Provar Deus usando a Bíblia é igual a provar "Orcs" usando LOTR?

Started by night, Mar 04, 2009, 13:44:50

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Danny Zuco

Seifer, assim como o Snake, eu nem mesmo citei a história da refração da luz... e sobre os Gasparzinhos debaixo dos lençois, porra... sinceramente...

Não preciso estudar, nem o Snake... qualquer um com um pingo de noção de realidade percebe que você é profundamente influenciado por Horror em Amitiville, Poltergeist, Sexto Sentido, Possuídos, Ghost, Espíritos - A Morte Está Ao Seu Lado (esse deve ser seu preferido) e claro, você deve ter um poster em tamanho gigante da foto da menina do hotel (a propósito, recebi uma foto de uma corrente de uma mulher no Central Park do lado de um espírito, se quiser te passo no email pra vc enquadrar e colocar na parede também. E olha que nem lençol ela tinha... acho que era um upgrade. Por falar nisso, te odeio!!! Você me fez perder toda a graça de assistir Ghostbusters porque me mostrou como o filme eh mal feito pelos fantasmas não usarem lençois... QUE ABSURDO!!!!).

Não Seifer, nós não precisamos estudar pra voltarmos a infância e termos amigos imaginários ou medo de fantasma. E sobre sua comparação com o Rei Leonidas, porra, foi quase tão tosca quanto alguém não ter matado no meio do filme que o Bruce Willlis estava morto no Sexto Sentido (porra, isso era spoiler?).

Concordo plenamente com o Snake, não tenho cultura pra discutir com alguém que consegue ver fantasmas... é muito superior a mim que nem acredito neles. A propósito Seifer, já que você é a Whoopy Goldberg do forum, entra em contato com o espírito do meu tio italiano gordo e pergunta pra ele onde ele deixou um relógio de ouro dele que a família procura até hoje... JURO que se você me contar onde ele está, eu retiro tudo o que disse e dou razão pra você, até mesmo no fato do Judeu zumbi ter existido.

Beijo Seifer, como o Snake falou, a história dos fantasmas embaixo dos lençois foi broxante... fico pensando se os caça-fantasmas entram no meu quarto de noite e me pegam metendo.... vao achar que sou um fantasma pq estou embaixo dos lençois e me fritam! Que horror! Vou jogar meus lençois fora...

FUI!



Seifer Almasy

QuoteSeifer, assim como o Snake, eu nem mesmo citei a história da refração da luz... e sobre os Gasparzinhos debaixo dos lençois, porra... sinceramente...
Existem diversos tipos de materialização, mas no caso o que adianta eu ficar aqui tentando explicar sobre espiritismo pra quem não acredita?
Só que filmes são ficção, não esqueça disso... a maioria dos casos citados (dos quais eu só assisti 2) os roteiristas fantasiam demais, e não pesquisam sobre o assunto antes de tentar reproduzir em filmes

e não, não sou influenciado por filmes, dos que você citou eu só assisti 2, e outra "fantasmas" e "espiritos" são bem conotações diferentes

e quanto a ficar comparando com filmes, eu que sou o idiota por comparar Jesus com Leonidas? NÃO existe prova nenhuma MATERIAL que Leonidas existiu, ou existe? me mostre... é o mesmo caso, porque vc acreditaria em Leonidas e em Jesus não?

Fantasma
Quotedo Lat.   phantasma < Gr.  phántasma, visão


s. m.,
imagem ilusória;
espectro;
avantesma;
avejão;
visão aterradora;
sombra apavorante;
alma do outro mundo;
quimera;
fantasia.

Espírito
Quotedo Lat.   spiritu


s. m.,
alma;
substância incorpórea e inteligente;
alento vital;
entidade sobrenatural como os anjos e os diabos;
ente imaginário que se supunha revestido de forma aérea, como os duendes, trasgos, silfos, etc. ;
graça, inspiração, incitamento de ordem divina;
entendimento;
razão;
inteligência;
imaginação;
engenho;
ideia predominante;
intenção;
motivo;
fundamento;
ânimo;
sopro;
tendência própria e característica;
subtileza;
sentido;
significação;
disposição ou inclinação intelectual ou moral individual ou de um grupo;
humor;
graça;

QuoteNão Seifer, nós não precisamos estudar pra voltarmos a infância e termos amigos imaginários ou medo de fantasma.

Não estamos falando de amigos imaginarios e fantasmas, estamos falando de espiritismo, praticamente uma ciencia

QuoteA propósito Seifer, já que você é a Whoopy Goldberg do forum, entra em contato com o espírito do meu tio italiano gordo e pergunta pra ele onde ele deixou um relógio de ouro dele que a família procura até hoje... JURO que se você me contar onde ele está, eu retiro tudo o que disse e dou razão pra você, até mesmo no fato do Judeu zumbi ter existido.

As coisas não funcionam dessa maneira, prova que você não sabe absolutamente nada sobre espiritismo

QuoteConcordo plenamente com o Snake, não tenho cultura pra discutir com alguém que consegue ver fantasmas... é muito superior a mim que nem acredito neles.

Eu gosto quando as pessoas começam a perder a argumentação e ficam cheio de ironia
tipo, eu não "vejo" espiritos todos os dias, todos os momentos... e nem tenho contato 24hs por dia, isso é feito em sessões, tem todo um trabalho (que eu não sei fazer, diga-se de passagem) e por ai vai, é muito complexo pra cabecinha de vocês eu acho.

Querem me taxar de louco? vão em frente... vão deixar de falar comigo? sinto muito, mas já foi o tempo que eu me importava, mas acreditem, vão ser os 2 primeiros que fazem isso por preconceito

eu não estou nem ai, se pelo fato de eu ser de uma religião da qual vocês não acreditam / concordam os fazem agir assim, só prova a ignorancia de vocês (e não é ignorancia no assunto, vocês entenderam... por favor, não insultem a minha inteligencia com perguntas do tipo "ignorancia do que?")

no fim só me resta dizer
SINTO MUITO, E ATÉ LOGO

Guest_SirPhillip_*

Ahhh eu detesto esse tipo de discussao!  Mas resolvi postar uma bíblia aqui dessa vez, mas só dessa vez, porque prefiro outros assuntos. Como combinar o proximo Encontro Nerd do fórum.

Seifer, espiritismo não é ciência. Ciência é algo que precisa ser provado falso, a falseabildiade de Karl Popper é um requisito fundamental do método cientifico. Quem pode provar que o espiritismo é falso? O que nao quer dizer que o espiritismo não tenha sua validade. Se você tem gosto, afinidade pessoal e sente que pode se desenvolver como pessoa com o espiritismo, se o espiritismo até sendo útil para você no sentido de ordenar sua relação com o mundo e com você mesmo, ele cumpre um papel. Mesmo que não seja objetivo verdadeiro.  Quem estudou um pouco de psicologia junguiana sabe que temos um padrao mental comum criador de mitos , chamado inconsciente coletivo, e isso é positivo porque é válido para estruturas nossas relações com a mundo. Agora, não vá ficar magoado porque nao concordam com você e sair do fórum por isso. Aí já é infantil. Se eu fosse perder amizade ou brigar com alguém porque nao gosta de determinada opiniao minha, já estaria vivendo sozinha numa montanha.

Spellbinder, os argumentos do Dawkins são fraquíssimos .Ele demostra uma ignorância abismal quando foje daquilo que ele entende, que é a biologia. Nesse ponto ele tem, sim, coisas muito interessantes a dizer, principalmente em O Gene Egoísta, considerado por muitos o melhor livro de divulgação científica- mas quando ele vem falar em religião, sociologia, política, antropologia é um Deus nos acuda. O outro livro que você recomendou aqui foi o A Carta a Uma Nação Cristã- que tal ler livros que fogem um pouco do teu ponto te vista, para se confrontar com idéias opostas? Leia a Linguagem de Deus do Francis Collins, O Delírio de Dawkins, do Alister McGraith, os livros do físico quantico Amit Goswami, etc. Leituras que já refletem aquilo que a gente pensa pouco ou nada têm a acrescentar.  Esses livros que você citou aqui são bons para crentes.

Zuco, o cristianismo não existe mais. Me diga o que diabos as religiões ditas cristãs de hoje em dia têm a ver com o cristianismo primitivo. Uma religião nobre, de pessoas que não aceitam a escravidão, negavam a divinidade do imperador, virou a religião oficial do império romano por ( Teodósio, e não Constantino, como o Dawkins disse no Deus, Um Delírio) e virou uma religião elitista, que procurava controlar o pensamento da época usando o medo como ameaça. O cristianismo deixou de existir depois do século 4 d.c, já que não tinha mais nada em comum com sua forma original. Cristãos eram aqueles que usavam as tatuagens de peixe.  Hoje em dia não tem mais cristão.

Santo, suas idéias são interessantes , mas vc disse antes aqui que era deísta. Essa su visão de Deus me parece mais com um ateísmo mais refinado, poético, do que com deísmo.

Guest_SirPhillip_*

Não sou ateu, mas não acredito no Deus Criador da Bíblia. O meu conceito de Deus é mais próximo da teologia negativa, que define "Deus" como o nome que damos pra algo que não pode ser adequadamente descrito ou imaginado, porque se encontra além dos limites do pensamento conceitual. No que se refere ao universo da nossa experiência, acredito que o mundo surgiu com o Big Bang (seja lá o que for) e que os seres vivos se desenvolveram por um processo de evolução (embora tenha algumas dúvidas sobre a seleção natural ser o único mecanismo envolvido). Então, resumindo, apesar de acreditar em alguma coisa que à falta de melhor nome eu chamo de Deus, não acredito que o universo teve um criador, pelo menos não no sentido religioso tradicional.

O entrelaçamento da mecânica quântica diz que tudo está ligado. Se você mantém dois elétrons juntos, depois os separa por milhares de quilômetros, e estimula um deles, o outro responderá imediatamente. Como tudo estava junto no momento do Big Bang, então tudo está ligado. Agora vamos pensar um pouco melhor. A tradicional crença teísta é de que há um Deus que projetou o mundo conscientemente, que interfere em nossas vidas, ouve nossas preces, pune os injustos e perdoa os pecadores.  A crença ateísta é que o universo não tem propósito, nem bem, nem mal, apenas uma indiferença cega em impiedosa. Mas quando há duas crenças opostas , normalmente a verdade é um intermediário entre elas.

Indo mais a fundo, o panteísmo diz que tudo É Deus porque há um propósito em qualquer coisa. O Dawkins diz no Deus, Um Delírio que o panteísmo é um ateísmo mais chique. Outra bobagem. O panteísmo não é uma visão mais poética de dizer que vê Deus em todas as coisas. O panteísmo vê um propósito em cada coisa. Já o panenteísmo diz que Deus não é só todas as coisas, mas está também acima delas.
Deus não criou o universo- Deus surge com o universo, é todo o universo, porém também é maior do que ele.

Ok, e o que tem a ver o entrelaçamento com isso tudo?

Resumo do ópera: é realmente interessante que mecanismo de evolução biológica sejam tão efetivos a ponto de gerar criaturas inteligentes como nós. Há inteligência, há um princípio ordenador na natureza, e isso pode ser visto tanto no muito pequeno, como na forma que se organiza um átomo, como numa colméia de abelhas e num formigueiro até no movimento de planetas. Mas isso não quer dizer necessariamente que haja um inteligência anterior  a isso, que a projetou, já que a antes do universo, não havia o tempo. Mas HÁ uma inteligência na natureza, e tudo estava, ao mesmo tempo, unido na época do big bang, e continua unido, como a física quântica demonstrou. Então podemos supor que haja um propósito interno à cada átomo, que cada fração de matéria um grau de inteligência- levando a natureza a ter esse grau de perfeição que podemos ver- como querem os teístas0 mas sem uma inteligência criadora por trás dela- como querem os ateus.

Em relação ao estar "certo" ou estar "errado", é outra história. Como tudo o que percebemos do mundo são imagens geradas pela psique,  não podemos ter certeza nem mesmo de que há um mundo independente dessas imagens.

O valor de uma teoria ou crença deriva de sua utilidade como instrumento para lidar com os fenômenos.  Por exemplo, a teoria newtoniana da gravidade como uma força é útil porque, com ela, Newton desenvolveu uma bateria de fórmulas que permitem calcular a queda das maçãs, o movimento dos carros ou a órbita dos satélites. Nesse sentido, ela é verdadeira mesmo que a gravidade não seja uma força ou que seja impossível afirmar com certeza o que a gravidade é. Curiosamente, sem fazer alarde, é assim que a física contemporânea trata a mecânica newtoniana: suas premissas se revelaram incorretas à luz da Teoria da Relatividade (que, por sua vez, também pode se revelar incorreta à luz de alguma das muitas candidatas ao posto de Grand Unification Theory), mas as equações newtonianas continuam sendo amplamente usadas e ensinadas porque funcionam – pelo menos, quando não entramos no campo dos fenômenos relativísticos.

 A mecânica quântica é válida porque permite descrever o comportamento das partículas atômicas e extrair aplicações práticas dessa descrição, como construir transístores. A crença no milagre da transubstanciação é válida porque permite uma experiência de comunhão emocional e espiritual aos participantes de uma missa. A transubstanciação não possibilita construir transístores mas, até aí, a mecânica quântica (conexões não-locais à parte) também não propicia uma vivência de comunhão espiritual.

As nossas representações da realidade (inclusive as imagens que o cérebro constrói a partir da percepção sensorial e que rotineiramente tomamos pelas coisas-em-si) se apresentam a nós como dotadas de ordem, estrutura e regularidade, explícitas ou implícitas. Contudo, é impossível dizer se essa ordenação está presente na realidade que está por trás das representações ou se ela é um resultado de nossa própria atividade cognitiva.

Quando um cientista estuda um fenômeno natural – digamos, o comportamento das formigas – tendemos a esquecer que as formigas que ele observa são as imagens das  formigas que o nosso cérebro produz e que ele não tem nenhum acesso à formiga real (se é que há uma formiga real) que não passe pela mediação dessas imagens. Assim, os padrões regulares que ele observa no comportamento das formigas são padrões regulares que ele observa no comportamento das imagens das formigas e os modelos teóricos que ele constrói para dar conta desses padrões são, em última análise, modelos que explicam o comportamento das imagens que ele percebe.


Em outras palavras, se nós vemos a mesma formiga, isso não quer dizer que haja uma formiga real ou, caso haja, ela seja da forma que nós percebemos. Apenas diz que eu e você somos tão parecidos a ponto de percebermos a mesma coisa.

Para o dia-a-dia do cientista, bem como para a nossa vida, essa distinção não faz a menor diferença, porque toda a nossa experiência, inclusive aquilo que percebemos como exterior a nós, ocorre na verdade dentro dos limites da psique. Afirmar que existe um mundo exterior que é idêntico à representação criada pela psique, negar a existência desse mundo ou alegar que ele existe, mas é diferente da maneira como a psique o representa são afirmações metafísicas igualmente inverificáveis, porque tudo o que temos é a psique.

Dessa forma, nem os ateus nem os religiosos estão errados , na medida em que essas concepções são úteis para lidar com um determinado contexto. Ambos erram quando buscam extrapolar esse contexto e acreditam que a sua maneira de representar e entender o mundo é  a única, válida para todos e em todas as circunstâncias.

Conceitos são ferramentas, e cada ferramenta tem o seu uso correto. Se eu quero cortar o bife, uso uma faca. Se eu quero levá-lo à boca, uso um garfo. Vai ser difícil cortar o bife com o garfo e eu posso me ferir se tentar levá-lo à boca com a faca. Mas não existe absurdo maior do que dizer que quem usa a faca é um herege ou que usar o garfo é um delírio de ignorantes supersticiosos.

Spellbinder

QuoteCiência é algo que precisa ser provado falso, a falseabildiade de Karl Popper é um requisito fundamental do método cientifico.

Não necessariamente "provado" falso, mas que em algum momento pode ser provado que a teoria anterior estava incompleta ou incorreta.

QuoteO meu conceito de Deus é mais próximo da teologia negativa, que define "Deus" como o nome que damos pra algo que não pode ser adequadamente descrito ou imaginado, porque se encontra além dos limites do pensamento conceitual.

Eu tinha um conceito parecido, até chegar a conclusão que não precisava nomear o que eu acredito ser uma série de consequencias de eventos não controlados.

QuoteMas isso não quer dizer necessariamente que haja um inteligência anterior a isso, que a projetou, já que a antes do universo, não havia o tempo.

Segundo a teoria M (vide o video que o Santo postou anteriormente), havia tempo antes da criação do universo, o que era uma das coisas que os físicos não conseguiam explicar (nem aceitar) antes dessa teoria.

QuoteEsses livros que você citou aqui....

Juro que , do jeito que está escrito, quando estava lendo achei que você tinha pensado que eu tinha citado os livros, não o Seifer. :D

Seifer Almasy

Quote from: 'Guest_SirPhillip_*' post='24722' date='Mar 17 2009, 02:30 PM'Ahhh eu detesto esse tipo de discussao!  Mas resolvi postar uma bíblia aqui dessa vez, mas só dessa vez, porque prefiro outros assuntos. Como combinar o proximo Encontro Nerd do fórum.

Seifer, espiritismo não é ciência. Ciência é algo que precisa ser provado falso, a falseabildiade de Karl Popper é um requisito fundamental do método cientifico. Quem pode provar que o espiritismo é falso? O que nao quer dizer que o espiritismo não tenha sua validade. Se você tem gosto, afinidade pessoal e sente que pode se desenvolver como pessoa com o espiritismo, se o espiritismo até sendo útil para você no sentido de ordenar sua relação com o mundo e com você mesmo, ele cumpre um papel. Mesmo que não seja objetivo verdadeiro.  Quem estudou um pouco de psicologia junguiana sabe que temos um padrao mental comum criador de mitos , chamado inconsciente coletivo, e isso é positivo porque é válido para estruturas nossas relações com a mundo. Agora, não vá ficar magoado porque nao concordam com você e sair do fórum por isso. Aí já é infantil. Se eu fosse perder amizade ou brigar com alguém porque nao gosta de determinada opiniao minha, já estaria vivendo sozinha numa montanha.

Spellbinder, os argumentos do Dawkins são fraquíssimos .Ele demostra uma ignorância abismal quando foje daquilo que ele entende, que é a biologia. Nesse ponto ele tem, sim, coisas muito interessantes a dizer, principalmente em O Gene Egoísta, considerado por muitos o melhor livro de divulgação científica- mas quando ele vem falar em religião, sociologia, política, antropologia é um Deus nos acuda. O outro livro que você recomendou aqui foi o A Carta a Uma Nação Cristã- que tal ler livros que fogem um pouco do teu ponto te vista, para se confrontar com idéias opostas? Leia a Linguagem de Deus do Francis Collins, O Delírio de Dawkins, do Alister McGraith, os livros do físico quantico Amit Goswami, etc. Leituras que já refletem aquilo que a gente pensa pouco ou nada têm a acrescentar.  Esses livros que você citou aqui são bons para crentes.

Zuco, o cristianismo não existe mais. Me diga o que diabos as religiões ditas cristãs de hoje em dia têm a ver com o cristianismo primitivo. Uma religião nobre, de pessoas que não aceitam a escravidão, negavam a divinidade do imperador, virou a religião oficial do império romano por ( Teodósio, e não Constantino, como o Dawkins disse no Deus, Um Delírio) e virou uma religião elitista, que procurava controlar o pensamento da época usando o medo como ameaça. O cristianismo deixou de existir depois do século 4 d.c, já que não tinha mais nada em comum com sua forma original. Cristãos eram aqueles que usavam as tatuagens de peixe.  Hoje em dia não tem mais cristão.

Santo, suas idéias são interessantes , mas vc disse antes aqui que era deísta. Essa su visão de Deus me parece mais com um ateísmo mais refinado, poético, do que com deísmo.

Não, a idéia era apenas dar um fim na discussão, como disseram ai em cima, que não iam mais discutir mesmo...

como você mesmo disse ai em cima só não concordo com o "Mesmo que não seja objetivo verdadeiro"

Quote from: 'Guest_SirPhillip_*' post='24723' date='Mar 17 2009, 03:06 PM'Não sou ateu, mas não acredito no Deus Criador da Bíblia. O meu conceito de Deus é mais próximo da teologia negativa, que define "Deus" como o nome que damos pra algo que não pode ser adequadamente descrito ou imaginado, porque se encontra além dos limites do pensamento conceitual. No que se refere ao universo da nossa experiência, acredito que o mundo surgiu com o Big Bang (seja lá o que for) e que os seres vivos se desenvolveram por um processo de evolução (embora tenha algumas dúvidas sobre a seleção natural ser o único mecanismo envolvido). Então, resumindo, apesar de acreditar em alguma coisa que à falta de melhor nome eu chamo de Deus, não acredito que o universo teve um criador, pelo menos não no sentido religioso tradicional.

O entrelaçamento da mecânica quântica diz que tudo está ligado. Se você mantém dois elétrons juntos, depois os separa por milhares de quilômetros, e estimula um deles, o outro responderá imediatamente. Como tudo estava junto no momento do Big Bang, então tudo está ligado. Agora vamos pensar um pouco melhor. A tradicional crença teísta é de que há um Deus que projetou o mundo conscientemente, que interfere em nossas vidas, ouve nossas preces, pune os injustos e perdoa os pecadores.  A crença ateísta é que o universo não tem propósito, nem bem, nem mal, apenas uma indiferença cega em impiedosa. Mas quando há duas crenças opostas , normalmente a verdade é um intermediário entre elas.

Indo mais a fundo, o panteísmo diz que tudo É Deus porque há um propósito em qualquer coisa. O Dawkins diz no Deus, Um Delírio que o panteísmo é um ateísmo mais chique. Outra bobagem. O panteísmo não é uma visão mais poética de dizer que vê Deus em todas as coisas. O panteísmo vê um propósito em cada coisa. Já o panenteísmo diz que Deus não é só todas as coisas, mas está também acima delas.
Deus não criou o universo- Deus surge com o universo, é todo o universo, porém também é maior do que ele.

Ok, e o que tem a ver o entrelaçamento com isso tudo?

Resumo do ópera: é realmente interessante que mecanismo de evolução biológica sejam tão efetivos a ponto de gerar criaturas inteligentes como nós. Há inteligência, há um princípio ordenador na natureza, e isso pode ser visto tanto no muito pequeno, como na forma que se organiza um átomo, como numa colméia de abelhas e num formigueiro até no movimento de planetas. Mas isso não quer dizer necessariamente que haja um inteligência anterior  a isso, que a projetou, já que a antes do universo, não havia o tempo. Mas HÁ uma inteligência na natureza, e tudo estava, ao mesmo tempo, unido na época do big bang, e continua unido, como a física quântica demonstrou. Então podemos supor que haja um propósito interno à cada átomo, que cada fração de matéria um grau de inteligência- levando a natureza a ter esse grau de perfeição que podemos ver- como querem os teístas0 mas sem uma inteligência criadora por trás dela- como querem os ateus.

Em relação ao estar "certo" ou estar "errado", é outra história. Como tudo o que percebemos do mundo são imagens geradas pela psique,  não podemos ter certeza nem mesmo de que há um mundo independente dessas imagens.

O valor de uma teoria ou crença deriva de sua utilidade como instrumento para lidar com os fenômenos.  Por exemplo, a teoria newtoniana da gravidade como uma força é útil porque, com ela, Newton desenvolveu uma bateria de fórmulas que permitem calcular a queda das maçãs, o movimento dos carros ou a órbita dos satélites. Nesse sentido, ela é verdadeira mesmo que a gravidade não seja uma força ou que seja impossível afirmar com certeza o que a gravidade é. Curiosamente, sem fazer alarde, é assim que a física contemporânea trata a mecânica newtoniana: suas premissas se revelaram incorretas à luz da Teoria da Relatividade (que, por sua vez, também pode se revelar incorreta à luz de alguma das muitas candidatas ao posto de Grand Unification Theory), mas as equações newtonianas continuam sendo amplamente usadas e ensinadas porque funcionam – pelo menos, quando não entramos no campo dos fenômenos relativísticos.

 A mecânica quântica é válida porque permite descrever o comportamento das partículas atômicas e extrair aplicações práticas dessa descrição, como construir transístores. A crença no milagre da transubstanciação é válida porque permite uma experiência de comunhão emocional e espiritual aos participantes de uma missa. A transubstanciação não possibilita construir transístores mas, até aí, a mecânica quântica (conexões não-locais à parte) também não propicia uma vivência de comunhão espiritual.

As nossas representações da realidade (inclusive as imagens que o cérebro constrói a partir da percepção sensorial e que rotineiramente tomamos pelas coisas-em-si) se apresentam a nós como dotadas de ordem, estrutura e regularidade, explícitas ou implícitas. Contudo, é impossível dizer se essa ordenação está presente na realidade que está por trás das representações ou se ela é um resultado de nossa própria atividade cognitiva.

Quando um cientista estuda um fenômeno natural – digamos, o comportamento das formigas – tendemos a esquecer que as formigas que ele observa são as imagens das  formigas que o nosso cérebro produz e que ele não tem nenhum acesso à formiga real (se é que há uma formiga real) que não passe pela mediação dessas imagens. Assim, os padrões regulares que ele observa no comportamento das formigas são padrões regulares que ele observa no comportamento das imagens das formigas e os modelos teóricos que ele constrói para dar conta desses padrões são, em última análise, modelos que explicam o comportamento das imagens que ele percebe.


Em outras palavras, se nós vemos a mesma formiga, isso não quer dizer que haja uma formiga real ou, caso haja, ela seja da forma que nós percebemos. Apenas diz que eu e você somos tão parecidos a ponto de percebermos a mesma coisa.

Para o dia-a-dia do cientista, bem como para a nossa vida, essa distinção não faz a menor diferença, porque toda a nossa experiência, inclusive aquilo que percebemos como exterior a nós, ocorre na verdade dentro dos limites da psique. Afirmar que existe um mundo exterior que é idêntico à representação criada pela psique, negar a existência desse mundo ou alegar que ele existe, mas é diferente da maneira como a psique o representa são afirmações metafísicas igualmente inverificáveis, porque tudo o que temos é a psique.

Dessa forma, nem os ateus nem os religiosos estão errados , na medida em que essas concepções são úteis para lidar com um determinado contexto. Ambos erram quando buscam extrapolar esse contexto e acreditam que a sua maneira de representar e entender o mundo é  a única, válida para todos e em todas as circunstâncias.

Conceitos são ferramentas, e cada ferramenta tem o seu uso correto. Se eu quero cortar o bife, uso uma faca. Se eu quero levá-lo à boca, uso um garfo. Vai ser difícil cortar o bife com o garfo e eu posso me ferir se tentar levá-lo à boca com a faca. Mas não existe absurdo maior do que dizer que quem usa a faca é um herege ou que usar o garfo é um delírio de ignorantes supersticiosos.

Dizem que, você segura uma revista, mas não esta segurando na verdade... a ciencia diz muita coisa que não consegue provar

vou confessar que eu nem li o texto inteiro, mas as partes que eu li colocam fim na discussão pra mim