[Review] The Amber Throne (PC)

Started by Strife, Feb 02, 2018, 18:06:17

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Strife


The Amber Throne é mais uma grande surpresa em termos de RPGs indie. Criado usando a Ruby Engine do RPG Maker, esse jogo demonstra que jogos feitos nessa ferramenta podem ter um estilo visual único; no caso, The Amber Throne usa um visual pintado que me lembrou jogos como SaGa Frontier II e Legend of Mana do Playstation. As animações podem ser um pouco duras, e os inimigos em batalha apenas alternam entre diferentes poses, mas os cenários e os visuais fantásticos do jogo nunca deixam de surpreender (as partes finais em especial, são de encher os olhos, a batalha final é claramente inspirada em Final Fantasy VI).


Outro aspecto positivo é o enredo, que é muito bom, possuindo um clima melancólico e sombrio que vai se intensificando com o progredir da história. A premissa da história é que o titular Amber Throne é capaz de conceder qualquer desejo para a pessoa que sentar nele. Ao longo da história, os diversos governantes do trono ficaram conhecidos como Amber Gods. O último desses deuses teve uma visão profética de que iria morrer por causa de uma rebelião, e se o trono caísse nas mãos erradas o resultado seria catastrófico. Para quebrar o ciclo de conflito pelo trono, ele ergueu seu reino aos céus, protegendo-o com uma nuvem impenetrável, mas não antes de deixar uma de suas filhas em hibernação, na esperança de que quando ela acordasse, ela pudesse descobrir a verdadeira natureza do trono e destruí-lo de uma vez por todas.


A jogabilidade é aquela de um RPG clássico, com cidades, dungeons e um grande mapa para explorar. O sistema de batalhas é bem tradicional, mas muito divertido em sua base sólida. Não existe MP e os personagens podem usar as skills que aprendem a qualquer hora, com algumas sendo de uso imediato e outras precisando de um tempo de carregamento na ordem de turnos. Mas a estratégia está nas diferentes características dos ataques e skills, como Slash, Pierce ou Blunt. Os inimigos possuem fraquezas específicas, e usando os ataques certos é possível alterar formas e abrir os inimigos a outros ataques. Um exemplo básico são cavaleiros com escudo, que abrem a guarda quando atingidos por um ataque do tipo Blunt, ficando vulneráveis a ataques do tipo Pierce até que sejam mortos ou ergam os escudos novamente. Chefes costumam alternar entre várias formas diferentes, exigindo constante atenção. Outras skills podem aplicar ou retirar buffs, debuffs etc. O resultado são batalhas rápidas, simples, mas que sempre envolvem uma boa dose de estratégia. Não há encontros aleatórios e os inimigos não voltam após serem mortos, mas caso o jogador queira grindar, algumas áreas possuem artefatos que, quando ativados, trazem os monstros de volta (embora eu não tenha sentido a necessidade de fazer isso nenhuma vez).


Nem tudo são flores, porém. Encontrei alguns bugs, em três momentos a tela ficou escura, embora desse para escutar o jogo ainda rodando, mas tive que reiniciar tudo para voltar ao normal. Geralmente isso não faz com que o jogo perca muito progresso, pois o jogo deixa salvar a qualquer momento e também possui auto saves, mas é algo a se considerar. O script tem alguns erros também, aparentemente quem escreveu a história tem dificuldade em diferenciar o uso de "its" e "it's", mas nada que comprometa. Ainda assim, recomendo The Amber Throne a fãs de RPGs, especialmente pela força do seu visual, seu enredo envolvente e a jogabilidade clássica. A duração é curta, umas 14h, mas a trama sempre caminha num bom ritmo e a trilha sonora é muito boa também. É difícil de encontrar RPGs de RPG Maker que pareçam profissionais, mas esse e Helen's Mysterious Castle provam que, nas mãos certas, podemos ter jogos excelentes feitos com o programa.

Billy Lee Black

Nossa, um jogo de RPG Maker sem ser com personagens SD!!!!

E tem animações no combate ou é aquela coisa estática padrão do RPG Maker?

Strife

Os personagens são animados, os inimigos não.

Billy Lee Black

Quote from: Strife on Feb 23, 2018, 13:57:47Os personagens são animados, os inimigos não.

Hmm, bem estilo FFs antigos. Acho que dá pra relevar.