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Será que o Lula cai?

Started by night, Mar 18, 2006, 14:39:27

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Red XIII

Não só se canditada como pelo que eu sei, o cara até terminou o casamento com a esposa pra se dedicar mais.

Chuto (num chute bem grande) que ele pelo menos fica entre os 3. \o/
Seifer sUx

King

Enéias só nunca foi presidente por 1 motivo... falou da bosta da bomba atômica...

E acho dificil agora o pessoal votar no Prona... depois das merdas que a Avanir fez lá dentro... Mas se bem que o povo tem memória fraca... xP

Seifer Almasy

Acho que ele ganha de novo, mas não terá meu voto de novo

Acho que vou votar Branco/Nulo apesar que o Alckmin é um bom governador... não sei vou pensar ainda a respeito

ArmorTier

Putz...

Li (acho que foi na Veja - perdão a memória fraca) que os índices de segurança de SP já estão estre os melhores do brasil...  :)

Santo

Quote from: 'ArmorTier' post='1970' date='Mar 27 2006, 05:15 AM'Putz...

Li (acho que foi na Veja - perdão a memória fraca) que os índices de segurança de SP já estão estre os melhores do brasil...  :)

Será que foram os ídices de SP que melhoraram ou os do resto do Brasil que pioraram  :)

King

Com certeza absoluta, o resto que piorou...

Gynoug

Estamos na segunda-feira. Palocci já era e da forma mais patética, deprimente e vergonhosa possível, bem ao estilo terceiro mundista do excelentíssimo presidente da republiqueta.

Para quem não leu, o dito ministro da Economia pediu ao presidente da CEF uma "pequena" quebra do sigilo bancário do caseiro que tentou depor contra ele na CPI. Então de forma rapidissíma, um extrato da conta bancária (sem ordem da justiça ou qualquer coisa!) chega as mãos do honrado ministro, que pede que seu acessor (um jornalista..) repasse o mesmo a outro coleguinha (jornalista) da revista Época. Então esta revista, da poderosa Globo, publica a matéria sobre o extrato da forma mais obediente possível, sem verificar ou se importar, de onde veio o dito papel.

Bom, se estivessemos em outro país, todos já teria pedido demissão ou quem sabe se matado (Japão?!). Mas como estamos na terra do Carnaval, o tal ministro honesto pediu afastamento e não demissão. Este detalhe é bom: não sendo demitido e sim afastado, ele esta protegido pelo poderoso STF... sim, STF, aquele que esta sob o comando do Mula e que solta liminares pertitindo a determinadas pessoas, se safarem de CPIs.

O presidente da CEF acho que até o momento não foi demitido (nem o acessor do ministro, imagino). Ninguém da Época ou da Globo precisa se explicar mesmo. O Mula não dirá uma palavra, e mesmo que o fizesse, diria que não sabe de nada.


Com toda esta merda ai transbordando por todos os lados, eu ainda fico com dúvida: alguém aqui do forum ainda tem orgulho ou pego a este país? Alguém aqui pretende votar no Mula (os que estão ligados a alguma teto do governo não precisam responder) ?

Red XIII

Ta na cara que nao da mais. Mas o problema é q muitas pessoas estão ligadas a algum teto do governo, oq garante um bom tanto de votos pra ele.

:/
Seifer sUx

Gynoug

[size=9]É UMA VERGONHA![/size]
28.03.06 - por Boris Casoy, na Folha de S. Paulo

Jamais o Brasil assistiu a tamanho descalabro de um governo. Quem se der ao trabalho de esmiuçar a história do país certamente constatará que nada semelhante havia ocorrido até a gestão do atual ocupante do Palácio do Planalto. Há, desde o tempo do Brasil colônia, um sem número de episódios graves de corrupção e de incompetência. Mas o nível alcançado pelo governo Lula é insuperável.

Não se trata de um ou de alguns focos de corrupção. Vai muito além. Exibe notável desprezo pelas liberdades e pela democracia. Manipula a máquina administrativa a seu bel-prazer, de modo a colocar o Estado a favor de sua inesgotável sanha de poder. Um exemplo mais recente é a ação grotesca contra um simples caseiro, transformado em investigado por dizer a verdade depois de ser submetido a uma ação de provocar náuseas em qualquer stalinista.

Não se investiga o ministro Palocci, acusado de freqüentar um "bunker" destinado a operar negócios escusos em Brasília e de ter mentido a respeito ao Congresso. Tenta-se, a qualquer preço, desqualificar a testemunha para encobrir o óbvio. E o desespero da empreitada conduziu a uma canhestra operação que agora o governo pretende encobrir, inclusive intimidando o caseiro.

Do presidente da República, sob a escusa pueril de dever muito a Palocci (talvez pela conquista do troféu dos juros mais altos do mundo e pelo crescimento ridículo do PIB), só se ouve a defesa pífia dos que não conseguem dissimular a culpa. A única providência das autoridades federais foi um simulacro de investigação, com a cumplicidade da Caixa Econômica Federal.

Todos os limites foram ultrapassados; não há como o Congresso postergar um processo de impeachment contra Lula. Ou melhor, a favor do Brasil.

O argumento para não afastar Lula, de que sua gestão vive os últimos meses, é um auto-engano! A proximidade das eleições faz com que o governo use e abuse ainda mais do poder. Desde o início, este governo é envolvido na compra de consciências, na lubrificação da alma de órgãos de comunicação por meio de gigantescas verbas publicitárias e de perseguir os que lhe negam aplauso.

Outro argumento usado para não afastar Luiz Inácio Lula da Silva é a sua biografia, a saga do trabalhador, do sindicalista que chegou a presidente. Ora, aquele metalúrgico já não existe há muito tempo. Sua legenda enferrujou. Foi tragado por sua verdadeira figura, submetido a uma metamorfose ? s avessas.

As razões legais para o processo de impeachment gritam no artigo 85 da Constituição, que versa sobre os crimes de responsabilidade do presidente. Basta ler os seguintes motivos constantes da Carta Magna para que o Congresso promova o processo de impeachment de Lula: atentar contra o livre exercício do Poder Legislativo, contra o livre exercício dos direitos individuais ou contra a probidade da administração. Seguem alguns exemplos ilustrativos.

No "mensalão", fato que Lula tentou transformar em um pecadilho cultural da política brasileira, reside um grave atentado contra o livre funcionamento do Congresso Nacional. A compra de consciências não só interferiu na vida do Poder Legislativo como também demonstrou a disposição petista de romper a barreira entre a democracia e o autoritarismo, utilizando a máxima de que os fins justificam os meios.

Jamais as instituições bancárias estatais foram tão agredidas. O Banco do Brasil teve seu dinheiro colocado a serviço de interesse escusos; a Caixa Econômica Federal também, demonstrando que o sigilo bancário de seus depositantes foi posto ?  mercê da pilantragem política.

No escândalo dos Correios, mais que corrupção, foi posto a nu, além do assalto aos cofres públicos, um cuidadosamente urdido esquema de satrapias destinado a alimentar as necessidades pecuniárias de participantes da mesma viagem. Como costuma acontecer nesses casos, o escândalo veio ?  tona na divisão do botim.

Causa perplexidade, também, a maneira cínica com que o governo tenta se defender, usando todos os truques jurídicos para criar uma carapaça que evite investigações de suspeitas gravíssimas em torno do presidente do Sebrae, o generoso Paulo Okamotto, pródigo em cobrir gastos do amigo Lula -sem que ele saiba. Aliás, ele nunca sabe de nada...

Lula passará ?  história, além de tudo, como alguém que procurou amordaçar a imprensa com a tentativa da criação de um orwelliano "conselho" nacional de jornalismo e com uma legislação para o audiovisual, que tentou calar o Ministério Público pela Lei da Mordaça e que protagonizou uma pueril tentativa de expulsar do país um correspondente estrangeiro que lhe havia agredido a honra.

Neste momento grave, o Congresso Nacional não pode abdicar de suas responsabilidades, sob o perigo de passar ?  história como cúmplice do comprometimento irreversível do futuro do país. As determinantes legais invocadas para o processo de impeachment encontram, todas elas, respaldo nos fatos.

Mas, infelizmente, na Constituição brasileira falta uma razão que bem melhor poderia resumir o que estamos assistindo: Lula seria o primeiro presidente a sofrer impeachment não apenas pela prática de crimes de responsabilidade mas também pelo ímpar conjunto de sua obra.


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[size=9]A FACETA AUTORITÁRIA[/size]
28.03.06 - por Denis Rosenfield, filósofo

O mais grave da longa agonia do Ministro Palocci, conduzindo ?  sua renúncia, foi o de ter levado consigo a credibilidade que tinha, com toda a justiça, conquistado. Não se trata de suas escapadas extra-matrimoniais, pois, se fosse somente isto, ele estaria absolvido de antemão. A partir do momento em que seus encontros se fizeram numa casa mantida com o dinheiro da corrupção, a vida pública invadiu a sua vida privada. Contudo, a gota que fez transbordar o copo, foi a atitude propriamente governamental de perseguir um caseiro, uma pessoa humilde, que ousou testemunhar contra um poderoso. Por ter desmentido o Ministro Palocci flagrado em uma mentira que o envolve diretamente, o caseiro da casa do lobby de Ribeirão Preto teve o seu sigilo bancário violado, a sua vida privada devassada e está agora sendo investigado pela Polícia Federal. De testemunha, ele passou ?  condição de réu por um ato arbitrário de poder, pela revelação, mais uma vez, da tendência autoritária do governo petista.

Relembremos alguns momentos desse caso. Primeiro, não está em questão a competência do Ministro Palocci em sua gestão no Ministério da Fazenda, nem o que o Brasil deve a ele do ponto de vista da estabilidade dos mercados e, por via de conseqüência, da estabilidade institucional. Aliás, por seus méritos, ele foi precisamente preservado, até o momento em que não foi mais possível fazê-lo, por serem os indícios de sua participação em esquemas ilegais tanto em Ribeirão Preto, quanto em Brasília, fortes demais. Segundo, o problema não reside em sua vida privada, a qual deveria ser preservada. Se ele quis pular a cerca, este é um problema única e exclusivamente seu. No entanto, não há porque o contribuinte arcar com suas escapadas e encontros clandestinos. Ele é o responsável por ter misturado a sua vida privada com a pública, ao escolher para seus encontros uma casa mantida com o dinheiro da corrupção. Se ele tivesse ido a um motel, seria unicamente assunto seu. Ao escolher a casa dos seus comparsas antigos e/ou atuais, ele escolheu ser julgado publicamente. Terceiro, o caseiro está sendo massacrado por um ato autoritário do governo petista. O seu drama pessoal de filho bastardo foi escancarado, o seu sigilo bancário veio a público, o Coaf, que não investiga Marcos Valério, o PT, Valdomiro Diniz, Delúbio Soares e outros, decide averiguar uma movimentação bancária fora dos padrões costumeiros de um caseiro. A PF, num primeiro momento, seguindo ordens do Ministério da Justiça, se põe a serviço do governo e não da observação das leis. Quarto, o caseiro é moralmente desrespeitado por dirigentes petistas, que utilizam o velho comportamento dos oligarcas brasileiros. ?Veja com quem você está falando?, dizem eles agora. Não houve um ?companheiro? que chegou a dizer que a palavra de um ?caseiro? não pode se equiparar a de um ?ministro?, pois não tem o mesmo valor? Quinto, a violação do sigilo bancário foi feita na quinta-feira e já era de conhecimento, naquele então, do Planalto. Na sexta, os deputados petistas já falavam da ?novidade? que iria alterar a situação do Ministro Palocci. Ora, apenas na quarta-feira seguinte, decidiu o Presidente ordenar uma investigação da quebra ilegal do sigilo, quando já tinha ficado claro que o governo e o PT tinham dado um tiro no pé e corriam atrás do prejuízo. Sexto, observemos que toda a tática partidária e governamental foi no sentido de desqualificar o caseiro e não no de responder ao que este dizia. A verdade ou não do dito não era o problema. Trata-se de uma tática utilizada pelo PT de longa data, consistente em desqualificar o adversário para não discutir o seu argumento. Ou seja, procura-se desqualificar o argumento ou falsear a verdade pela desqualificação do oponente. É uma tática própria da tradição autoritária de esquerda. Sétimo, quando o esquema se desvenda, com o envolvimento direto do ex-Ministro Palocci e do ex-Presidente da Caixa Jorge Mattoso, tornou-se claro que o aparelho de Estado foi explicitamente utilizado para calar a boca de um trabalhador que ousou dizer a verdade.

A pergunta que cabe aqui é a da razão por que autoridades governamentais ousaram desrespeitar o estado de direito, agindo como se fossem criminosos comuns, quando sua função deveria ser precisamente a preservação de nossas instituições. Quando o Presidente da Caixa Econômica Federal confessa ter quebrado o sigilo bancário de um humilde trabalhador e entrega esse documento, ?  noite, diretamente na casa do ministro, estamos diante de pessoas que agem inescrupulosamente, tendo como único objetivo a conservação de suas posições de poder. O uso arbitrário da autoridade é signo incontroverso de autoritarismo. Ora, esse autoritarismo não é acidental, mas corresponde a toda a tradição socialista petista, que pensa que os fins justificam os meios e, afinal de contas, a democracia representativa não é um fim em si mesmo, mas um instrumento que serve ao fim maior da causa, a do socialismo. Ou seja, o Estado se pôs a serviço do partido, numa prática de cunho nitidamente totalitário, depois de já ter sido aparelhado em seus escalões intermediários. É a face propriamente autoritária do petismo que se revela neste episódio.




E acho que tem espaço para piorar mais ainda...

Santo

Isso tudo seria evitado se o "Paloffi" não dementisse que já tinha frequentado a tal casa, mesmo que inventasse alguma mentira do tipo "eu fui lá pra jogar truco com antigos amigos de Ribeirão PReto, só isso."

Agora até pra fazer merda ta tendo incompetência.

Gynoug

[size=10]
SÓ FALTA O ?IMPEACHMENT?
[/size]
por Marcelo Medeiros, jornalista, no Jornal do Brasil


Os fatos recentes envolvendo o principal ministro do governo, Antonio Palocci, assombraram e indignaram a opinião pública.

As acusações contra o ministro da Fazenda, que causaram a sua exoneração, foram inicialmente descartadas pelo presidente Lula, com achincalhe aos parlamentares da Comissão de Inquérito e a todos os brasileiros: ''Trata-se de um período mais caloroso no debate político e o ministro Palocci deve manter a cabeça fria''.

Não sabemos a temperatura da cabeça do ministro quando determinou, conforme noticiado na imprensa, ao presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso, seu subordinado, que violasse o sigilo bancário do caseiro Francenildo Santos.

Era uma tentativa dolosa de amedrontar o caseiro, por ter testemunhado a presença do ministro da Fazenda, várias vezes, na casa de negociatas montada em Brasília pelos seus ex-auxiliares, na prefeitura de Ribeirão Preto.

O ministro Palocci mentiu para a CPI e para a nação brasileira ao afirmar que nunca tinha ido ?  casa das maracutaias. Foi desmentido, desmoralizado por ''um simples caseiro'' na expressão preconceituosa do presidente Lula.

A leviandade e a certeza da impunidade atingiram tal ponto, que o presidente da Caixa Econômica chegou ?  desfaçatez de nomear uma comissão de sindicância para apurar o responsável por um ato criminoso que ele mesmo tinha praticado.

As duas CPIs, dos Bingos e dos Correios, têm provas suficientes para enquadrar o presidente da República nos crimes de responsabilidade, previstos no artigo 85 da Constituição e na Lei nº 1.079 de 10 de abril de 1950.

Apenas o relatório da CPI dos Correios comprova o prejuízo aos cofres públicos, fruto da roubalheira, da malversação e da improbidade administrativa, de bilhões de reais.

O senador Antonio Carlos Magalhães acusou: ''A grande verdade é que este governo é um governo de ladrões. No PT tem homens de bem? Tem. Mas o PT tem ladrões, e capitaneados pelo presidente da República, que diz que não sabe de nada, mas é o responsável por tudo''.

É incompreensível que até hoje os deputados não tenham iniciado o processo de impeachment do presidente.

Desde que o publicitário Duda Mendonça declarou ter recebido numa conta bancária no exterior vários milhões de dólares, em pagamento da campanha eleitoral do PT, tornou nula a eleição dos candidatos financiados por estes recursos.

Qual é a origem das vultosas quantias gastas nas eleições? Origem criminosa? Lavagem de dinheiro? Pagamento antecipado de vantagens futuras? Procedência externa com objetivo de intervir na política e no governo brasileiro?

São indagações que não podem ser justificadas pela prática delinqüente, embora tradicional no Brasil, de doações feitas pelo caixa dois de empresas que não querem ser identificadas, com medo de que os candidatos que apóiam percam as eleições, despertando a má vontade dos vitoriosos.

Como não houve a argüição de nulidade junto ?  Justiça Eleitoral no prazo hábil, perdeu-se a oportunidade.

O país conheceu nestes últimos meses o caso mais grave de corrupção já descoberto na História do Brasil. Corrupção sistêmica. Organizada e comandada por integrantes do núcleo central do poder, com gabinetes no Palácio do Planalto e na esplanada dos ministérios. Era inimaginável que isso pudesse acontecer. Muito menos no governo do PT, falso defensor da ética e da moralidade.

O presidente Lula já perdeu a capacidade de governar. Só falta ser destituído.

Se os deputados e senadores não o processarem por crime de responsabilidade, e continuarem a se omitir, estarão solapando os fundamentos da democracia brasileira, e comprometendo a representação parlamentar.

O processo de impedimento do presidente Collor começou com as declarações de um motorista. No governo Lula já temos o depoimento de um motorista, de um caseiro, e muito mais.


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[size=10]O CRIADOR E LULA[/size]
por Adriana Vandoni, economista


Diferente do que muita gente pensa, e que canso de receber em críticas pela internet, não tenho nada contra Lula como um operário que subiu ao poder. Acho-o apenas uma pessoa inteligente, carismática e esperta para conquistar seu espaço, porém inculto e insignificante, como a história saberá colocá-lo em seu devido lugar. Coitados daqueles que dedicaram a vida, ou boa parte dela, acreditando nesse messias.

Veja bem, Lula nunca foi de esquerda. Nunca significou qualquer ameaça ?  elite ou ao conservadorismo. Bem, no caso de Lula, na verdade ele nunca soube qual era a diferença entre ser de esquerda ou direita. Aliás, por nunca ter sido realmente de esquerda, como prova claramente agora, foi utilizado por Golbery para barrar Brizola, este sim, realmente de esquerda. A ditadura usou duas armas para conter Brizola, temido pelos militares. De um lado utilizou Ivete Vargas para impedir que o PTB caísse em suas mãos, e de outro estimulou a criação de um mito, prendendo por alguns dias "um líder operário". Estava aí criado o gancho que serviu a milhares de ingênuos que endeusaram um homem despreparado, já sabidamente estudado para saberem que poderia ser utilizado sem maiores riscos para se contrapor a Brizola. Tiveram sucesso na empreitada, porque, caso Brizola tivesse ido ao segundo turno com Collor, a história do nosso país seria outra.

Como diz aquela piada, Lula é como uma tartaruga em cima de um poste. Essa já está velha, mas em respeito aos que ainda não conhecem, ela fala da surpresa de duas pessoas vendo uma tartaruga subida em um poste. Um explica ao outro: é o Lula subido no poste, já que você sabe que a tartaruga, como Lula, não subiu lá sozinha, você sabe que ela não deveria estar lá, você sabe que ela não vai conseguir fazer absolutamente nada enquanto estiver lá, então tudo o que temos a fazer é ajudá-la a descer de lá.

Brizola morreu, e hoje a sua herdeira é a senadora Heloísa Helena, ela sim uma pessoa com uma ideologia clara, como podemos ver em seus discursos, e um carisma que no futuro poderá sim significar uma alternativa real ?  esquerda nacional. Não concordo com seu posicionamento ideológico, que considero já ultrapassado, mas vejo-a como a única representante dessa corrente ideológica. Terá muito mais dificuldades que Lula depois do dano imensurável que ele causou ?  esquerda latina.

Lula soube, como ninguém, subir no poste. Apesar de ter sido derrotado em três eleições, duas concorrendo com Brizola, nunca o vi declarar ter um conhecimento profundo que sugerisse admiração e concordância, por qualquer líder revolucionário.

Tem o dom da oratória, que sabe, ou tem a "desavergonhice" de elogiar os méritos da ditadura quando realiza reuniões com militares, e joga a população humilde contra "os poderosos" quando discursa em periferias carentes.

Hoje, o vejo como um soldado que cumpriu o seu papel histórico. Como disse no passado que admirava Mário Covas, o considerava leal e declarou em 2001 que "esse tipo de político faz muito bem ao Brasil, ao contrário de outros que não têm ética nem cumprem compromissos". E complementa com uma premonição quando Covas morreu: "A verdade é que ele deixa uma grande lacuna ética na política brasileira". Na mosca!

Agora, conclui o seu trabalho histórico deixando as viúvas da esquerda desagregadas como nunca estiveram antes, enquanto o bruxo Golbery, de outra dimensão, deve estar dizendo: muito bem, meu bom garoto, muito bem.




Adorei a parte da tartaruga.  :(

Baha

Não sei porque vocês se preocupam... Política aqui É assim. Já chegou no ponto que nem dá mais pra perder tempo dando atenção, também porque é algo que nós única e exclusivamente assistiremos de camarote, ou ignoraremos. Ou alguém aqui está com coragem, iniciativa, inteligência e força de vontade pra iniciar uma revolução?

feles

Finalmente um post interessante nesse topico!
Viver é a cada 3 dias ter vontade de se ajoelhar e chorar.

Seifer Almasy

Quote from: 'Baha' post='2103' date='Apr 4 2006, 12:34 PM'Não sei porque vocês se preocupam... Política aqui É assim. Já chegou no ponto que nem dá mais pra perder tempo dando atenção, também porque é algo que nós única e exclusivamente assistiremos de camarote, ou ignoraremos. Ou alguém aqui está com coragem, iniciativa, inteligência e força de vontade pra iniciar uma revolução?

Viva a ditadura!!!

Gynoug

Aos que dizem não se importar com nada disto, só há duas possibilidades:


- São uns queridinhos nascidos em berço de ouro e não precisam se preocupar mesmo.
- São falsos, pois se você verdade, não ficariam reclamando diariamente das condições de vida ou teriam cometido suicídio (um de vocês pelo menos...).


No mais, eu não preciso ser um "salvador da pátria" para usar de desculpa para me informar do mínimo possível sobre o que acontece nesta droga de país.