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Started by night, Feb 25, 2007, 20:46:38

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Baha

Mega Man 7!

Único Mega Man da série clássica no SNES.

Os gráficos são coloridos e super detalhados. Não é apenas algo que o NES jamais conseguiria fazer, mas um jogo lindo inclusive pros padrões do SNES. Por outro lado uma decisão meio controversa foi tomada: Os sprites são ENORMES. Mega Man ocupa muito espaço na tela e tudo é devidamente proporcional, o que na prática significa que a área útil visível é bem menor que nos jogos do NES. As fases foram devidamente projetadas pra levar isso em conta, mas mesmo assim a falta de visibilidade incomoda em vários momentos. Combates contra chefes também te deixam com bem menos espaço pra desviar das coisas e passam uma sensação claustrofóbica.

A qualidade sonora deu o salto que se pode esperar do SNES e várias músicas são muito boas, mas tem uma ou outra que ficou irritante pelo estilão de "circo" que deram pra elas.

A base do gameplay continua a mesma do NES, mas várias coisas foram acrescentadas:

Existe uma armadura do Rush que funciona como uma combinação das duas de Mega Man 6. Ela é muito boa e muito útil, e além disso é possível conseguir um upgrade pra ela tornando o ataque extremamente forte e perseguidor.

Beat passou a ter a função de te salvar dos buracos.

O sistema de parafusos foi introduzido, sendo itens coletáveis que funcionam como dinheiro para você comprar itens em uma loja entre as fases.

Bass e Treble fazem sua primeira aparição como rivais.

Numa decisão estranha, só 4 fases estão disponíveis no início e depois as outras 4 são liberadas.

O jogo tem várias cutscenes e diálogos durante o andamento da história. Todos são bem curtos, mas ainda assim é algo bem mais denso que qualquer coisa que existia no NES.

O jogo tem muitas coisas escondidas. Algumas são mencionadas pra você em dicas, outras podem ser descobertas tendo atenção a coisas suspeitas, mas algumas são completamente escondidas mesmo e não imagino alguém achando sem ser por sorte, procura obsessiva ou vendo na internet. Sim, algumas dessas coisas eu procurei na internet. Várias das coisas escondidas são bem úteis, como a armadura, o beat e o item que permite pegar capsulas de energia de armas sem precisar estar com a arma pra ser preenchida equipada.

No geral eu achei que o jogo tem um level design difícil, potencializado pela pouca área visível, MAS se você encontrar tudo o que precisa, principalmente a armadura, acaba tendo ferramentas pra praticamente anular isso e tornar o jogo bem fácil. Além disso quase todos os chefes principais sofrem da "síndrome do spark mandrill" onde usar a arma certa deixa eles completamente indefesos contra você. A loja também ajuda a manter cheio seu estoque de tanques de energia (que agora são limitados a 4, além de 4 tanques de arma e 1 tanque geral). Só na reta final que os chefes do castelo do Wily, principalmente o próprio Wily na sua última forma, deram trabalho.

Strife

E terminei Chained Echoes. Jogo fenomenal, o melhor RPG que jogo em anos. Mal dá para acreditar que foi todo feito por uma pessoa praticamente (mais compositor, artista e editores/tradutores). Foram 50h no total, fiz muita coisa opcional mas não tudo, mas cheguei num ponto que achei que já estava bom e fui pra reta final. Quem gosta de RPG e ainda não pegou, tá perdendo.


Baha

Terminei Monster Boy and the Cursed Kingdom!

Trata-se de um metroidvania e sucessor da série Wonder Boy.

Graficamente o jogo é lindo, com um visual muito colorido e estilo anime-anos-90 desenhado a mão. Rodou totalmente liso aqui a 4k@120fps. O único problema é que toda vez que eu abria o jogo em fullscreen ele ficava na resolução errada. Eu tinha que entrar nas opções, trocar pra windowed e de volta pra fullscreen pra ele arrumar.

As músicas também são muito boas, algumas originais e alguns remixes de músicas clássicas da franquia.

Ele tem uma história beeeem simples e clichê pra servir de desculpa pros eventos do jogo e a exploração, que felizmente não entra demais no seu caminho.

O gameplay é legal pelos controles bem agradáveis, além das várias formas que o personagem vai ganhando e pode assumir com diferentes habilidades. O mundo é entupido de coisas escondidas, e algumas são bastante fáceis de passarem batidas. Ele até tem alguns mecanismos pra ajudar a achar o que falta, mas se quiser fazer 100% é muito difícil não recorrer a um mapa na internet. A reta final teve algumas coisas irritantes em termos de batalhas e puzzles, mas de resto tudo anda de forma bastante tranquila, principalmente com o sistema de checkpoints muito generoso do jogo. Só achei também que a variedade de equipamentos é desnecessariamente grande e uma boa parte deles é inútil comparado a coisas que você já achou antes e/ou só ficam disponíveis muito tarde.

O Steam contabilizou 20 horas. Como de costume fiz 100% do que era possível no jogo e fui muito, mas muito lerdo no processo.








Billy Lee Black

Depois do review do Baha, comecei Titanfall 2.

Me lembrou bastante o combate dinâmico do Zone of The Enders, porém apenas no chão.

Porque não existe um jogo de Gundam com esse tipo de jogabilidade? Ou existe?

Baha

Terminei Ys IX: Monstrum Nox, e com isso todos os jogos da série principal (até agora)!

Esse é até agora, de longe, o jogo que mais demora pra "soltar da sua mão" na série. Entre as muitas cutscenes do começo e os elementos de gameplay sendo introduzidos um a um, sempre acompanhados de restritivos tutoriais, chega a demorar horas pra você realmente se sentir minimamente solto pra jogar de verdade.

E aliás, ele é cheio de diálogos e cutscenes o tempo todo, é de longe o mais denso nesse sentido até agora na série.

O jogo novamente tem gráficos de PS3... Os modelos dos personagens são bons (apesar de terem conseguido deixar o Dogi ainda mais esquisito), mas os cenários...



Sai a ilha de Seiren do jogo anterior e entra a cidade de Balduq e a enorme prisão agregada a ela. A cidade é um grande hub/overworld em formato open world, dividida em distritos cujo acesso você vai aos poucos habilitando durante o jogo. Não há loadings nas áreas abertas da cidade, com ela toda funcionando como "uma coisa só" apesar da existência dos distritos, e os loadings para entrar e sair de dungeons, locais fechados e regiões fora da cidade são muito curtos no meu SSD. Os distritos até têm temáticas distintas, mas definitivamente Balduq tem uma aparência muito mais monocromática e monótona que a ilha paradisíaca de Ys 8. A própria geometria e texturização dos cenários é bastante simples e com pouco detalhamento. A cidade também não é densamente populada e parece bem morta em vários locais.



Isso tudo provavelmente era ainda mais gritante no lançamento original pros consoles, pois fiquei sabendo que lá havia algumas limitações bem pesadas de draw distance.

A maioria das dungeons fica no subterrâneo da cidade e são realmente quase todas masmorras cinzentas. Áreas exploráveis além da cidade existem no jogo, mas demoram um pouco pra começar a aparecer. Mesmo assim elas não me pareceram muito inspiradas, especialmente comparadas a coisas de alguns outros jogos da série, principalmente Ys 8.

Olhando pelo lado bom, no PC com tudo no máximo o jogo usa um sistema de level of detail que não é agressivo, um raríssimo caso de depth of field sutil e agradável a ponto de eu ter preferido deixar ele ligado, opções pra basicamente eliminar limitações de draw distance e na minha máquina roda extremamente bem em 4k sempre acima de 100 fps. Ele raramente fica cravado em 120, mas como lida extremamente bem com gsync eu nunca percebo stutters ou perda de fluidez mesmo assim. Grande parte disso se deve ao trabalho de Durante, um conhecido modder que vive lançando patches não oficiais pra "consertar" ports cagados de jogos pra PC. Bom, dessa vez ele foi contratado pra fazer o port oficial de YS 9, e o resultado é bem perceptível nas opções de configuração gráficas e na performance e estabilidade do jogo. Nenhum crash, glitch ou outro comportamento estranho também.



A trilha sonora honra o padrão de qualidade da Falcom, mas não teve quase nada que tenha realmente mexido comigo e sido memorável no nível de alguns dos anteriores.

Conforme abrem os sistemas de gameplay, muita coisa do Ys 8, ou variantes similares, voltam a dar as caras. Você tem uma base pra montar, quests pra fazer, missões de "base defense" pra grindar, etc. De qualquer forma, a dinâmica das explorações e interações na cidade, junto com a quantidade de cutscenes e diálogos, acaba afastando ele das raízes da série a ponto de em muitos momentos ser quase irreconhecível como Ys.

O jogo tem muito mais verticalidade. É comum tanto na cidade quanto nas dungeons haverem 2 ou mais andares ou camadas para explorar e diversas formas de se mover entre eles. Seus upgrades de mobilidade também são fortemente focados em tirar proveito disso. Se locomover pela cidade acaba ficando bem prático e ágil por causa disso, e fora algumas irritações ao tentar escalar certas paredes é bem agradável no geral, além dos pontos de fast travel serem bastante generosos.



Praticidades também existem em vários outros aspectos do gameplay. As skills de mobilidade dos personagens são compartilhadas, então não é preciso ficar trocando pra usar. A cidade é grande e cheia de lojas espalhadas, mas fazendo as coisas certas você ganha acesso bem cedo a um serviço na sua base que concentra acesso a tudo sem sair de lá. Missables são poucos e parte deles é recuperável mais tarde. Recursos podem ser adquiridos de várias maneiras, envolvendo coleta, crafting ou simplesmente comprando.

Ah, eu joguei na dificuldade normal e o jogo foi MUITO fácil. Pra ter uma ideia eu consegui rank S de primeira em todas as missões de defense, não cheguei perto de tomar game over nenhuma vez no jogo e só em 2 ocasiões um personagem caiu. Então quem for jogar e quiser garantir algum desafio, sugiro fortemente já começar em uma das dificuldades maiores.

Meu save contabilizou 53 horas após terminar o jogo. No Steam contabilizam 57, mas isso conta o tempo da vez que tentei jogar o começo no PC anterior e um tempo em que fiquei parado no prólogo testando configurações gráficas. Eu gostei dele como jogo, mas meu favorito ainda é Ys 8, pois o 9 perde pontos em algumas coisas, como a ambientação geral muito "pé no chão" pros padrões da série que se traduziu em gráficos relativamente insossos, além da densidade de texto e diálogos que aqui já foi pra um lado excessivo. Eu espero história ultra-detalhada em Trails, não em Ys...

No ranking geral acho que eu colocaria ele logo abaixo de Oath in Felghana, ficando em quarto lugar.

Strife

Eu tenho algumas horas no Ys IX mas não empolgou. Ainda quero voltar a jogar, mas o que joguei me pareceu o mais fraco da série (que sou fã). Creio eu que essa fórmula que usam desde o Ys Seven já deu tb, além de preferir o estilo de Napishtim/Felghana/Origin, queria que mudassem um pouco o estilo no próximo.

Enquanto isso sigo em Grim Dawn, um bom Diablo clone com suporte a controle.

Baha

Ele demora muito pra terminar a introdução gradual dos seus sistemas e elementos de gameplay. Acho que só lá pelo capítulo 3 você vai estar lidando com tudo o que o jogo tem a oferecer e com a forma como ele flui daí pra frente. Se voltar a dar uma chance pro Ys 9, minha recomendação é que se você chegar nesse ponto e ainda não tiver engrenado, é o momento de decidir parar ou insistir porque depois disso ele não melhora mais (exceto adicionando mais daquilo que ele já oferece, o que só é vantagem se você gostar)

feles

Terminei Captain Toad. Muito genial a forma de usar o controle na hora de procurar pelo pixel toad, jogo simplesmente divertido demais e uma das joias da nintendo.
E inside. Não tinha jogado ainda. Delicioso.
E Evoland, Idem.

E reiniciei a uma semana o Katamary Damacy reroll (meu ultimo jogo pago, 15 reais ... ... foi O JOGO que fez eu me emputecer com a Nintendo e buscar pirataria \o/). Musicas atrapalhando meu sono desde então :_(
E tentando Donkey Kong Country: Tropical Freeze. Cara, sou eu. Nunca fui fan mesmo do DK após o primeiro jogo do snes. Vou insistir um pouco, ele é lindo demais, mas não sei, falta alguma coisa nos jogos dessa serie....


\o/
Viver é a cada 3 dias ter vontade de se ajoelhar e chorar.

Baha

Mega Man Legacy Collection 2 entrou em promoção de novo e como é o único meio oficial de jogar MM9 e 10, peguei ele. Por tabela ele vem com MM7 (que eu já terminei no emulador) e MM8 (que tem vantagens em jogar por aqui com relação ao emulador, como loadings melhores)

E então... terminei Mega Man 8!

Único da série original lançado pro Playstation. Visualmente é o mais avançado antes de MM11. Sprites muito detalhados e com ótimas animações puxando para um traço anime, mas sem ocuparem um espaço descomunal na tela, cenários muito coloridos, cheios de parallax nos backgrounds e um efeito de semi-perspectiva. Basicamente é o mesmo estilo dos Mega Man X de PS1, mas adaptado à identidade visual mais "feliz" da série original.

Agora há cenas de anime para abertura, final e um evento do meio do jogo. Elas são dubladas e a dublagem é... pavorosa. Muito, muito, muito ruim, de dar vergonha alheia. A dublagem também dá as caras em coisas como algumas poucas falas que os chefes tem e o próprio Mega Man.

A música eu achei... meh, nada realmente me chamou a atenção.

Em termos de gameplay, novamente temos aqui o sistema de só ter 4 fases liberadas a princípio, ser jogado em uma fase intermediária ao passar delas e só então liberar as outras 4. Pelo menos dessa vez isso tem um motivo: As 4 fases que são liberadas depois possuem partes que exigem o uso de armas dos  4 primeiros chefes.

O jogo continua usando o sistema de bolts, mas agora ao invés de ser um recurso que você pode farmar existe uma quantidade fixa disponível, e eles são encontrados em locais específicos nas fases, muitas vezes escondidos ou exigindo pegar rotas alternativas, que costumam exigir determinadas armas. Se você não tem conhecimento prévio pra traçar sua rota, vai ter bastante backtracking. Além disso tem bem mais upgrades compráveis do que é possível adquirir com os bolts disponíveis, então é preciso escolher e se quiser uma build diferente vai ser necessário fazer isso em outro save. Ah sim, agora o jogo finalmente salva seu progresso ao invés de te dar passwords.

O rush está presente, mas as habilidades dele foram todas trocadas e eu usei muito pouco. Não existem mais armaduras e agora o mega man pode nadar! Fora isso, o jogo sumiu com os tanques de energia. Mesmo assim não fez tanta diferença porque a maioria das mortes acontecem por situações de instakill ao invés de simplesmente dano.

A diferença mais perceptível pros anteriores foi o level design. As fases em geral são mais longas, muitas contam com subchefes e são CHEIAS de gimmicks e setpieces, variando de coisas inofensivas a irritantes. Só que entre as irritantes, tem umas MUITO irritantes, como as sessões de hoverboard. Deu pra entender o motivo desse jogo ser odiado por boa parte da comunidade. Acho que realmente de todos eles é o que eu tenho menos vontade de jogar de novo algum dia.

Strife

Estou viciado em Metal Max Xeno Reborn. Virei fã dessa série desde o Metal Saga de PS2 (um dos meus RPGs favoritos da plataforma), sendo que o Metal Max Xeno original saiu bem fraquinho mas fizeram esse remake quase completo dele e ficou mil vezes melhor. Para quem não conhece, é uma série de JRPG focada em "mundo aberto" (mas ainda muito mais linear que jogos ocidentais), pouco foco em história, mas com muito foco em exploração, combate e customização, com um sistema de batalhas "duplo", humanos e tanques. A customização dos tanques me lembra Front Mission e é extremamente viciante, mas não é um jogo que segura a mão do jogador pra nada. Ele simplesmente "começa", sem introdução, vc é um sobrevivente de um apocalipse e deve tentar encontrar sobreviventes (algo como um SMT clássico) e o começo é daqueles slooooow burns, quando vc ainda tem pouco recursos para melhorar seus tanques, tem que fugir de inimigos fortes demais, um pouco de grind etc. Porém, depois que se passa desse começo difícil (e difícil de recomendar por isso), consegue um metal detector e achar um grupo completo de 3 personagens + 3 tanques (+ cachorro), aí sim o jogo começa a brilhar e ficar viciante. Até dei uma pausa esses dias no Grim Dawn por ele. O sistema de batalhas por turnos com barra de ATB mas que se passa na mesma tela de exploração, com vc podendo andar e abrir menus, tem uma forte vibe de FFXII (até com as linhas de alvo), o que pra mim é excelente. Adorando, mas é definitivamente um jogo voltado mais para o público hardcore.








Doguinho melhor personagem.

Baha

You can pet the dog - 11/10

E eu terminei Mega Man 9!

Esse é um retorno às origens, até mais do que eu imaginava.

Não só voltaram ao estilo gráfico do NES, mas devolveram a base do gameplay pros tempos do Mega Man 1. Nada de tiro carregado e nem mesmo o slide. Mas porra, podiam pelo menos ter colocado troca de armas com os shoulder buttons, ter que ficar entrando no menu pra isso é muito desnecessário só em nome de ser "oldschool".

Dito isso, uma modernidade que preservaram foi a loja e o sistema de bolts, que voltou a funcionar igual ao MM7, com os bolts sendo um recurso que você pode farmar. O único upgrade é o energy balancer, que faz itens de energia de arma recuperarem a que tem menos energia se a atual estiver cheia. De resto o que tem pra comprar são utilitários, como tanques de energia, proteção descartável contra espinhos, e cargas para chamar o beat (na função de salvar de buracos) e o eddie.

A música não é ruim (pros padrões do estilo NES), mas não ficou na memória, então na minha opinião está na metade inferior do ranking de qualidade da série.

O gameplay é bem difícil, pra mim acho que é um dos mais difíceis da série toda. O aspecto mais forte é o quanto o jogo se apoia em situações de instakill para isso, e apesar de tudo no jogo ser "justo" no sentido de que você consegue ficar bom e aprender a passar com treino sem ficar sendo prejudicado por puro fator sorte, muita coisa é injusta com quem está jogando de primeira. Certas coisas (inclusive várias que te jogam pra morte certa) aparecem de maneira imprevisível e você só é capaz de aprender a lidar depois de já saber o que te espera, algo que você aprende da pior maneira. Além disso várias coisas são difíceis no aspecto da execução também, como pulos que precisam ser extremamente precisos e ações de platforming que exigem timing muito restrito. Nenhum chefe é propriamente fácil e alguns dão trabalho mesmo com a arma certa.

Puristas vão gostar do fato de que o jogo se apoia muito no gameplay principal, minimizando o uso de gimmicks e setpieces diferenciadas. O level design é direto ao ponto, sem rotas alternativas ou coisas escondidas. No máximo há itens de difícil acesso em determinadas telas ou rotas divididas dentro da mesma tela.

Na reta final eu acabei usando os checkpoints da legacy collection porque não estava com paciência pra refazer um monte de coisa sempre que precisasse usar um continue.

Baha

Mega Man 10!

Seguindo a mesma linha de Mega Man 9, o jogo tem exatamente o mesmo visual e gameplay. A principal novidade fica por conta de Protoman (logo de cara) e Bass (destrancável) serem personagens jogáveis também. Algo que foi uma mão na roda e era incompreensível não ter no 9 foi poder usar L e R pra trocar de arma sem precisar ficar entrando no menu.

Protoman tem o slide, o tiro carregado e o escudo que ele usa quando pula, além de já começar o jogo com seu equivalente do rush jet, mas toma o dobro do dano e consegue dar menos tiros de cada vez. Na prática ele é bem mais difícil, pois o tiro carregado é bem fraco e demora pra carregar, o slide não existe quase nenhuma situação em que seja útil nas fases e ajuda um pouco a desviar em chefes, e o escudo até ajuda a bloquear alguns tiros específicos, mas não dá pra confiar. Então tomar o dobro do dano acaba sendo uma desvantagem pesadíssima sem contrapartida à altura. Ah, a loja dele tem menos itens disponíveis que a do Mega Man também.

Bass tem o dash, tiro automático bem rápido que pode ser mirado em várias direções, e pode usar o trebble como armadura para voar com total controle. O problema dele é que seus tiros causam metade do dano e ele não pode se mover enquanto atira no chão, então matar qualquer coisa demora mais, mesmo com os tiros rápidos. Em chefes acaba tendo efeito similar à desvantagem de protoman, mas pelo menos aqui você tem mais margem pra errar.

Agora tem seleção de dificuldade, terminei no normal com o Mega Man. O level design eu achei um pouco mais amigável que no 9, sendo que aqui você corre mais risco com dano e menos com instakill. Em uma ou outra ocasião há rotas alternativas também. As fases do Wily eu achei mais pesadas, mas tratei de chegar nelas muito bem preparado, também porque ficou mais fácil farmar bolts, com algumas fases tendo distribuição mais generosa deles. Vários chefes são bem tensos sem a arma certa e demorei pra concluir alguma fase de início, mas a partir daí começou a fluir bem. Acabou que não recorri nenhuma vez aos checkpoints da legacy collection nesse aqui, joguei totalmente dentro das limitações originais do jogo.

E com isso posso dizer que terminei todos os Mega Man da série clássica!

Billy Lee Black

Seguindo no Titanfall 2.

Tô indo bem devagar. O jogo é meio enjoativo. Esperava mais do modo campanha dele, com uma maior interatividade de gameplay entre o titã e o piloto. Mas o jogo linearmente alterna partes a pé e partes no titã sem muita integração entre os dois.

Baha

Encerrei um assunto pendente da minha infância, terminando os jogos da Turma da Mônica! Eu tive um Master System e joguei bastante esses jogos, mas nunca terminei nenhum na época.

Todos eles são basicamente vários reskins dos jogos da série Wonder Boy, sendo eles:

Wonder Boy (Arcade/Master System/Outros)
Esse ainda não joguei. Não há uma versão abrasileirada desse.

Wonder Boy in Monster Land -> Mônica no Castelo do Dragão (Master System)
É um jogo bem arcaico e bem difícil também, principalmente pelo fato de que você só tem uma vida, sem passwords e sem continues, então é preciso terminar de uma vez só. Provavelmente por isso não consegui na época. O jogo é um action adventure dividido em fases lineares. As fases são relativamente curtas, mas pode haver alguma exploração dentro de uma fase. Além disso você ganha dinheiro para comprar equipamentos e sua pontuação funciona como XP, pois você aumenta a quantidade de HP ao atingir certas quantidades.

Dito isso, o jogo tem mecânicas anti-grinding, como inimigos com limite de respawn e drops, além de limite de tempo que te faz tomar dano se demorar muito nas fases. Fui descobrir agora o motivo disso: Esse jogo nasceu no Arcade e a versão de Master System é um port. Acabei usando savestates pra terminar.

A versão da Mônica é basicamente o mesmo jogo, trocando o sprite do protagonista para o da mônica (e um sprite bem feio aliás) e traduzindo diálogos dos NPCs e alguns nomes. A tradução porém tem vários furos, como por exemplo vários elementos da interface e de algumas cenas que ficaram sem tradução.

Wonder Boy: The Dragon's Trap -> Turma da Mônica em: O resgate (Master System)
Esse é talvez o jogo mais famoso da série, tanto que é ele que ganhou um remake recente. Ele é uma continuação direta do anterior, mas o estilo de gameplay mudou bastante. Agora é praticamente um metroidvania sem a divisão por fases, e as mecânicas anti grinding foram removidas. O jogo não tem mapa, mas como o mundo do jogo não é grande é fácil saber como chegar em qualquer lugar. Os controles são melhores e a jogabilidade é em geral muito mais agradável, além de agora haver um sistema de passwords para poder parar e continuar quando necessário, e os continues são infinitos. Na história o protagonista é amaldiçoado e transformado em um monstro no final do jogo anterior, e agora ele precisa derrotar vários chefes para conseguir novas formas até finalmente voltar a ser humano no final. Cada forma tem habilidades diferentes e modificadores de atributos diferentes.

De negativo só identifiquei 2 problemas importantes: O jogo tem uma mecânica de carisma, na qual é preciso aumentar esse atributo para as lojas venderem itens melhores. O carisma depende da forma atual, da armadura equipada e do número de Charm Stones que você possui. O grande problema desse sistema é que em um certo momento você precisa comprar uma certa armadura para poder prosseguir com o jogo, e a disponibilidade dela está sujeita a você ter 50 de carisma. A essa altura do jogo você ainda não pode trocar livremente de formas, estando preso em uma específica. Mesmo com a armadura que mais ajuda no carisma, é necessário ter 28 charm stones para atingir o carisma necessário. Quando cheguei nesse ponto jogando normalmente, eu tinha 13... E como você consegue charm stones? Elas são um drop RARO de ALGUNS inimigos. Sim, você inevitavelmente TEM que farmar nesse momento, e demora. Isso quebra absurdamente o ritmo do jogo. Ah, e o manual do jogo explica o funcionamento da mecânica de carisma, mas em nenhum lugar (exceto na internet recorrendo às boas almas que já passaram por isso e compartilharam o conhecimento) é informado quais inimigos dropam charm stones e o fato de que o carisma necessário para a armadura dessa parte do jogo é 50... Felizmente essa mecânica é universalmente reconhecida como péssima, tanto que no remake ela foi totalmente removida. O segundo ponto negativo é o último boss, cuja hitbox (e a dos seus ataques) é horrível e ele frequentemente te coloca em stun lock.

Na versão da Turma da Mônica, a história é que a Mônica foi sequestrada pelo Capitão Feio ao invés de transformada em monstro, e o Chico Bento aparece para tentar salva-la. Ao invés de novas formas, você ganha personagens conforme vai matando os chefes, sendo eles Bidu, Cebolinha, Magali e Anjinho. Cascão e Franjinha não são jogáveis, mas aparecem entrando no lugar dos NPCs das lojas e hospital. A localização aqui foi muito melhor e mais completa, traduzindo todos os textos de todos os tipos, e os sprites têm um visual bem melhor. Ajuda que por padrão são sprites maiores, assim como no jogo base.

Esse jogo, exceto pelos problemas que eu citei, envelheceu MUITO melhor que o primeiro. Só usei savestates nas ocasiões onde normalmente eu pegaria passwords, e na porta do último chefe. Na época eu provavelmente não terminei por ter esbarrado no "grindwall" das charm stones sem ter ideia de o que eu deveria fazer. Com jogo alugado sem manual e internet inexistente, eu nem tinha noção da existência da mecânica de carisma.

Wonder Boy in Monster World -> Turma da Mônica na Terra dos Monstros (Mega Drive)
Esse é um que eu não tinha jogado quando era criança, então foi totalmente novo pra mim. Existe um port para Master System também, mas a versão principal é a de Mega Drive e foi essa que eu joguei agora.

Como um jogo de Mega Drive, é algo mais avançado do que o que havia no Master System, mas devo dizer que tecnicamente não achei ele um grande salto, e além disso a interface ocupa um espaço bizarramente grande na tela. A história segue um novo protagonista e novamente o jogo lembra a estrutura de um metroidvania. Mesmo ele não tendo um mapa não é difícil se orientar e se deslocar entre os locais. Há várias cidades para visitar, áreas para atravessar e dungeons para explorar e derrotar chefes. Apesar disso, o jogo não é longo e no máximo é um pouco maior que o anterior. Dessa vez não tem troca de formas, apenas equipamentos, incluindo 2 tipos de armas, e eventualmente alguma dungeon tem um gimmick aqui e ali. Em algumas ocasiões um NPC te ajuda em combate em dungeons, mas eles são quase todos bem inúteis. Ao invés de passwords o jogo agora salva o progresso, mas não há mais sistema de continues e se morrer é preciso carregar um save.

A versão da Turma da Mônica troca o protagonista pela Mônica e alguns NPCs importantes pelos amigos dela, mas de resto a própria história permanece praticamente inalterada.

Em geral esse é o mais redondinho e equilibrado da série até aqui. É também o útimo a ter uma versão abrasileirada usando a Turma da Mônica.

Monster World 4 (Mega Drive)
Esse é um que não joguei ainda.

Monster Boy and the Cursed Kingdom (Steam/Consoles atuais)
Metroidvania moderno e com bastante conteúdo. Tem um review meu recente sobre ele aqui nesse tópico.

SunStar

Quote from: Baha on Mar 07, 2023, 15:03:53
Mega Man 10!

Seguindo a mesma linha de Mega Man 9, o jogo tem exatamente o mesmo visual e gameplay. A principal novidade fica por conta de Protoman (logo de cara) e Bass (destrancável) serem personagens jogáveis também. Algo que foi uma mão na roda e era incompreensível não ter no 9 foi poder usar L e R pra trocar de arma sem precisar ficar entrando no menu.

Protoman tem o slide, o tiro carregado e o escudo que ele usa quando pula, além de já começar o jogo com seu equivalente do rush jet, mas toma o dobro do dano e consegue dar menos tiros de cada vez. Na prática ele é bem mais difícil, pois o tiro carregado é bem fraco e demora pra carregar, o slide não existe quase nenhuma situação em que seja útil nas fases e ajuda um pouco a desviar em chefes, e o escudo até ajuda a bloquear alguns tiros específicos, mas não dá pra confiar. Então tomar o dobro do dano acaba sendo uma desvantagem pesadíssima sem contrapartida à altura. Ah, a loja dele tem menos itens disponíveis que a do Mega Man também.

Bass tem o dash, tiro automático bem rápido que pode ser mirado em várias direções, e pode usar o trebble como armadura para voar com total controle. O problema dele é que seus tiros causam metade do dano e ele não pode se mover enquanto atira no chão, então matar qualquer coisa demora mais, mesmo com os tiros rápidos. Em chefes acaba tendo efeito similar à desvantagem de protoman, mas pelo menos aqui você tem mais margem pra errar.

Agora tem seleção de dificuldade, terminei no normal com o Mega Man. O level design eu achei um pouco mais amigável que no 9, sendo que aqui você corre mais risco com dano e menos com instakill. Em uma ou outra ocasião há rotas alternativas também. As fases do Wily eu achei mais pesadas, mas tratei de chegar nelas muito bem preparado, também porque ficou mais fácil farmar bolts, com algumas fases tendo distribuição mais generosa deles. Vários chefes são bem tensos sem a arma certa e demorei pra concluir alguma fase de início, mas a partir daí começou a fluir bem. Acabou que não recorri nenhuma vez aos checkpoints da legacy collection nesse aqui, joguei totalmente dentro das limitações originais do jogo.

E com isso posso dizer que terminei todos os Mega Man da série clássica!

Não, não pode. Vá atrás de Rockman & Forte em algum emulador do snes  :hmmlol: