Vejo as uras cara vez mais com uma porra de ideia de "humanização". Hoje liguei para algum callceter e a ura não apenas ficava na frescura
- um momento que vou procurar
tec tec tec (digitando)...
mais um momento...
tec tec tec tec
encontrei!
Isso por si já é o mesmo que me fornecer um chapeu de burro. Mas não vamos parar ae.
Fiquei um tempo sem digitar nada, essa gravação imbecil me perguntou se eu estava escutando!
O que me fez pensar. Estamos nas vesperas de um futuro legal. Em mizeros 10 anos espero que tudo que temos em casa esteja online, e assistentes pessoais sejam normais até para nós.
E estou, ativamente, me forçando a pensar de uma forma especifica: a maquina é ESCRAVA.
Me recuso a dizer "por favor", dialogar ou agradecer. Até quando pergunto a hora para meu android não pergunto mais "what time is it", e sim "tell me the time" - o que até está me gerando respostas mais breves, onde antes ela podia falar (entre outros) algo longo como "the time is 07:10" ela me responde com "it's 7:10" ou simplesmente "7:10".
Eu mando, eu sou o mestre, e não existe nenhuma moralidade ou frescura como alternativa a esse fato.
Ouvi algum podcast falando que tem alguma apple da vida, ou sei quem merda, que está incentivando crianças a pedirem por favor antes de dar um comando - de uma forma sutil, a IA agradece por ter pedido por favor. A ideia por tras disso é que assim as crianças aprenderão a ser educadas.
Opiniões?
PS: Eco! Eco! Tem alguém aqui?!!!
Velho, educação infantil é uma parada completamente obscura pra mim.
Não faço idéia do que seria uma forma correta de educar uma criança.
Mas concordo que as máquinas sejam escravas. Ao menos até que a ciência consiga criar uma IA com consciência. Aí a discussão entraria em outro patamar, eu acho.
IA conciente não espero na nossa vida.
Podem fazer muito bem feito, mas conciencia eh meio brabo.
Pior que eu acho que você tem razão. Apesar da IA ter evoluído muito, talvez a gente não viva pra ver algo como nos filmes :p
PS: Como eu odeio essa IA de callcenter tb, pqp!
Recentemente tive um problema com o Next (aquele banco digital descolado do Bradesco), pelo app entrei no suporte e para minha surpresa fui muito bem atendido e tive meu problema resolvido pela Bia, um chat bot.
Em outra situação tive um problema com o token do Santander, quem me atendeu foi a Jaqueline (um ser humano) e o atendimento foi assim:
- Olá, estou precisando fazer uma transac?a?o com urge?ncia mas meu ID santander parou de funcionar, me deram prazo de 5 dias pra resolver... estou completamente bloqueado com meu dinheiro, me ajuda?
- O senhor pode realizar essa transac?a?o atrave?s dos caixas eletro?nicos da age?ncia.
- É um TED, o caixa eletrônico não me da esse opção, somente DOC e também trava pedindo o token
- O senhor pode procurar o gente nesse caso
O chat bot foi mais simpático e atencioso, além de conseguir resolver um problema (mais simples é verdade, mas mesmo assim) enquanto o humano me deu um atendimento de merda.
Não vejo a hora de ser atendido por bots simpáticos no McDonalds do que por pessoas ignorantes sem outra opção na vida.
P.S: Jogue Detroit Become Human quando sair
Olha, se esse vai ser o caminho padrão (e vai), então acho que o correto é tratar da mesma forma mesmo, exatamente pq iremos nos habituar com o tipo de tratamento que usaremos na conversa. Se o moleque cresce fazendo pedidos sem pedir por favor, não vai ser quando ficar adulto que ele vai começar a pedir. Mas isso é o menor dos problemas na educação familiar.
Eu tava discutindo com uma amiga semana passada que as próximas gerações serão cada vez mais extremistas e o índice de suicídios e homicídios só deve aumentar nas próximas décadas, exatamente pq eles estão crescendo com uma visão MUITO distorcida da realidade e aí vão ir pro mercado de trabalho com essa visão, onde vão encontrar um tiozão de 40 ~ 50 anos como chefe e que não vai tolerar o comportamento mimado desses pirralhos crescidos. Aí vc acha que eles vão tentar se adequar? Não, a maioria vai ficar puta, continuar dando murro em ponta de faca, aí entram em depressão pq o mundo não é como eles pensavam que era e se matam, ou matam alguém que eles venham a por a culpa. É a típica história daquele cara que é estudante de psicologia, atropelou um ciclista arrancando o braço do mesmo, fugiu sem prestar socorro e ainda jogou o braço no rio... é um problema sério de educação familiar. De ensinar pros filhos o que é certo e errado, e acima de tudo, mostrar que "shit happens" e que vc deve saber o que é o certo a ser feito.
Então quanto mais humanizada for a educação, acho que menor será o problema.