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Started by night, Feb 25, 2007, 20:46:38

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Billy Lee Black

Cara, eu gostei do sistema de batalha do FFXIII (o primeiro, não joguei o XIII-2 e 3).

E também gostei da linearidade do jogo. Final Fantasy SEMPRE foi linear e os mapas do mundo só davam uma falsa impressão de mundo aberto (com exceção do XII que foi grande e aberto).

O problema dele foi a história que foi muito ruim.

Mas lembro que geral desceu à lenha quanto à linearidade do jogo. E o resultado disso vemos aí no FFXV. E pelo visto o remake do FFVII seguirá a mesma linha.

Muito triste ver a Square tendo que perder tempo construindo mundo aberto e entupindo o jogo de quests pra justificar o mapa.

Ao menos o carisma do Final Fantasy está presente e a OST eu to achando uma das melhores da Square. As músicas de combate são realmente incríveis!

Strife

Achei que o sistema de batalhas de FFXIII teve boas ideias, mas tudo foi extremamente mal executado e limitado. Só o fato do jogo segurar a mão do jogador durante inacreditáveis 20h até abrir todas as possibilidades é um erro fatal, mas tem vários outros problemas tb. No final eu tava tão cansado de ter que lutar tudo do mesmo jeito que eu fugia de tudo (usava aqueles itens que deixam invisível, basicamente os únicos itens que eu comprava nas "lojas"), e isso nunca aconteceu comigo em nenhum outro FF. O FFXIII-2 melhorou nisso, apesar de continuar sendo um jogo tão ruim quanto. O Lightning Returns eu joguei pouco e o combate parecia muito bom, ainda tenho ele, mas ele tem vários outros defeitos que me impediram de continuar. E eu tanho asco da história e dos personagens dessa trilogia, o que torna difícil eu retornar a esse universo. Junto com o Type-0 HD e FFII, são os piores jogos da série pra mim, lá no fundo do meu ranking.

Mas sinceramente, melhor o open world vazio do FFXV do que a linearidade extrema de FFXIII, que não é só na exploração mas em tudo que o jogo faz. Uma falsa impressão de liberdade é muito mais agradável como design do que isso que FFXIII tentou. Ter um mundo para explorar, cidades para um descanso, NPCs para conversar e basicamente tudo que contribua para um world building decente acho essencial. Pra mim FFXIII é um exemplo de tudo que não se deve fazer num RPG.

Pessoalmente não me importaria de ver um novo FF linear (mas não como FFXIII, pelamor), ou um novo open world, o que realmente me deixa com empolgação baixa para novos FFs da série principal é essa insistência em se afastar de turnos. Até o remake de FFVII aparentemente está seguindo essa direção, afirmaram que não vai ser totalmente tempo real, mas pela aquela amostra da E3 parece totalmente action. Só isso pra mim descaracteriza do jogo original, podiam só aperfeiçoar o sistema de batalhas original, deixar mais ágil, eliminar encontros aleatórios, mas não, tem que fazer action pra agradar povão. Duvido que será possível usar Materias do mesmo jeito divertido e cheio de customização que tinha.

Baha

Tem diferenças entre não-linearidade e disponibilidade de conteúdo opcional.

A fórmula mais comum pra Final Fantasy (quase) sempre foi um arco central linear, mas com distribuição de conteúdo opcional durante o progresso.

Um jogo não-linear te permite lidar com eventos obrigatórios em ordem diferente ou mesmo ramificar para caminhos diferentes, e isso na série principal de FF foi na maioria das vezes usado em pequenas doses...

E os mapas dos FFs antigos não necessariamente davam uma "falsa impressão de mundo aberto", mas tornavam possível a implementação do conceito de não-linearidade, ou da inclusão de conteúdo opcional que envolvia descoberta e exploração. Esse é um dos motivos de eu adorar overworlds e sempre ficar triste quando um jogo não tem. Eles são uma ótima forma compacta de prover exploração e margem para distribuir eventos e criar mundos vivos, sem recorrer a open-worlds que podem se tornar grandes demais, vazios demais, ou entupidos com excesso de "conteúdo" repetitivo e genérico.

Desde o primeiro corredor-fantasy (o X), o conteúdo opcional basicamente passou a ser composto por eventos surgindo em locais por onde você já tinha passado obrigatoriamente.

Strife

Esse vídeo aqui é excelente, compara os dois FFs mais lineares e aponta tudo que FFXIII exagerou e fez de errado:


https://www.youtube.com/watch?v=QMZMJDFe1kc

Sério, as coisas que o cara apontou resumem quase tudo que acho insuportável em FFXIII.

E eu gosto bastante do FFX, é um dos meus favoritos. O sistema de batalhas é um dos melhores da série toda.

Gamersnake

Quote from: Strife on Jul 06, 2018, 11:29:34
Esse vídeo aqui é excelente, compara os dois FFs mais lineares e aponta tudo que FFXIII exagerou e fez de errado:


https://www.youtube.com/watch?v=QMZMJDFe1kc

Sério, as coisas que o cara apontou resumem quase tudo que acho insuportável em FFXIII.

E eu gosto bastante do FFX, é um dos meus favoritos. O sistema de batalhas é um dos melhores da série toda.

Obrigado, eu ia justamente citar esse vídeo pra apontar os problemas do FFXIII, que não são exatamente "linearidade", ao contrário do que o senso comum diz.

Por coincidência também estou jogando FFXV agora, e curtindo bastante, apesar de entender por que o combate dá uma sensação de confusão e falta de clareza no que está acontecendo. Mas geralmente isso só incomoda quando se enfrenta muitos inimigos de uma vez. Contra poucos alvos, fica muito fácil absorver tudo e fazer ações estratégicas.

Eu liguei o "wait mode", que pausa o combate quando você parar de se mover, e aí melhorou muito. Fica bem mais fácil tirar um segundo pra analisar a situação e escolher a próxima ação quando necessário, e combates mais fáceis continuam sendo ágeis e rápidos (já que você pode simplesmente continuar atacando sem parar).

Tô no fim do capítulo 2, já devia até ter avançado pra abrir os chocobos, mas estava me divertindo fazendo as hunts e preferi fechar as que podia antes de continuar.

Billy Lee Black

Eu to na dúvida se uso esse wait mode. A impressão é que o jogo foi feito pensando-se no puro action.

Strife

Eu tentei jogar nesse modo, mas achei muito estranho. Preferi o normal mesmo.

Li que só implementaram esse wait para japoneses desacostumados com action :lol:

Gamersnake

Eu achei o Wait Mode extremamente parecido com o modo padrão. Na verdade, na maior parte do tempo eu esqueço que essa opção tá ligada. O combate só pausa se você parar completamente de se mexer, e isso é algo que nunca faço em jogos de ação. Só acontece quando eu tomo a decisão proposital de largar os direcionais e deixar o combate pausar.

Billy Lee Black

Esse fds eu joguei pra caralho o FFXV.

O que melhorou:

1) O combate melhorou muito! To usando a dica do Strife. Enquanto fico batendo segurando o botão de ataque, fico girando a câmera e prestando atenção no ataque dos inimigos. Com isso to aprendendo a esquivar melhor, então o combate tá menos aleatório. Mas, infelizmente, alguns ataques dos inimigos são muito sutis e difíceis de prever. Várias vezes ainda enquanto to batendo neles, eles me acertam com algum golpe antes que eu consiga esquivar. E nesses golpes não aparece o ícone do botão de esquiva na tela, ou seja, depende totalmente de eu prestar atenção no movimento dos inimigos. E enfrentar inimigos uns 3 a 5 níveis acima do meu é o ideal! Fica uma batalha desafiadora e divertida, sem que eu mate o inimigo com facilidade, e sem que ele me mate em um hit.
2) Por causa do item acima, fazer as hunts ficou muito mais legal! To fazendo todas que aparecem agora. Minha maior crítica por enquanto vai pras hunts que precisam de uma situação específica, como estar chovendo ou à noite.
3) Depois de destravar os chocobos, fazer as hunts ficou infinitamente melhor! Agora chego ao destino rapidinho. E o fato de você poder recolher a recompensa em qualquer posto, em vez de ser no posto em que pegou a hunt, faz toda a diferença!
4) Meu level já me permite andar à noite sem morrer facilmente pros demônios. Fazer as hunts noturnas agora é possível.
5) Pela primeira vez me peguei parando no meio da estrada pra observar o cenário. Devo admitir que a Square fez um mundo bonito pra caralho nesse jogo.

O que continua ruim:

1) Fetch quests. A Cindy e o cara de um restaurante tem 300 fetch quests. Você faz uma e já tem outra. Ainda tem a professora que pede pra coletar sapos, o gordinho que pede pra bater foto etc. Felizmente, é tudo conteúdo opcional. Essas eu to ignorando completamente.
2) Os loadings desse jogo são abismais. Tem vez que eu seleciono o fast travel e o loading dele é o mesmo tempo que eu levaria pra fazer o trajeto com o Regalia...
3) O sistema de magias. Resolvi ignorá-lo completamente de tão nefasto que é.

Por fim, já falei isso, mas a trilha sonora desse jogo é linda demais, pqp! Yoko Shimomura não dá uma bola fora. Lutar ouvindo as músicas de batalha desse jogo chega a ser empolgante demais!

Strife

Essas fetch quests são um saco mesmo, mas recomendo fazer essa das fotos do gordinho do Lost. Não lembro bem o que era, mas tinha uma boa recompensa no final, acho que era uma dungeon opcional bem divertida.

E falei que destravar os chocobos logo era primordial :smartass:

Billy Lee Black

Quote from: Strife on Jul 09, 2018, 09:12:12Essas fetch quests são um saco mesmo, mas recomendo fazer essa das fotos do gordinho do Lost. Não lembro bem o que era, mas tinha uma boa recompensa no final, acho que era uma dungeon opcional bem divertida.

Opa, valeu pela dica! Irei fazê-la então.

Strife

Toda hora que eu acho que limpei a lista de PS1 eu descubro coisa nova. Agora são três jogos que eu nunca tinha visto nem em listas de "hidden gems" espalhadas por aí. Trata-se de CT Special Forces e suas continuações, Back to Hell e Bioterror.

Basicamente é Metal Slug com jogabilidade decente ao invés de ser comedor de moedas feito para ser impossível de zerar sem morrer. Tem uma abordagem mais tática para um run and gun 2D, com covers e uso inteligentes dos diferentes tipos de armas. Até veículos faz bem melhor que Metal Slug. É bem variado tb, tem partes em que se pega um sniper rifle para matar inimigos e salvar reféns em primeira pessoa, fases que são shmups e também resgate de helicóptero. O primeiro é o mais curto e fácil, e ainda não possui a habilidade de atirar na diagonal (odeio isso nesse tipo de jogo), coisa que foi retificada nas continuações. O segundo é o mais longo e variado, mas alguma coisa na jogabilidade dele me pareceu um pouco mais travada que os outros e os efeitos sonoros são fracos, a arma normal mesmo quase não faz barulho. Tudo coisa que foi melhorada no terceiro que é fantástico, melhorou tudo em relação aos anteriores, mais bonito, mais rápido e mais difícil e tb adicionou fases submersas.

Adorei esses jogos, quem curte run and gun 2D devia muito tentar. Vi que tem ports para GBA mas como de costume prefiro jogar as versões superiores de PS1, sempre evito jogos de GBA que não sejam exclusivos pois não gosto das cores lavadas e do som dele.

Tb estou jogando Koudelka, aquele review do Baha me inspirou a tentar de novo e por incrível que pareça tô curtindo, até os aspectos mais positivos e estratégicos do sistema de batalhas estão me agradando agora ao invés de só me irritar com a lerdeza. Agora, as vozes são horríveis pqp, o Edward até que é de boa, mas a Koudelka fala de um jeito tão pedante e artificial que irrita, e o James é muito enjoado. Acho que se não tivesse vozes e apenas textos seria bem melhor aturar esses personagens. Um defeito que acho tb é que os cenários pré-renderizados são em baixa resolução (mais do que o normal) o que nem sempre torna fácil de ver items e partes relevantes, principalmente jogando emulado, deixei passar até portas e fiquei preso em certas ocasiões. E os CDs são muito curtos! Quando terminou o primeiro tomei um susto, agora devo estar com 3h e acabei de iniciar o terceiro.

Baha

QuoteTb estou jogando Koudelka, aquele review do Baha me inspirou a tentar de novo e por incrível que pareça tô curtindo, até os aspectos mais positivos e estratégicos do sistema de batalhas estão me agradando agora ao invés de só me irritar com a lerdeza. Agora, as vozes são horríveis pqp, o Edward até que é de boa, mas a Koudelka fala de um jeito tão pedante e artificial que irrita, e o James é muito enjoado. Acho que se não tivesse vozes e apenas textos seria bem melhor aturar esses personagens. Um defeito que acho tb é que os cenários pré-renderizados são em baixa resolução (mais do que o normal) o que nem sempre torna fácil de ver items e partes relevantes, principalmente jogando emulado, deixei passar até portas e fiquei preso em certas ocasiões. E os CDs são muito curtos! Quando terminou o primeiro tomei um susto, agora devo estar com 3h e acabei de iniciar o terceiro.

Yep, o jogo faz um péssimo serviço em indicar nos cenários coisas relevantes pra interagir.

E o jogo é minúsculo mesmo. São 4 CDs, mas se você já tá no terceiro com 3 horas de jogo, vai terminar em menos de 10 horas totais.

Já eu estou matando o conteúdo opcional de endgame do SH:FTNW. Acho que encerro ainda hoje.

Baha

E finalmente, mais uma série encerrada!

Strife

Devo estar perto do fim de Koudelka, acabei de começar o disco 4. Mas queria comentar uma ótima cena que teve, uma em que Koudelka e Edward bebem e conversam em frente a uma lareira. Excelente conversa que serviu ao mesmo tempo para descontrair e desenvolver os personagens, até o voice acting pareceu melhor aqui. É um exemplo raro de RPGs em que personagens conversam como gente de verdade, curti muito e acho que até se tornou uma das minhas favoritas do estilo, me lembrou um pouco uma cena em que Balthier e Ashe conversam em FFXII casualmente sobre seu passado e revelando coisas importantes sem parecer. Realmente é raro de ver esse tipo de desenvolvimento em jogos, onde quase tudo trata tais conversas como grandes revelações. Koudelka (o jogo) ganhou muitos pontos comigo só por esse momento.