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Started by night, Feb 25, 2007, 20:46:38

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Gamersnake

OK, esse sistema de evolução é muito, muito, muito idiota.

Baha

Agreed.

E curiosamente, personagens que nem mesmo participaram do combate ou nem mesmo entraram pro grupo ainda ganham os incrementos dos star levels junto com todo mundo. Um personagem só se fode se participar do combate e terminar ele caído.

Mini levels você pode correr atrás com personagens que não estavam no grupo ou caíram durante combates, ENQUANTO você não ganhar o próximo star level, pois são individuais. Então se vc tem 7 pra ganhar até o próximo star level, cada personagem tem quantas chances quiser de ganhar os seus 7. Cada um te dá um minúsculo incremento aleatório em status (quase sempre apenas HP), que tem CHANCES de ser não tão minúsculo caso o personagem esteja defasado (pela perda de um star level ou dos mini levels de intervalos anteriores, por exemplo).

Mas por exemplo, um personagem ganha um star level e 15 HP. Aí ganha os mini levels antes do próximo star level e isso soma pra ele mais 10 HP. Um personagem que caiu no chefe que deu esse star level não ganha os 15 HP. Mas durante os mini levels ganha 18. (É mais ou menos essa a média mesmo pelo que eu joguei) Então ele não fica TÃO pra trás assim, mas nunca se recupera totalmente. Ou precisa ser bem sortudo pra conseguir. Se ele começa a perder mais SLs, juntando com a possibilidade de que pela história ele fica fora do grupo durante certas partes do jogo, perdendo assim vários mini levels, lá pro late game a defasagem parece que vai ficar bem grande.

Baha

Jogando mais um pouco de Chrono Cross, notei que existem 2 tipos de magia: As de cura e as inúteis.

Todo mundo é minimamente competente com curas, o que é bom.

Magias de ataque causam no máximo o mesmo dano de uma sequência bem sucedida de ataques de um porradeiro, e isso quando são castadas por um mago e com todas as condições favoráveis (o caster é da cor da magia, o campo é da cor da magia E o inimigo é da cor oposta à magia).

Só que um porradeiro pode atacar sempre. Um mago precisa ficar alternando entre atacar (porcamente) e castar suas magias.

Sobre o progresso do game: Estou com mais de 10 personagens já, e dá pra contar no máximo uns 3 que têm alguma mínima relevância na história. O restante teve uma meia dúzia de diálogos durante sua introdução (ou nem isso!) e depois desapareceram completamente. Só vejo algum deles se mandar lutar comigo. Nem Star Ocean 2 tratou seus coadjuvantes com tanto descaso. Pelo menos os que têm alguma introdução tentam transparecer o máximo de variedade, personalidade e impacto durante elas. Nem sempre conseguem.

O jogo é cheio de cenários muito bonitos, e ainda não cheguei a uma conclusão se são pinturas ou pré renderizados.

Strife

Lembro de usar bastante magia em CC, inclusive de ataque. Mas as de ataques eram AoE. Individual era sempre melhor atacar com ataques mesmo (fora isso magia útil eram aquelas q aumentavam ATK, Hit % etc). Na real CC não é muito difícil então nunca nem me preocupei com essa evolução bizarra deles. Usava personagens que eu gostava e equipava eles de acordo com a afinidade elemental e só.

No mais, terminei Illusion of Gaia. Jogão, melhor ARPG que joguei no Snes. O enredo é bem trabalho pra época, trata de temas como fome, canibalismo, escravidão, morte (uma cena me lembrou a tentativa de suicídio da Celes em FFVI). O tema de destruição/criação de mundo veio mais pro final (com um plot twist inesperado até). O jogo só não se sai bem nas relações amorosas, tudo envolvendo romance entre personagens me pareceu forçado e... bleh. Mas mesmo assim, para um jogo de 1994, investiram bastante, até meio surpreendente como tanta coisa aparentemente passou intacta pela censura da Nintendo na época. É bastante linear, mas o jogo está sempre progredindo, nunca cansa, e novamente devo dizer que as dungeons são excelentes.

Próximo é Terranigma ;)

Billy Lee Black

Aeeeee, mais um que enxergou a beleza desse jogo. O enredo é sensacional demais!

Terranigma é bem melhor graficamente. Mas eu não curti tanto o enredo e os personagens.

Strife

Dei uma pausa no Terranigma pois viciei num jogo indie que tá me consumindo: Papers, please, para PC.

Pior que não tem como descrever o jogo sem parecer chato, mas é viciante. Vc assume o papel de um inspetor de fronteira e cabe a vc decidir quem entra ou não no país. Começa bem simples, no primeiro dia as instruções são basicamente negar entrada a todos os estrangeiros. Novas regras vão sendo introduzidas que faz vc verificar passaportes, permissões, comparar o que as pessoas dizem com as informações que vc tem, notícias de jornais, fotos de criminosos procurados etc. Quando chega nesse nível vira uma versão mais moderna daqueles adventures de point and click, com o jogador procurando pistas nas descrições físicas, vendo se há contrabando etc. Cada dia vc pode ter três erros (se deixar passar alguém q não devia ou negar alguém q tava com tudo certo), a partir do terceiro cada penalidade tira 5 dinheiros do seu salário, e vc não pode ter muito dessas pois precisa do salário pra sustentar a família no final do mês (membros da família adoecem, ficam com frio, fome, pedem presentes, e cabe a vc decidir como gastar a grana).

Parece que vc tá fazendo trabalho haha, mas o jogo começa a revelar suas cartas. O jogador pode escolher participar ou ver desenrolando várias histórias. Teve um homem que deu erro na identificação visual, verifiquei as impressões digitais e deu tudo certo. Quando dei o OK ele me pediu pra deixar a mulher dele passar, mas ela não tinha todos os documentos. Escolhi receber um aviso e deixá-la passar. Tem vários personagens com histórias que se ramificam em vários dias, com direito a sociedades secretas, grupos rebeldes pedindo sua ajuda para lutar contra o governo tirano, pessoas oferecendo subornos ou tentando contrabandear remédios para pessoas doentes (ou simplesmente armas, drogas etc), ataques terroristas, assassinatos etc. O jogo foi feito por uma pessoa só e engana na sua aparente simplicidade mas logo se torna viciante demais.

Baha

Seguindo em Chrono Cross...

Deu pra acostumar com o sistema de combate, mas não sou fã dele.

Sobre a história, uma coisa bacana é ver as diferenças entre os dois mundos. Os caminhos diferentes que as pessoas seguiram e tal. Mas pelo que foi dito, o ponto de dissonância entre as duas realidades foi a morte/não morte do Serge, e antes disso era como se fosse realmente o mesmo mundo, e todas as diferenças que você vê entre os mundos podem ser explicadas como parte do efeito borboleta causado por esse fato. Toda a diferença da vila dele e arredores é bem compreensível, mas tem alguns fatos de grande proporção em diversos lugares que eu não imagino como podem ser consequência indireta do destino do Serge. Por outro lado parece que o que aconteceu com o Serge está diretamente ligado ao Lynx, que tem sido uma figura extremamente influente na política de El Nido e quem sabe do mundo, e parece que o que Lynx fez em cada mundo mudou muito dependendo do que aconteceu com o Serge.

Cheguei na parte em que a história de CC manda um foda-se pra de CT, e é tão irritante quanto eu imaginava.

Uma coisa estranha é que o Serge já está no corpo do Lynx faz um bom tempo, e apesar de no começo terem explorado o fato de as pessoas não reconhecerem, ou reconhecerem o Lynx e etc, já tive vários encontros com desconhecidos que nunca viram nem Lynx e nem Serge, e todos me tratam como um humano. Os demi-humans vivem falando comigo na base do "vocês humanos isso, vocês humanos aquilo", mesmo o Lynx sendo claramente um demi-human também.

Sobre a crise de identidade que o Strife falou, não senti nada disso. Pra mim a situação é bem simples e clara: Serge está no corpo do Lynx e vice-versa. Reconhecimento e tratamento pela maioria das pessoas vai ser estranho, por motivos óbvios. Só a imbecil da Harle fica insistindo que "Mon cherri, se as pessoas acham que você é o Lynx, é pq vc é o Lynx, non?". Não Harle... Apenas não. além do que, mesmo que o seu argumento fizesse sentido ele não se aplica à realidade, pois bastante gente já me reconheceu como Serge, mesmo no corpo errado, começando pela mãe do Serge e o Radius.

E a Kid foi tonta. Ela deveria ter percebido o que aconteceu no momento em que o Serge abriu a boca. Tem algo obviamente errado se o Serge está falando! :smartass:

E o Serge-no-corpo-do-Lynx agiu como um legítimo Serge: Ficando mudo ao invés de, sei lá, tentar chamar a atenção do grupo pro que ocorreu.

Gamersnake

Quote from: Baha on Aug 10, 2015, 09:56:54
E a Kid foi tonta. Ela deveria ter percebido o que aconteceu no momento em que o Serge abriu a boca. Tem algo obviamente errado se o Serge está falando! :smartass:

Hue.  :P

Baha

Uma coisa que eu gostei no jogo:

Depois que você passa pela primeira vez por uma região que tem mais de uma entrada, você pode atravessar direto pelo mapa.

Strife

Pra mim o bacana de Chrono Cross são essas diferenças entre os dois mundos e o jogador como Serge no meio tentando entender tudo. A crise existencial vem depois, quando mais elementos de Chrono Trigger entram no meio e é feita uma ligação entre os mundos paralelos de CC, CT, Lavos, Schalla e outros personagens de CT. No entanto, eu sou minoria e sei bem disso, maior parte das pessoas não gostaram do enredo de CC por (aparentemente) ter pouca ligação com CT. Como eu nunca achei enredo o forte de CT (apesar de adorar o jogo), nunca liguei muito. Se CC tivesse um grupo de personagens mais tradicional ia ajudar tb, essa mentalidade de Pokemon com personagens prejudicou o jogo.

Terminei Papers Please. O jogo me viciou de um tanto que nem joguei Terranigma esses dias, mas agora já retomei. Acho que entrei na meta de terminar os melhores RPG/Ação do console, mas creio ter terminado quase tudo agora, dos que tenho conhecimento falta só Terranigma e Secret of Evermore. Tenho interesse em jogar o Ys V mas ainda fico na esperança da Falcom fazer um remake dele depois do novo Ys para PS4/VITA.

Baha

O maior problema que eu estou vendo no enredo de Chrono Cross, além de ser chato e presunçoso (tem melhorado, principalmente por causa do world building bem abrangente) é que

1) Sim, ele não tem quase nada a ver com CT. Na época em que os fãs estavam sedentos por uma continuação isso deve ter sido um soco no estômago. A história do game é muito auto contida, ou ao menos a gigantesca maioria dos eventos. Trocando alguns nomes e fazendo uns poucos ajustes no enredo dá pra desacoplar completamente de CT. E seria até melhor, porque...

2) O pouco de ligação que existe entre os games essencialmente se resume ao background de CC explicar que basicamente tudo o que rolou em CT foi tornado irrelevante, revelado que só piorou as coisas, ou desfeito/arruinado. OFF SCREEN... Isso sim é um soco no estômago dos piores possíveis em qualquer pessoa que já gostou de CT em qualquer época.

Muita coisa do CC que parece importantíssima não foi sequer mencionada em CT. É até bizarro imaginar que é o mesmo mundo. CC se passa num micro arquipélago que sequer existia no CT, mas tem todo tipo de coisa exótica e eventos cósmicos que não possuem paralelo com algo de CT. A sensação é que seria benéfico pro próprio CC se as ligações com CT fossem cortadas, e ele pudesse desenvolver suas ideias de enredo num mundo próprio, sem estar à sombra do antecessor.

Outra coisa que eu achei desnecessária no jogo é o cast pokemônico dele. Eles até que conseguiram ser criativos com a maioria, tendo carisma no visual e maneirismos, mas é muita gente pra ter um desenvolvimento adequado, mesmo daqueles poucos que se encaixam nas quests mais centrais de alguma forma.

Strife

Quote from: Baha on Aug 11, 2015, 23:47:15
2) O pouco de ligação que existe entre os games basicamente se resume ao background de CC explicar que basicamente tudo o que rolou em CT foi tornado irrelevante, revelado que só piorou as coisas, ou desfeito/arruinado. OFF SCREEN... Isso sim é um soco no estômago dos piores possíveis em qualquer pessoa que já gostou de CT em qualquer época.

Foi exatamente isso que gostei, então já vê por aí que vou contra a maré nesse assunto. Achei muito mais interessante essa abordagem do que uma continuação no mesmo tom simplesmente contando mais aventuras de Crono e cia. A gente já teve isso, se chama Chrono Trigger. E o diretor de CC deixou bem claro que Chrono Cross era seu próprio jogo com ligações com CT, e não "Chrono Trigger 2".

A pior parte pra mim foi o final (pelo menos o que eu vi). Senti a mesma coisa que ocorreu em FFVIII: acabou o dinheiro/tempo e tiveram que juntar todas as pontas de uma vez.

Joe Musashy

Terminei Alan Wake's American Nightmare. Preferi o primeiro e faltou clímax nesse. O final é meio meh. Pareceu prelúdio.

Alguém tem algo nesse estilo pra recomendar? Estou tentando jogar Outlast, mas estou fazendo um tratamento contra ansiedade que está me atrapalhando. E quero algo que me deixe revidar, e não só ficar fugindo/me escondendo.


Não discuto com socialista/comunista.

Baha

Uma coisa estranha do Chrono Cross (mas muito conveniente) é que você sempre consegue fugir de QUALQUER combate.

Baha

E fiz o primeiro final (bom) de Chrono Cross!

É um jogo muito bonito, com uma excelente trilha sonora e feito com muito detalhamento e cuidado.

Mas algumas decisões, tanto em gameplay quanto história, simplesmente não funcionaram pra mim. Um sistema de evolução esdrúxulo que tornou o assunto irrelevante. Um sistema de combate que demora mais do que devia pra ficar confortável. Um cast grande demais com poucos personagens bem aproveitados e praticamente nenhum com quem eu simpatizasse. O game também é entupido de missables e opcionais, e eu tenho certeza que não acharia nem 20% das coisas se não seguisse um faq. Sem falar nas 2 ramificações que exigem jogar o game de novo pra ver as alternativas (mas aí o new game+ dá uma ótima aliviada).

E uma história que parece tentar dar um passo maior que a perna, despejando filosofia de existencialismo a todo momento, usando um universo já estabelecido  como base, mas empilhando tramas e twists de forma bagunçada.
Spoiler
Tem os esquemas da Schala + Lavos, da Kid, da Lucca, do Balthasar, do FATE, dos Reptites de um futuro alternativo, dos dragões desses reptites tretando com FATE pra poderem se fundir e tretar com a humanidade, do fato de que na verdade esse dragão era é uma manifestação do Lavos pq o verdadeiro já tinha sido consumido a eras atrás, do retcon grosseiro da humanidade evoluir de seus ancestrais e bater nos reptites devido ao contato com o Lavos (Não era nada disso. Os humanos já eram humanos quando o lavos caiu no planeta. A "ajuda" que ele deu pra humanidade foi em iniciar a era glacial pra qual os reptites estavam muito menos adaptados que os humanos. Os únicos avanços que a humanidade teve por conta de contato com Lavos estavam concentrados em Zeal, e praticamente tudo foi perdido quando Zeal foi destruído)

E nessa complexidade toda, que se leva tão a sério o tempo todo (O máximo de "humor" que o game traz está nos trejeitos de alguns personagens e em 2 semi-vilões desculpas cômicas) os furos e as estranhezas do roteiro acabam ficando mais gritantes. Após as revelações, algumas atitudes de pessoas e criaturas anteriormente passam a não fazer muito sentido.

Eu entendi o que tentaram fazer, mas... pra mim o jogo tentou ser mais do que dava conta, e ainda por cima tinha o peso do legado pra ajudá-lo a desmoronar. No fim das contas eu não gostei dele, como já "esperava". Mas agora conhecendo o game inteiro eu fico meio triste por isso.