favoráveis e contrários. Então o processo não andou só por causa da pressão popular.

Além do que, ainda do ponto de vista moral, a pressão popular queria a saída de Dilma pq ela estava quebrando o país e por causa do Petrolão. Bem, não houve relação direta entre ela e o Petrolão (exceto uma relação sobre a compra da refinaria de Pasadena, nos EUA) e não existe recall de político pq o governo está desagradando. Então, mesmo que argumentássemos que a pressão popular contra Dilma era mais "honesta" (alguém pode dizer que só tinha movimento sindical pago defendendo Dilma), ainda assim os motivos da população não eram suficientes para o impedimento.

O impedimento também não deveria representar uma ruptura de plano de governo. Na verdade, muitos acusaram (corretamente, ao meu ver) Dilma de estar "endireitando" o governo dela, de modo que a missão de Temer seria, na realidade, voltar o plano de governo para sua origem, que foi eleita pelo povo. Na minha opinião, isso deveria ser feito, mesmo se afundasse o país. É o preço da democracia. De qualquer forma, o que estamos vendo é uma ruptura mais forte ainda que o "endireitamento" do governo Dilma. Não foi isso que foi eleito. Só que não existe recall para estelionato eleitoral, então é complicado.

Minha conclusão: a oposição não soube perder e conseguiu articular o impedimento seguindo as regras constitucionais. Um golpe não constitucional, mas de mestre (evil).
Farewell...

SunStar

O impeachment foi fruto de uma eleição na qual a derrota não foi bem digerida, seja pela oposição ou seja por uma parcela da população brasileira. O processo todo foi um circo: você procura disfarçar ele dizendo que ele foi legal, que seguiu conforme manda a constituição mas você já tinha ideia do resultado da votação no senado logo em seguida do processo ter passado pela câmara. Ainda há a questão do PMDB: foi toda uma construção, desde a carta, indicando uma ruptura da parceria com o governo, até a manobra do Cunha pra tentar se livrar da cassação. Acho ridículo um partido que fez parte da base do mesmo governo que ajudou a derrubar e agora vem querer dar uma de correto. Basicamente eu vejo da seguinte forma: a parceria com o PT foi interessante até o ponto que o PMDB começou a querer mais poder.

Por outro lado, vejo problemas caso a Dilma continuasse a governar. Maioria no congresso contra, seguir o plano de governo seria um desafio ou iria ter um custo muito alto em negociações.

Talvez o mais correto seria convocar novas eleições. Mas provavelmente maioria não deseja isso; afinal, o que iria acontecer se eventualmente o PT ganhasse essa eleição novamente?

Axel

Cara, sinceramente, não existe isso de convocar novas eleições por ser o mais correto. Só serão convocadas novas eleições se o Temer for impedido ou se a chapa Dilma-Temer for impugnada pelo TSE.

Eu concordo com vc que a situação como um todo é ridícula, só que o preço do presidencialismo de coalização, que acabou virando impeachment de coalização. Ou seja, vc só governa se fizer gigantescas alianças (muitas espúrias e fisiológicas) e fica sujeito a se fuder depois. A sabedoria popular resume isso em: quem cria cobra amanhece picado. :seifersux:
Farewell...

Joe Musashy

Bem, não me prolongarei.

Sou centro-direita. Fui a favor do impeachment mais pela dilapidação do país, corrupção desenfreada que se aguçou com Copa / Olimpíadas e seus contratos superfaturados, além de nítidos problemas na economia que a Dilma parecia não saber resolver. Falou que o PSDB e a direita governavam para banqueiros, mas Bradesco e Itaú foram as empresas que mais faturaram em 2014 e 2015. Irônico, no mínimo. Pedaladas todos deram, mas é só você pegar um gráfico - incluindo até o Lula mesmo - e ver que a Dilma fez isso com valores estratosféricos e alegando que era para programas sociais, sendo que somente 2% foi utilizado para tal. Foi um estelionato eleitoral. Estou no vermelho no banco no qual tenho conta conjunta com minha mulher e pego dinheiro com um agiota para disfarçar meus gastos na semana que ela resolveu fazer um threesome comigo e aquela amiga gata. Eu vou cagar nessa semana? Claro que não. Mas a conta chega. Petrobrás sequer consegue ser vendida, pois seu patrimônio é MUITO inferior à divida. Pré-sal? Nem com o barril a 50 ele vale a pena. "Querem dar nosso petróleo para os americanos." Amigo, nosso governo é tão incompetente que uma empresa que praticamente possui o monopólio de encomendas - Correios - consegue dar prejuízo. Eu não consigo acreditar que Dilma ficou SETE ANOS na Petrobrás e não viu nada do que acontecia debaixo do seu nariz. É o clássico Lulopetismo: não sei de nada. Não é meu. Não conheço. Agora, a conta chegou. Lula disse que acabou com a dívida externa e deu um pé na bunda do FMI, mas criou uma interna ainda maior e com juros exorbitantes. Agora, de tanta merda, temos dívida interna E externa, porque "não quero depender do FMI". Sabe quem é o maior devedor do FMI? Estados Unidos. Vê se estão na merda que estamos.

Enfim, não vejo jeito para nosso país. Educação seria o primeiro passo, mas o governo quer um povo acéfalo para manipular. Investem TRÊS VEZES mais em universidades públicas do que em escolas públicas, e ainda mandam aprovar os reprovados, senão abandonam. A resposta para nosso problema é educação de base forte, e aí não precisaremos de cotas, pois todos serão iguais e terão a mesma educação. O problema é que isso tem um arrasto social muito forte, e demoraria, no mínimo, 50 anos para começarmos a colher resultados. E sabemos como é o Brasil: se não é pra hoje, não quero.

Quanto ao atual governo, sinceramente, pouco me importa. Quem tomaria o lugar do Temer? Lula? O imbecil do Ciro Gomes? Aécio? Serra? Bolsonaro? Jean Wyllys? O que mudaria? Vivemos em uma democracia ditatorial e nem percebemos. PMDB é o partido mais prostituta que existe, se aliando sempre ao mais forte. Não podemos negar que eles entendem muito de política a ponto de colocarem os outros partidos em nível amador - serem competentes são outros quinhentos. Colocar um cara de esquerda é tão perigoso quanto colocar um de direita - apesar de achar que comunismo nunca existiu exatamente porque o socialismo, que é a transição, nunca consegue ser completado, visto que tiranos tomam o poder e criam uma falsa democracia. Vejam Cuba, El Salvador, Coreia do Norte, Venezuela, Congo, "China". Todos se proclamam livres, democratas, com eleições.

Irônico como somos parecidos.



P.S.: Me prolonguei. Malz aê.


Não discuto com socialista/comunista.

Billy Lee Black

Bom, pra começar eu sou um zero à esquerda em se tratando de política.

Porém, com essa corrupção comendo solta, nas eleições eu acreditava que, por pior que o Aécio e o PSDB pudessem ser, pelo menos a alternância do poder poderia melhorar algumas coisas já enraizadas pelos inúmeros anos do PT no poder.

E, considerando a quebradeira que ocorreu no país inteiro antes das eleições, eu realmente acreditava que a DIlma fosse perder. Quando ela ganhou as eleições, eu percebi que fiz o certo em não ter saído às ruas pra protestar. Afinal, galera se indignou com a mulher, mas botou ela de novo no poder!

E o mais triste não foi só a Dilma. Os mesmos deputados de sempre foram reeleitos. Por conta disso, eu decidi não me manifestar mais nada acerca de política. Você pode protestar e fazer o que quiser que não adianta de nada. O povo é muito simplesmente MUITO BURRO E CONTINUA REELEGENDO SEMPRE OS MESMOS BANDIDOS! E depois reclamam que deputado só rouba e não faz nada.

Quanto ao impeachment, por um lado eu achei ótimo, porque a Dilma mentiu descaradamente pra ganhar as eleições. Praticamente tudo que ela disse que não ia fazer ela fez, e tudo que ela falou que estava tudo bem desabou após a reeleição. Ela enganou todo mundo. Só por isso ela merecia ser deposta.

Mas merecer não quer dizer que legalmente ela deva ser. Até onde li da constituição, mentir em campanha não é motivo pra impeachment. E eu não entendo nada sobre as tais pedaladas fiscais pra dizer se enquadram no itens que levam ao impeachment. Meus amigos de direita dizem que sim, e os de esquerda dizem que não. Portanto, não posso opinar se o impeachment é legal.

De qualquer forma, é fato que o Temer também não pode continuar no poder. O cara só tá continuando as merdas do governo da Dilma.

E não tem jeito: enquanto o presidente tiver que governar oferecendo cargos para os demais partidos em troca de favores, o país nunca vai funcionar direito e a corrupção nunca vai acabar. É ridículo os presidentes das estatais serem colocados por livre nomeação. Trabalho em uma e sei a merda que é esse entranhamento de políticos na empresa. São todos incompetentes aos cargos e só querem fazer coisa errada.

Atualmente, minha maior aposta política está sendo no Partido Novo. Ele apresenta idéias que eu considero coerentes, e, segundo prega, seus candidatos são rigorosamente selecionados. Mas é aquela né, isso é o partido quem diz. Portanto, não tenho feito propaganda sobre ele, não sujo mais meu nome em prol de fazer campanha pra político nenhum...

Joe Musashy

Bilili, o que eu li foi que as pedaladas não foram consideradas crimes - mesmo que tenham sido estelionato político -, mas sim a aquisição de verba passando por cima do Congresso em 2015, o que, segundo a Constituição, é crime de responsabilidade, apesar de o advogado geral da união (que, na minha perspectiva, deve defender um Estado, não um estadista) dizer e repetir que "não houve dolo, então não houve crime". Quer dizer que crime só acontece com dolo? Então vamos anular homicídio culposo, tirá-lo do código penal.

Acabei me estendendo demais de novo. Me desculpem.

Enviado de meu C6943 usando Tapatalk


Não discuto com socialista/comunista.

Billy Lee Black

Mas tá vendo como ainda assim é controverso? Ainda assim se trata de um ato que ainda dizem não ser crime ou motivo de impeachment.

De qualquer forma, eu não me meto mais nessas coisas. Não defendo mais o lado de ninguém. Essa reeleição da Dilma e dos deputados me fez perder totalmente a fé no país.

Axel

A gente pode até discutir se o Senado presidido pelo presidente do STF é um bom juíz para o impedimentou ou não, mas uma coisa é certa: ela foi julgada culpada de todas as acusações, pedaladas e créditos suplementares. Apesar da defesa ter dito que "todo mundo já pedalou" (que é um argumento falacioso, pois se um crime deixou de ser punido no passado por inação, isso não faz com q ele deixe de ser crime no presente) e que as operações de créditos suplementares não eram de crédito de fato - enfim, apesar dessa argumentação, a instituição responsável pelo julgamente disse que era crime sim e fim.

Como eu digo, nem tudo que é legalmente correto também é moralmente correto. No meu parco entendimento, ela cometeu os crimes mesmo, mas não isso que a derrubou. Foi a impopularidade, foi a incapacidade de manter a coalização coesa (no passado o preço disso foi justamente o Mensalão), foi a incompetência como gestora e etc. Nada disso constitucionalmente justifica um impeachment, mas a minha leitura é que foi isso que a derrubou.

Um amigo meu postou um bom texto no FB sobre esse aspecto (sobre o uso do impeachment como um recall presidencial):

GOLPE PARLAMENTARISTA?

A lei dos crimes de responsabilidade é a lei 1079 de 1950. A mesma lei que orientou o processo contra Collor e Dilma foi a lei que orientou as tentativas de impeachment voltadas contra Getúlio Vargas em 1953 e 1954. Tem-se falado, apenas para o caso Dilma, de um golpe parlamentarista. Acho que a questão é mais controvertida que isso.

Sua tramitação iniciou em 1948, em um contexto no qual a bandeira do parlamentarismo ganhava simpatia em alguns nichos políticos e um de seus principais articuladores foi o deputado gaúcho Raul Pilla, autor do Catecismo Parlamentarista e que era conhecido pelo sugestivo apelido de "Doutor Parlamentarismo". Se você pega a exposição de motivos ou os anais das casas legislativas, essa orientação é perceptível. O Professor Rafael Mafei Rabelo Queiroz, da faculdade de Direito da Usp, a considerou um "cavalo de Troia parlamentarista" no nosso ordenamento, explicando que, para seus autores, os crimes de responsabilidade não eram crimes strictu sensu - eram malfeitos em sentido amplo, podendo abranger crimes propriamente ditos, mas também outras formas de mau procedimento (1). Era, pois, uma espécie de "controle da qualidade e aptidão do governo pelo Congresso", sendo a matéria assim definida: "o impeachment é caracteristicamente uma instituição política, cujo objeto não consiste propriamente em castigar delitos mas principalmente em substituir um funcionário por outro melhor no intuito de obter um bom governo" (Anais do Senado, Vol. XVIII, jun. 1948, p. 293).

Além disso, como observado pelo Professor Rafael Mafei, o entendimento "parlamentarista" do impeachment sobrevive não apenas na Lei 1079/50, mas também na principal obra doutrinária a respeito, escrita por Paulo Brossard, que pertenceu ao mesmo partido de Raul Pilla e que era, nas palavras do professor, um "parlamentarista de colar decalque".

A este respeito, escreveu o Professor Marcus Fabiano Gonçalves, do departamento de Direito da UFF:

"(...) talvez essa seja a principal fragilidade do nosso impeachment como instituto: ele se presta a operar como um estratagema interruptor de mandatos muito menos adequado que o recall (ou referendo revogatório, inexistente em nosso sistema) ou a moção de censura (também chamada voto de desconfiança) que há no parlamentarismo. Aliás, foi essa a tônica de uma percuciente observação feita por Paulo Brossard em um célebre artigo sobre o caso Collor, no qual aponta os muitos poréns do impeachment ao mesmo tempo em que reconhece a efetividade de sua vocação destituinte: '[...] aquilo que no regime parlamentar se alcança em horas, sem cicatrizes e sem traumas, só foi obtido ao cabo de três longos meses de inquietação e incertezas.' (Brossard, 1993)" (2)
_____________________________
(1) http://brasil.estadao.com.br/.../impeachment-e-lei-de-crimes.../

(2) Indico especialmente a leitura desse texto, publicado antes da votação da Câmara: https://marcusfabiano.wordpress.com/.../a-retorica-do-golpe-.../
Farewell...

Axel

Estou aqui só esperando o posicionamento do ostrogodo do Raptor.
Farewell...

Joe Musashy

Quote from: Axel on Sep 08, 2016, 20:17:25
A gente pode até discutir se o Senado presidido pelo presidente do STF é um bom juíz para o impedimentou ou não, mas uma coisa é certa: ela foi julgada culpada de todas as acusações, pedaladas e créditos suplementares. Apesar da defesa ter dito que "todo mundo já pedalou" (que é um argumento falacioso, pois se um crime deixou de ser punido no passado por inação, isso não faz com q ele deixe de ser crime no presente) e que as operações de créditos suplementares não eram de crédito de fato - enfim, apesar dessa argumentação, a instituição responsável pelo julgamente disse que era crime sim e fim.

Como eu digo, nem tudo que é legalmente correto também é moralmente correto. No meu parco entendimento, ela cometeu os crimes mesmo, mas não isso que a derrubou. Foi a impopularidade, foi a incapacidade de manter a coalização coesa (no passado o preço disso foi justamente o Mensalão), foi a incompetência como gestora e etc. Nada disso constitucionalmente justifica um impeachment, mas a minha leitura é que foi isso que a derrubou.

Exato.

Todos sabem que Dilma era fantoche do Lula e do PT; nunca negaram. Houve sim uma tentativa de perpetuação de poder, senão Dilma não teria tentado obstruir a justiça nomeando Lula como ministro. O Aécio, um playboy que nunca deve ter limpado a própria bunda, falou na campanha: "Uma pessoa que faliu uma lojinha de R$ 1,99 tem condição de governar uma nação?". Apesar de sabermos que o presidente não é quem faz a máquina girar, é ele(a) que mexe peças. Vimos Lula "dar" uma refinaria para a Venezuela, vimos Dilma dar um porto para Cuba, vimos Dilma perdoar dívidas de déspotas africanos, vimos Dilma comprar Pasadena sucateada e superfaturada, vimos Dilma ser a cabeça da Petrobrás por SETE ANOS e não saber do desvio de BILHÕES debaixo do nariz dela, vimos o Mensalão acontecer na antessala do gabinete de Lula e ele "não saber de nada". Estamos vendo um enorme escândalo de empreiteiras que superfaturaram e deram benesses a Lula e seus amigos - nunca no nome dele, claro. Vimos Dilma estourar todas as contas para se reeleger. Vimos a soberba de Lula - yeah, right - de acabar com a dívida com o FMI, que tinha juros de 4% simples ao ano por 19,5% (e olha que ele falava que o PSDB que queria beneficiar banqueiros e dilapidar o país), causando uma dívida interna astronômica e, claro, uma nova dívida externa. Vimos uma dicotomia ser criada, a luta propagada, o combate incitado, o preconceito usado como arma.

Não sou PSDB, PT, PCO, o raio que o parta. Sou país. O que eu vejo é que TODOS os presidentes nos últimos 50 anos sofreram tentativa de impeachment. TODOS. Para quem não sabe, Fernando Henrique foi salvo por Lula (quem diria...) e retribuiu o favor quando tramitava a mesma ação contra ele. Já Dilma, com o país dilapidado, com a corrupção enraizada, viu todo mundo fugir dela. Ninguém vê, mas Lindbergh Farias, um babaca sem tamanho que morre se pisar em Nova Iguaçu de novo, faz rodinhas de papo com Aécio e outros membros da antiga oposição. Jandira, que prega socialismo e tal, fechou dois restaurantes no Rio e mandou os empregados irem para a justiça, pois não pagaria nada dos direitos. Cunha era só amores com Molon. Freixo vive de papo com Eduardo Paes, os Picciani e Pedro Paulo. Garotinho será queimado em praça pública se volta a Campos. Isso a mídia não mostra. Isso é encoberto pela TV. Vereador não faz porra nenhuma. Deputado só vota o que é de interesse e aparece quando e se quiser. Senador só vota o que aparece na mídia. Só sei disso porque tenho fonte interna.

Só para vocês terem uma ideia, fui ver o quanto os candidatos a prefeito do Rio declararam como patrimônio. Para minha surpresa, o Crivella, líder nas pesquisas, diz ter R$ 700 mil (menos do que o apartamento da minha mãe) - isso porque ele é homem de confiança do Edir Macedo, líder da Universal e bilionário notório, mas ironicamente escondido. Só que teve um que me fez gargalhar: Marcelo Freixo. O cara declarou 5 MIL REAIS. É isso mesmo: 5.000, em um depósito no Itaú. Na boa? Vai se foder. O triplex e o sítio do Lula, o patrimônio da Dilma, as fazendas do Sarney... tudo no nome de laranjas. Até o Cyro Garcia, que adora seu bordão "Contra burguês, vote 16" faz isso. Tem candidato em Porto Alegre que declarou 1.300 REAIS! Na Bahia, o Fábio Nogueira e o Cleber Rabelo, ambos do PSOL, disseram que NADA TEM. O PSOL, aliás, tem um modus operandi muito claro de dizer que seus candidatos são "pobres, do povão". E isso porque só mencionei os principais candidatos dos principais estados. Deve ter gente que declara negativo. Enquanto isso, os em exercício estão bem; teve um que aumentou seu patrimônio em mais de 2.000%.

O ponto é: como acreditar em um filho de presidente que limpava merda de elefante e virou milionário? Como acreditar em um plano econômico que fez a inflação milagrosamente sumir? Como acreditar em uma presidente que só faz discurso montado e não consegue ser diplomata no seu próprio partido? Como crer em um prefeito que vendeu o autódromo de Jacarepaguá - que é terreno da União, sendo, assim, invendável - para a construção do parque olímpico e sua venda no formato de condomínios, como fez nos Jogos Panamericanos em 2007 (prédios que, aliás, nunca ficaram 100% prontos, as piscinas estão vazias e o solo está cedendo por conta do terreno pantanoso. Fica aqui perto, até. Parece Tetris, com um prédio 10m mais alto que outro)? E esse mesmo prefeito, que assinou contrato com a Odebrecht para reformar o Maracanã, atrasar, fazer obra sem licitação e gastar o TRIPLO que custou para demolir e reconstruir Wembley? Como crer em um governador, Sérgio Cabral, que é conhecido como "5%", pois, não importava a obra, sendo ela do município ou estado, ele tinha que receber 5% do valor? Como crer nesse mesmo ex-governador que só não lançou a candidatura à presidência (alardeava pra todo canto que era o candidato do partido) porque estava envolvido nessa investigação toda das empreiteiras, além da máfia dos táxis, caça-niqueis e milícia? (Lembra daquele babaca que foi filmado ao lado do Lula chamando o garoto que cobrou a quadra de tênis e a piscina de otário, sacana, mandando estudar e o Lula, rindo, o mandou jogar bola porque tênis é esporte de burguês? E do Ricardo Gama, jornalista que divulgou esse vídeo, que sofreu ameaças de morte e chegou a ser baleado na frente de casa? É desse gente-boa aí que a gente tá falando).


https://www.youtube.com/watch?v=KOKS_apCwzA

O impeachment só causou estardalhaço e só é feito por ser a estrela do país. Se não fosse assim, ninguém terminaria mandato. Ou terminaria, pois cada povo tem o governante que merece.


Não discuto com socialista/comunista.

Billy Lee Black

Po, Raptor lançou o debate, mas não se posicionou. Também to curioso pra saber qual é  :P

Raptor

Não, não, vocês entenderam mal, só tava fazendo pesquisa de opinião pra saber pra quem mando santinhos da minha candidatura!  :mellow:

Raptor

(na verdade pensei "bom, daqui há uns 3 meses alguém responde", então tinha me programado pra voltar em uns 4 meses pra ter pelo menos dois replies, mas um informante me avisou agora que houve um erro na matrix e... que que Alecsander Boné faz aqui!?)

Leio/respondo com mais calma depois. Ah saudades do ócio, oficina do capeta e também dos velhos posts quilométricos.

Seifer Almasy

Não comento politica.

Mas se não for o PT ta bom, de resto minha vida pouco mudará seja quem for que estiver lá dentro.