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Started by night, Feb 25, 2007, 20:46:38

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Baha

Quote from: Joe Musashy on Sep 27, 2015, 20:52:50
Ok, acabei de entender o porquê dos buracos na história do primeiro Borderlands, e da pior maneira. Se foi algo planejado desde o começo, kudos para a produtora. Tudo se encaixou agora.

Alguém já descreveu o gameplay de borderlands pra mim simplificadamente como "diablo em primeira pessoa". Confirma?

Joe Musashy

Quote from: Baha on Sep 27, 2015, 21:17:29
Alguém já descreveu o gameplay de borderlands pra mim simplificadamente como "diablo em primeira pessoa". Confirma?

De maneira meio torta, sim. Você não tem aqueles safe haven, pois tem inimigo em todo canto. Dá pra contar em uma das mãos os locais onde não tentam te matar. Você avista uma construção ou fogo, já se prepara porque vem merda.

O que me incomoda no segundo é o excesso de run-and-kill. O sistema de fast travel é limitado e você está ocupado demais se protegendo de 50 inimigos te fuzilando enquanto uma voz no rádio te dá instruções do que fazer. Deveria ter um comando "PERAÍ, CARALHO!".


Não discuto com socialista/comunista.

Gamersnake

Tem o mesmo problema de Diablo e similares, pra mim: é loot em quantidade demais, com utilidade de menos. Chega num ponto que 90-95% do que tu pega é item inútil e não vale a pena nem comparar com o que tá usando agora, então a loteria de itens se torna só um processo chato e cansativo.




Joe Musashy

Quote from: Gamersnake on Sep 28, 2015, 14:57:41
Tem o mesmo problema de Diablo e similares, pra mim: é loot em quantidade demais, com utilidade de menos. Chega num ponto que 90-95% do que tu pega é item inútil e não vale a pena nem comparar com o que tá usando agora, então a loteria de itens se torna só um processo chato e cansativo.

Exatamente.


Não discuto com socialista/comunista.

Billy Lee Black

Quote from: Gamersnake on Sep 28, 2015, 14:57:41Tem o mesmo problema de Diablo e similares, pra mim: é loot em quantidade demais, com utilidade de menos. Chega num ponto que 90-95% do que tu pega é item inútil e não vale a pena nem comparar com o que tá usando agora, então a loteria de itens se torna só um processo chato e cansativo.

Engraçado, porque o mesmo acontece no Guild Wars2. É muito loot e muito loot inútil. Eu acho cansativo pra caralho ficar toda hora desmanchando os equipamentos que ganho pra virarem matéria prima.

Gamersnake

É verdade, mas tem uma diferença crucial: você não precisa perder nem um milissegundo pra saber que aquele item verde não serve pra equipar, só pra transformar em dinheiro. No BL2 é muito comum (e chato) achar um item que QUASE podia ser útil, mas é um pouquinho pior que o seu atual. Ou um pouquinho melhor. Ou só meio diferente. Além do inventário ser bem menor que os 100+ espaços de um MMO, então frequentemente tem que parar o que está fazendo pra esvaziar a mochila. Acho isso um saco.

(Ah, você conhece o truque pra fazer salvage em massa de forma rápida no GW2? Abra a bag, clique no campo de busca mas não digite nada, depois clique duas vezes no salvage kit, e aí sim digite algo pra filtrar seu inventário, por exemplo, "light" pra mostrar apenas as light armors. )

Billy Lee Black

Opa, e esse truque faz o q? Ele automaticamente faz o salvage nos itens filtrados?

Gamersnake

Quase. Você ainda tem que clicar. Mas isso vai ocultar todos os itens fora desse filtro, então é só você ficar clicando rápido no primeiro item da lista e todos vão sendo "consumidos" pelo salvage kit.


Strife

Concordo com o Gamersnake. Aliás, uma das melhores implementações em Diablo 3 foi poder ver se os itens prestam sem precisar entrar no menu ou equipar. Ajuda muito a partir da segunda metade quando 90% do loot é lixo/inferior ao que vc tem.

Já tinha visto isso em Darksiders 2 e tinha adorado, todo jogo baseado em loot tem que ter algo parecido.

Joe Musashy

Quote from: Strife on Sep 30, 2015, 15:19:52
Concordo com o Gamersnake. Aliás, uma das melhores implementações em Diablo 3 foi poder ver se os itens prestam sem precisar entrar no menu ou equipar. Ajuda muito a partir da segunda metade quando 90% do loot é lixo/inferior ao que vc tem.

Já tinha visto isso em Darksiders 2 e tinha adorado, todo jogo baseado em loot tem que ter algo parecido.

O Borderlands tem isso, mas foi o que ele falou: a porra do item é um pouquinho pior, pra fazer dinheiro, um pouquinho melhor, diferente elemento ou atributo. Aí tua bag tá cheia de coisa que você tem que parar 100 vezes por quest (principalmente no 2) pra fazer sort. Isso quando os atributos do item no chão não bloqueiam sua visão para atirar. Isso me emputece muito, porque sou infiltrator / hunter. Atiro de longe 99% das vezes. Três dos quatro slots são com armas com accuracy e critical altos pra caralho. Aí um item bloqueia um clean headshot e preciso me mover, alertando a vítima. Caraaaaaaaaaaaio, véi... Fico muito doido.

By the way, achei um sniper legendary em uma cidade que você pega um trem pra chegar. Fica muito fácil com ele. Tudo bem que fiquei grindando feito doido durante cada sidequest, mas estou no nível 33 com uma legendary. Aí é foda. Achei que isso só acontecesse em multiplayer.


Não discuto com socialista/comunista.

Baha

Malditas duas semanas ultra ocupadas, não joguei praticamente nada. ><

Joe Musashy

Terminei Borderlands 2, mas não tenho os DLC e fiquei com vontade de continuar. O problema é que tá caro pra cacete.

Porra, MUITO melhor que o primeiro em tudo.


Não discuto com socialista/comunista.

Strife

Terminei Live-A-Live, um RPG desconhecido da Square para o Snes (que não foi lançado fora do Japão, mas conta com um patch de tradução excelente), dirigido Takashi Tokita (Final Fantasy IV, Chrono Trigger, Parasite Eve), com músicas compostas por Yoko Shimomura (Parasite Eve, Kingdom Hearts, Final Fantasy XV).

Inicialmente o jogador tem a escolha de sete personagens, cada capítulo possuindo um character designer e estilos diferentes: Pre-historic Chapter, Kung-Fu Chapter, Mecha Chapter, Sci-fi Chapter, Western Chapter, Modern Chapter e Feudal Japan Chapter. Todos esses podem ser jogados em qualquer ordem e, após terminar com todos, se destrava o último personagem e seu capítulo para, depois, acessar o episódio final. Cada um desses capítulos são inspirados/baseados em filmes, animes e até outros jogos: a história do cowboy se baseia em westerns como Por um Punhado de Dólares e Sete Homens e um Destino (que por sua vez foram inspirados por filmes do Kurosawa como Yojimbo e Sete Samurais); a história de sci-fi é uma mistura de 2001: Uma Odisséia no Espaço e Alien; o capítulo do lutador nos tempos modernos lembra Street Fighter II (Masaru é claramente baseado no Ryu); o capítulo de kung-fu (meu favorito, junto com o capítulo do personagem secreto) é praticamente uma adaptação 16-bit de filmes do estilo. E assim por diante.

Todos os capítulos são muito diferentes entre si. O capítulo de sci-fi é só possui uma batalha, focando o resto em exploração e narrativa. O capítulo do lutador é só batalhas, com o jogador escolhendo os oponentes num menu típico de jogos de luta. O capítulo do ninja envolve puzzles e stealth, o capítulo da era pré-histórica não possui diálogos (os personagens se comunicam através de imagens e sons) etc. Alguns capítulos são curtos, outros são longos, alguns são muito divertidos e outros são meio chatinhos, mas a variedade ajuda a deixar o jogo sempre interessante. O resultado é surpreendente, o vilão é ótimo e há alguns finais diferentes (pelo menos quatro, não sei se há mais). Considerando que Takashi Tokita foi um dos diretores de Chrono Trigger, vejo aqui ideias iniciais que influenciariam Chrono Trigger e mesmo Parasite Eve, com a narrativa envolvendo viagem no tempo e uma abordagem mais cinemática (Live-A-Live foi lançado em 1994).

Graficamente é uma versão melhorada de Final Fantasy IV. Os personagens são pequenos, mas os cenários são muito bons e a direção de arte é ótima. O sistema de batalha mistura aspectos de RPG/Estratégia e RPG tradicional por turnos, com personagens aprendendo muitas habilidades únicas. Cada movimento e ação consomem tempo, o que interfere na ordem dos turnos, e o jogador pode escolher "passar" o seu turno para o próximo personagem (o que ajuda muito nas batalhas difíceis). Os golpes e magias afetam áreas no campo de batalha, com inimigos de diferentes tamanhos e habilidades com alcances variados que influenciam na estratégia (pois cada movimento consome uma unidade de tempo até o próximo o turno, então se se mover pouco poderá ter mais ações entre os turnos dos inimigos). Eu diria que é um protótipo com elementos que seriam vistos nos sistemas de Chrono Trigger e Parasite Eve. O nível de dificuldade pode variar bastante entre capítulos, e como boa parte das histórias costumam ser bem lineares e não há lojas, o jogo não dá muito espaço para grind, fazendo com que o jogador valorize a estratégia e racionamento de itens. Alguns aspectos de Live-A-Live estão muito a frente do seu tempo, como o fato de recuperar HP automaticamente após batalhas (mas sem acabar com o desafio). Só que também pode ser meio obscuro e frustrante sobre o que fazer para avançar a história em alguns dos capítulos. Olhei FAQ algumas vezes para descobrir o que fazer, mas o jogo realmente não dá dica nenhuma sobre certas coisas, mal havendo tutoriais (um exemplo é o capítulo do Masaru, que funciona como jogo de luta, mas não há nenhuma indicação de que há uma ordem de dificuldade entre os oponentes, e de que o jogador neste capítulo aprende golpes dos inimigos de cada luta e que certas habilidades são essenciais para derrotar o chefe final). E nas partes finais tem um pico na dificuldade, mas é quando o jogo realmente explora as possibilidades do sistema de batalhas (o chefe final me matou várias vezes até eu descobrir uma estratégia que funcionasse). Ainda assim esses defeitos ou características mais old-school de uma época em que RPGs eram mais difíceis e deixavam o jogador descobrir jogando são compensados pelo número de maneiras em que Live-a-Live tentou se diferenciar dos demais RPGs produzidos naqueles dias.


Baha

Quanto tempo mais ou menos durou o seu gameplay dele, Strife?

Acabei de lembrar que vai ter uma mini-lista de coisas que perdi na geração 16 bits pra correr atrás depois, incluindo esse jogo, os 2 Lufias, Landstalker e treasure hunter G.