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Started by night, Feb 25, 2007, 20:46:38

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Baha

Eu devo isso ao meu eu de 12 anos de idade!

Baha

E finalmente terminei Arc the Lad 2!

Esse jogo é GIGANTESCO, com uma quantidade enorme de conteúdo, tanto principal quanto opcional. Eu fico até impressionado que o game seja todo em 1 CD só, já que além de todo conteúdo tem várias CGzinhas em momentos chave da história. O problema é que uma parte disso é missable, então fiquei conferindo um faq pra não perder as coisas importantes.

No final foram 70 horas, e ao contrário de alguns games em que eu nem via o relógio passar das 100, aqui o tamanho do jogo foi bem sentido. Uma coisa que ajudou a alongar o jogo (e por vezes torná-lo cansativo) são os combates de SRPG inseridos numa estrutura de progressão de JRPG. Combates longos e em grande quantidade não são uma combinação de sucesso o tempo todo. O contraste com o primeiro jogo, que era bem curtinho, também deve ter influenciado nessa sensação.

Além disso na reta final a progressão de dificuldade dá uma grande acelerada e os inimigos começam a pular de nível e poder como não faziam antes, e isso atinge o ápice no último chefe, que é mais outro salto desproporcional com relação a tudo o que veio antes. Eu consegui administrar, mas isso é porque eu tinha feito TUDO o que havia pra fazer no jogo e ainda torrei minha grana upando meus equipamentos (já falo disso no próximo parágrafo). Imagino que alguém que tenha deixado conteúdo opcional de lado teria sérios problemas.

O grande money sink do jogo são os upgrades nos equipamentos. Há várias coisas que podem ser melhoradas nos blacksmiths e os preços variam bastante. Fazer os upgrades certos nos equipamentos certos (e usando muitos saves/loads pra manipular a sorte) pode te conseguir algo muito melhor do que qualquer coisa encontrada/comprada em estado "cru" durante o jogo. Mas novamente, sem um faq ou MUITA paciência é extremamente difícil descobrir quais equipamentos possuem o melhor potencial de evolução. E claro, você encontra muitos equipamentos durante o jogo, e não dá pra segurar tudo com você devido ao inventário limitado, então pra saber o que vale a pena guardar e o que você pode vender, só mesmo na sorte ou com faq.

Uma coisa curiosa, consequência disso tudo, é que a progressão de como você encontra equipamentos durante o jogo, seja em baús, combates ou em lojas não é simplesmente linear em termos de encontrar coisas cada vez melhores. Tem muita variação de poder inicial e de capacidade de evolução durante todo o jogo, além de outras características, como armaduras com proteção a status e elementos ou armas com ataques que causam status. Você até nota que ao longo da aventura as coisas vão "em média" melhorando, mas definitivamente não é uma progressão suave e contínua.

Concluindo...

No final o game realmente fecha sua narrativa de forma completa e consistente, sem a sensação de correria como no primeiro game, que mais do que nunca fica parecendo apenas um prólogo. Alguns eventos no final ocorrem em rápida sucessão, mas isso parece bem mais natural e esperado considerando seus contextos. De fato, as vezes eu fico com a impressão que esse pode ser um raríssimo caso onde os produtores tiveram tempo e verba pra fazer tudo o que queriam (ou ao menos o que consideravam sensato pra um jogo só). Ele melhora muita coisa com relação ao primeiro e é um game muito bom e bem amarrado com vários sistemas interessantes, mas ainda assim não evitou de se tornar um tanto cansativo em algumas ocasiões e fez o seu tamanho ser sentido de uma forma que eu não tenho certeza se é positiva. Por isso ele não entra pro meu top de PS1 junto com Wild Arms, FF7, BoF3, etc, mas fica no degrau dos runner-ups, acompanhado de games como os 2 Lunar e Tales of Eternia.

Agora, pela lista seria a vez do terceiro game, mas acho que vou jogar algo diferente pra desintoxicar antes...

Joe Musashy

Instalei o I Am Alive de bobeira aqui, e estou gostando muito. A jogabilidade para combate é muito ruim - só presta mesmo quando você vai escalar coisas, e escalará MUITO. De resto, estou surpreso com o fator "intimidação" das armas e pelo fato de que nem todo mundo armado quer te matar; alguns só querem proteger seus pertences e se comportam como amadores com as armas na mão. Se o cara quer te ver morto, ele vem pra cima andando - se você não estiver com arma em punho e você tem a opção de atacá-lo de surpresa quando chega perto - ou atira se você apontar a arma. Às (muitas) vezes, você nem munição tem e tem 3 caras com facas te ameaçando. Você aponta a arma e eles já levantam os braços, se rendem ou - acreditem - pagam pra ver e vão pra cima. Chegam a falar "Você não tem munição. Não vejo uma bala há meses" antes de te agredir. É preciso usar a estratégia certa. Lembrando que eles fazem isso também!

Até agora, esse é um jogo que não entendo a nota do Metacritic. Me surpreendeu. Não é uma maravilha, mas vale muito a pena. É um Silent Hill pós-apocalíptico.


Não discuto com socialista/comunista.

night

Quote from: Gynoug on Sep 06, 2015, 21:50:15*Caralho, como você gostam e tem tempo para escrever sobre estes RPGs! Daria uma revista semanal.

Achei que era só eu.
Vamos mudar o título do tópico para "qual rpg saudosista dos anos 90 você está jogando? Escreva um review de cada capítulo". :lol:

Baha

Ué, a minha lista está no PS1 no momento, então RPG saudosista é o que eu tenho pra jogar! E esse forum é onde eu tenho pra falar sobre assunto!

Gamersnake

Quote from: Baha on Sep 08, 2015, 18:01:43
Além disso na reta final a progressão de dificuldade dá uma grande acelerada e os inimigos começam a pular de nível e poder como não faziam antes, e isso atinge o ápice no último chefe, que é mais outro salto desproporcional com relação a tudo o que veio antes. Eu consegui administrar, mas isso é porque eu tinha feito TUDO o que havia pra fazer no jogo e ainda torrei minha grana upando meus equipamentos (já falo disso no próximo parágrafo). Imagino que alguém que tenha deixado conteúdo opcional de lado teria sérios problemas.

Sim. Tanto, que eu não consegui matar o chefe da primeira vez que tentei. Voltei no save e tentei fazer opcionais, explorar mais e deixar os personagens mais fortes, mas... o tamanho tão longo do jogo me venceu. Eu estava cansado e acabei nunca terminando AtL2. =/

Continuo achando um dos melhores do PS1. Mas poderia ter sido excepcional se não fosse por esses defeitos.

Baha

No último chefe eu precisei montar uma estratégia de posicionamento e ação totalmente diferente de tudo o que eu usava antes, e ainda assim ela só funcionou porque a Shante, que eu deixei de healer, tava com a Romancing Stone (magias sem custo de MP) feita com os pedaços que eu importei do primeiro game. E levou meia hora.

Joe Musashy

I Am Alive terminado. Final meh. Salvei 15 das 20 pessoas e meu rating foi 98%.


Não discuto com socialista/comunista.

Strife

Arc the Lad II é enorme mesmo, lembro de ter passado das 60h sem dificuldades nele, mas não fiz todos os extras. Mas continua sendo um dos meus RPGs favoritos, certamente entra no meu top 10 do PS1.

E estou saudosista mesmo, ultimamente nada de novo tem me prendido, mesmo tendo uma fila grande pra jogar no meu PS3 (e talvez eu vá viajar mês que vem para os EUA, então é capaz de eu comprar um PS4). Daí fui tentar uns jogos antigos e quando vi já estava viciado :P

Até os "novos" que estão me prendendo são retro, como Shovel Knight e Axiom Verge.

Continuo no remake 3D de Final Fantasy III e estou gostando muito. A dificuldade old-school é na medida, apesar da falta de savepoints nas dungeons ser um irritação desnecessária. Mas pelo menos até agora as dungeons não são muito grandes, então estou usando a estratégia de entrar na dungeon, explorar tudo, e logo antes do chefe (geralmente dá pra notar pela sala) eu uso a magia Teleport pra voltar pro world map, salvar e então entrar na dungeon de novo e seguir reto até o chefe. Bom que já junta um pouco de grind que o jogo pede em algumas partes.

Não ter Phoenix Downs pra comprar machuca um pouco tb, ainda não encontrei nenhuma magia de reviver, então é preciso ter cuidado com as mortes.

Já dá pra dizer que é melhor que FFXIII haha

Joe Musashy

Ninguém tá lendo mesmo o que escrevo, então vou falar um pouquinho sobre Alpha Prime - que terminei ontem em uma loucura de me livrar dele logo - e falarei sobre o I Am Alive com mais detalhes.

Alpha Prime envelheceu mal. Um FPS que fica entre um Deus Ex piorado e Doom. A AI é tosca, os gráficos são fracos (mesmo para a época), a história é superficial e o plot-twist é ridiculamente óbvio. Joguei pra queimar da biblioteca mesmo.

Agora vamos ao I Am Alive:

GRÁFICOS

Para 2012, os personagens são mal construídos. Cadáveres genéricos para todo lado, com a mesma palheta. O mesmo não se pode dizer da maioria do cenário, que ilustra bem os prédios tombados.

AMBIENTAÇÃO

Como eu disse enteriormente: Silent Hill pós-apocaliptico. Há uma nuvem densa de poeira nas ruas que consome sua stamina, e você precisa constantemente escalar algo para não morrer sufocado. Cadáveres se acumulam. Canibalismo. Tente que te oferece comida, gente que só quer proteger o pouco que tem com manuseio desengonçado de uma pistola e outros que são as gangues, que saqueiam, matam, estupram e partem pra cima de você. Uma selva de pedra.

Apesar de parecer um open-world, é Silent Hill mesmo, com aquelas atualizações em vermelho e setas no mapa, bem linear. terminei em umas 8 horas e faltou pouca coisa pra fazer.

GAMEPLAY

Às vezes você pode ameaçar com uma arma sem balas, mas isso não é recomendado em grupos que possuam armas de fogo, pois eles tomam a atitude como hostil e disparam na hora. Outras vezes você dá sorte e o cara não tem munição - como será seu caso MUITAS vezes - e ele vai na faca mesmo. Aí é reflexo e sorte. O cenário pode ser usado, como apontar uma arma pro cara, mandar ele andar pra trás (sim, tem um comando pra isso), você se aproxima e dá um THIS IS SPARTA!!!!, jogando o cara do precipício. Ou em uma fogueira. Ou em vergalhões. You got the point.

Prepare-se para escalar, e muito. E cair muito. A dica que posso dar é estudar e antecipar para onde você vai, pois muitas vezes você terá que fixar um pino (que tem quantidade limitada, claro, e você vai achando por aí) porque sua stamina não aguenta uma escalada tão longa sem paradas.

Evite ficar com menos de 50% da energia, pois um tiro de pistola tira isso. E armazene bastante, pois tem 20 pessoas que vão aparecer no seu caminho precisando de recursos, e elas não ficam lá pra sempre. Algumas estão presas, outras são reféns. Salvei 15. Deixei um membro de gangue com a perna presa e uma mulher trancada no esgoto por não ter recursos. Não achei os outros três.

TRAMA

Achei simplista e confusa. O cara viaja meses para resgatar a mulher e a filha após um terremoto, mas coisas acontecem e ele perde totalmente o foco. Sem contar que:

Spoiler
Henry simplesmente desaparece. A cadeira tá lá, mas ele, paralítico, no meio de gangues, conseguiu chegar ao cais (?).

GERAL

É um bom jogo, mas fica claro que a Ubisoft (sempre ela) cancelou o projeto para retomá-lo com um orçamento menor, pois foram MUITAS pontas soltas. O jogo acaba e você sente que ficou um vazio. O próprio final parece uma cutscene para algo. Eles definitivamente tinham um projeto ambicioso, talvez para rivalizar com Rust ou DayZ, mas faltou coragem. Em todos os meus anos de jogador, foi o primeiro jogo a me deixar com a sensação de "incompleto", mesmo terminado. (Shenmue não conta, pois era uma sequência esperada.)

Vale a pena jogar, mas prepare-se para se decepcionar no final.


Não discuto com socialista/comunista.

Baha

Eu leio o que você escreve! Mas como não tem sido jogos que eu joguei ou que estão próximos na minha fila, não tenho o que comentar deles. Eu respondia quando você falava de Ys!

Joe Musashy

Foi só uma piada. Eu sei que vocês estão falando de outro estilo.


Não discuto com socialista/comunista.

Joe Musashy

Continuo na limpa da biblioteca, e comecei pela terceira vez Afterfall InSanity. Gráficos datados, sistema de combate extremamente desajeitado e preso. Os diálogos tem conteúdo e são interessantes, mas tem pausas nível Resident Evil 1. Um TPS over the shoulder, com movimentação desengonçada que, até agora, não me animou. E como atrapalha aquela merda de achievement pipocando toda hora no canto direito. Puta que pariu... É você dar um combo com machado e perder meia tela só de alertas do lado direito.

Vou fazer que nem no Alpha Prime e partir pro speedrun.


Não discuto com socialista/comunista.

Joe Musashy

Tá foda esse Afterfall InSanity. Dá crash aleatório, toda hora. No começo, era uma ou outra vez, mas estou no Chapter 14 e dá crash a cada 5 minutos. Já tentei até modo de compatibilidade, mas não resolveu. E o pior: estava começando a até simpatizar com o jogo. Ele não é bom, mas é tipo trabalhar de terno no calor do Rio: é uma merda, mas você acaba se acostumando e até começa a gostar da mulherada olhando.


Não discuto com socialista/comunista.

Baha

Já eu comecei a jogar Rayman Origins pra desentoxicar de SRPGs gigantecos.

É mais um belo exemplo de como um gênero antigo pode abandonar pixel art e evoluir visualmente pra era HD. O game é lindo, colorido, com cenários cheios de detalhes que tiram excelente proveito da resolução e animações suaves.

A trilha sonora é beeeem cheia de músicas e sons típicos de desenhos bem infantis. Não chega a me irritar, mas imagino gente não tendo tolerância.

O gameplay é um game de plataforma bem clássico. Você pode pular, correr, socar e há outras variações. A progressão é dividida em fases normais que você pode simplesmente passar ou fazer questão de coletar as coisas pra ser completista e/ou liberar personagens e segredos.

A história é a coisa mais besta possível e já deixa claro o clima e o tom do jogo: Os "heróis" estavam fazendo muito barulho e incomodando os "vilões", então os "vilões" mandaram uns bixos prenderem todo mundo. Agora você sai por aí coletando uns trocinhos pra liberar o pessoal.

Estou bem no comecinho ainda, mas está legal de jogar.