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Quentinhas do Terra

Started by Gynoug, Mar 04, 2007, 13:58:45

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SunStar

Não acho que nenhum de vocês esteja totalmente incorreto mas tmb acho q nenhum está correto. Puta anarquia :mrgreen:

Gasto é proporcional. É óbvio que  ganhando + você vai se dar alguns luxos que ñ tinha quando ganhava menos. Seja em lazer ou se aplicando em alguma coisa. Pra mim o que muda é a forma que o dinheiro é valorizado. Vocês podem considerar o Feles extremista mas ao meu ver ele valoriza muito mais o dinheiro do que vocês.

Sem mencionar que é difícil não analisarmos essa situação de dentro do meio onde estamos inseridos.

Quote from: feles on Jun 03, 2013, 16:17:42
Nõa é apenas fundamental. Não me entenda mal. É quse tudo. Se sucesso é 100%, 80% é o social.
Tu consegue ir bem com somente isso, para o passo além que o talento conta.

Eu estou fazendo um curso de formação de docentes no sábado de manhã e questionei uma professora a respeito de como motivar uma pessoa introvertida se maioria das empresas preferem os extrovertidos. A resposta não foi muito convincente...

Ah sim e esse cara tá fudido: se já coloca 500 pila na mão de uma guria de 15 anos, pode preparar pra desembolsar o dobro quando ela estiver por volta do 20 anos.

Billy Lee Black

Quote
Como a classe média alta brasileira é escrava do "alto padrão" dos supérfluos


No ano passado, meus pais (profissionais ultra-bem-sucedidos que decidiram reduzir o ritmo em tempo de aproveitar a vida com alegria e saúde) tomaram uma decisão surpreendente para um casal – muito enxuto, diga-se – de mais de 60 anos: alugaram o apartamento em um bairro nobre de São Paulo a um parente, enfiaram algumas peças de roupa na mala e embarcaram para Barcelona, onde meu irmão e eu moramos, para uma espécie de ano sabático.
Aqui na capital catalã, os dois alugaram um apartamento agradabilíssimo no bairro modernista do Eixample (mas com um terço do tamanho e um vigésimo do conforto do de São Paulo), com direito a limpeza de apenas algumas horas, uma vez por semana. Como nunca cozinharam para si mesmos, saíam todos os dias para almoçar e/ou jantar. Com tempo de sobra, devoraram o calendário cultural da cidade: shows, peças de teatro, cinema e ópera quase diariamente. Também viajaram um pouco pela Espanha e a Europa. E tudo isso, muitas vezes, na companhia de filhos, genro, nora e amigos, a quem proporcionaram incontáveis jantares regados a vinhos.
Com o passar de alguns meses, meus pais fizeram uma constatação que beirava o inacreditável: estavam gastando muito menos mensalmente para viver aqui do que gastavam no Brasil. Sendo que em São Paulo saíam para comer fora ou para algum programa cultural só de vez em quando (por causa do trânsito, dos problemas de segurança, etc), moravam em apartamento próprio e quase nunca viajavam.
Milagre? Não. O que acontece é que, ao contrário do que fazem a maioria dos pais, eles resolveram experimentar o modelo de vida dos filhos em benefício próprio. "Quero uma vida mais simples como a sua", me disse um dia a minha mãe. Isso, nesse caso, significou deixar de lado o altíssimo padrão de vida de classe média alta paulistana para adotar, como "estagiários", o padrão de vida – mais austero e justo – da classe média europeia, da qual eu e meu irmão fazemos parte hoje em dia (eu há dez anos e ele, quatro). O dinheiro que "sobrou" aplicaram em coisas prazerosas e gratificantes.
Do outro lado do Atlântico, a coisa é bem diferente. A classe média europeia não está acostumada com a moleza. Toda pessoa normal que se preze esfria a barriga no tanque e a esquenta no fogão, caminha até a padaria para comprar o seu próprio pão e enche o tanque de gasolina com as próprias mãos. É o preço que se paga por conviver com algo totalmente desconhecido no nosso país: a ausência do absurdo abismo social e, portanto, da mão de obra barata e disponível para qualquer necessidade do dia a dia.
Traduzindo essa teoria na experiência vivida por meus pais, eles reaprenderam (uma vez que nenhum deles vem de família rica, muito pelo contrário) a dar uma limpada na casa nos intervalos do dia da faxina, a usar o transporte público e as próprias pernas, a lavar a própria roupa, a não ter carro (e manobrista, e garagem, e seguro), enfim, a levar uma vida mais "sustentável". Não doeu nada.
Uma vez de volta ao Brasil, eles simplificaram a estrutura que os cercava, cortaram uma lista enorme de itens supérfluos, reduziram assim os custos fixos e, mais leves,  tornaram-se mais portáteis (este ano, por exemplo, passaram mais três meses por aqui, num apê ainda mais simples).
Por que estou contando isso a vocês? Porque o resultado desse experimento quase científico feito pelos pais é a prova concreta de uma teoria que defendo em muitas conversas com amigos brasileiros: o nababesco padrão de vida almejado por parte da classe média alta brasileira (que um europeu relutaria em adotar até por uma questão de princípios) acaba gerando stress, amarras e muita complicação como efeitos colaterais. E isso sem falar na questão moral e social da coisa.
Babás, empregadas, carro extra em São Paulo para o dia do rodízio (essa é de lascar!), casa na praia, móveis caríssimos e roupas de marca podem ser o sonho de qualquer um, claro (não é o meu, mas quem sou eu para discutir?). Só que, mesmo em quem se delicia com essas coisas, a obrigação auto-imposta de manter tudo isso – e administrar essa estrutura que acaba se tornando cada vez maior e complexa – acaba fazendo com que o conforto se transforme em escravidão sem que a "vítima" se dê conta disso. E tem muita gente que aceita qualquer contingência num emprego malfadado, apenas para não perder as mordomias da vida.
Alguns amigos paulistanos não se conformam com a quantidade de viagens que faço por ano (no último ano foram quatro meses – graças também, é claro, à minha vida de freelancer). "Você está milionária?", me perguntam eles, que têm sofás (em L, óbvio) comprados na Alameda Gabriel Monteiro da Silva, TV LED último modelo e o carro do ano (enquanto mal têm tempo de usufruir tudo isso, de tanto que ralam para manter o padrão).
É muito mais simples do que parece. Limpo o meu próprio banheiro, não estou nem aí para roupas de marca e tenho algumas manchas no meu sofá baratex. Antes isso do que a escravidão de um padrão de vida que não traz felicidade. Ou, pelo menos, não a minha. Essa foi a maior lição que aprendi com os europeus — que viajam mais do que ninguém, são mestres na arte do savoir vivre e sabem muito bem como pilotar um fogão e uma vassoura.
PS: Não estou pregando a morte das empregadas domésticas – que precisam do emprego no Brasil –, a queima dos sofás em L e nem achando que o "modelo frugal europeu" funciona para todo mundo como receita de felicidade. Antes que alguém me acuse de tomar o comportamento de uma parcela da classe média alta paulistana como uma generalização sobre a sociedade brasileira, digo logo que, sim, esse texto se aplica ao pé da letra para um público bem específico. Também entendo perfeitamente que a vida não é tão "boa" para todos no Brasil, e que o "problema" que levanto aqui pode até soar ridículo para alguns – por ser menor. Minha intenção, com esse texto, é apenas tentar mostrar que a vida sempre pode ser menos complicada e mais racional do que imaginam as elites mal-acostumadas no Brasil.


fonte: http://colunas.revistaepoca.globo.com/mulher7por7/2010/10/30/como-a-classe-media-alta-brasileira-e-escrava-do-alto-padrao-dos-superfluos/


huahauhauahuah, aguardo a opinião do feles :lol:

E faço minhas as palavras do seguinte comentário sobre a matéria:

Quote
Eu simplesmente NÃO AGUENTO esses textos babacas comparando a vida do brasileiro no Brasil com os que moram em outros países.

Aliás, quando eles só comparam e mostram as diferenças, ok. Agora, quando vem colocar o dedo da na cara da classe média e falar que o povo daqui é folgado e gosta de superfluo, fico PUTA.

Os pais deles dispensarama empregada e de repente estavam viajando a Europa e saindo todo dia para comer e ter vida cultural? Quanto era o salário da empregada deles? 5 mil? Pq, com o salário mínimo e meio que a gente pagava aqui, não dá pra fazer tudo isso, não...

Legal, eles começaram a usar o transporte público! Qual a malha de metro de Barcelona? (Resposta: http://www.barcelona-travelguide.com/images/practical/metroplan.jpg) Qual é a proporção da malha pelo tamanho da cidade? E em compração à SP? De quanto em quanto tempo passa um ônibus no ponto? Passa hiperlotado?

Viajam pela Europa? Quanto custa uma passagem uma low coast? E uma passagem nesse cartel aqui no Brasil? Você consegue achar hotel barato e de qualidade na Europa? No Brasil é impossível.

Começaram a sair pra comer e ter vida cultural? Quanto custa um ingresso de cinema lá? E aqui? E teatro? E exposições? Em SP ainda tem muita coisa pra fazer, mas aqui no ES... Uma entrada pra uma peça de maior sucesso sai por quase 100 reais a inteira. Sim, pq eu não sou estudante.

Então, se eu dispensar a empregada doméstica eu vou começar a fazer tudo isso? *____*

Engraçado, estou sem empregada há 3 meses e não consigo fazer com o dinheiro que sobrou. Só estou me perguntando o que ninha mãe vai fazer sozinha, acordando as 6 e voltando pra cada as 19:30, e limpando uma casa sozinha, tendo que dar faxina diariamente.

Sim, pq aqui é diariamente. Em Barcelona tem pó de minério? E os produtos de limpeza? São bons e baratos? Quanto custa uma lava-louça? Uma boa, que caiba panelas, não só aquelas que cabem pratos. Custa 2, 3 salários mínimos? E máquina de lavar? E secadora? Mobiliar uma casa com eletrodomésticos para facilitar a vida em Barcelona custa uns 15 salários mínimos?

O povo em Barcelona sai de casa as 6:30 para entrar as 8:00 no trabalho? Perde 1, 2, 3 horas no trânsito na ida e mais o mesmo a volta, pra chegar em casa cansado e ainda ter que enfrentar a limpeza de uma casa, como é em SP?

E as escolas em Barcelona? As crianças também só tem aulas de 7 às 11:30 - 12:00 e depois os pais que trabalham tem que se foder pra pensar como dar almoço e recebe-las em casa?

Quanto custa um smartphone em Barcelona? E uma conta de celular com internet? E a velocidade da internet? Fica caindo e saindo de área toda hora? Quanto custa móveis baratos e bons?

Acho fácil vir botar o dedo na cara da "classe média brasileira", sem lembrar de todas as dificuldades que passamos. Pagamos impostos altos e não temos retorno, nem metade do que Barcelona e outros países tem.

Se fosse fácil viver no Brasil, essas pessoas não estariam na Europa, fugindo daqui. A maioria dessas pessoas que vem falar que não tem empregada lá fora, que não tem carro, TERIAM SE MORASSEM AQUI, POIS AQUI NÃO É LUXO.

É muito pra minha cabeça, viu?

Gamersnake

A pessoinha que escreveu esse comentário não entendeu o texto. A culpa de ser tão caro viver em SP não é só das pessoas em nível individual, como se decidissem gastar mais só porque são burras. É um sistema inteiro feito pra levar a vida individual a esse ponto, sucateando o transporte público enquanto fomenta a venda de mais carros que as ruas aguentam, inflaciona os custos imobiliários enquanto tacam fogo nas favelas pra abrir mais terrenos... enfim, é uma longa discussão, mas essa cabecinha aí não tem as ferramentas pra participar da conversa.

Billy Lee Black

Quote from: Gamersnake on Jun 04, 2013, 20:36:36
A pessoinha que escreveu esse comentário não entendeu o texto. A culpa de ser tão caro viver em SP não é só das pessoas em nível individual, como se decidissem gastar mais só porque são burras. É um sistema inteiro feito pra levar a vida individual a esse ponto, sucateando o transporte público enquanto fomenta a venda de mais carros que as ruas aguentam, inflaciona os custos imobiliários enquanto tacam fogo nas favelas pra abrir mais terrenos... enfim, é uma longa discussão, mas essa cabecinha aí não tem as ferramentas pra participar da conversa.


Não, o texto falou justamente o contrário. Falou apenas da opção individual de cada um em levar esse tipo de vida, em vez de levar o estilo de vida europeu de ser. Não tem nada de sisteminha subentendido no texto.


Porém, concordo que existe sim um sistema escroto que contribui pra isso, justamente com o que você falou do incentivo pra se comprar carros, por exemplo, em vez de investimento em transporte público.


Aqui no DF mesmo já está o caos e não deve demorar muito mais tempo pra parar por completo como sampa. E o que o governador propõe? Construir estacionamentos subterrâneos no centro da cidade pra galera ter onde parar o carro. Transporte público que se foda...

feles

Never attribute to malice that which can be adequately explained by stupidity.


Não, o sistema nao é ativamente perverso incentivando carro.
Simplesmente é assim por uma infinidade de idiotices somadas, como toda a podridao do nosso pais.
Poderia pensar no basico de "bem... quem faz as leis, e suas empregas, e os cachorros e as pulgas, não usam transporte coletivo.... portanto... " mas é ainda mais complexo. E nunca vai mudar. Nunca, sem brincareira.

E o comentario debiloide de "na puta-que-lho-pariu vivem bem sem empregada" é aquela velha historia.... problemas de primeiro mundo são sonhos de prosperidade no terceiro mundo. É como ver para uma estrela distante e pensar nos problemas que aquela sociedade alienigena passa.... pode ser facil para nós de compreender, mas é outro tipo devida. Nada daquilo se aplica para nós.
Viver é a cada 3 dias ter vontade de se ajoelhar e chorar.


Billy Lee Black

huhauhauahuah, é uma notícia melhor que a outra :lol:

Baha

A que ponto chegamos! Um absurdo ter que fazer a hidratação em casa. Devíamos ganhar uma bolsa iPhone aliás, para tornar o país um pouco mais justo.

feles

O melhor da reportagem, para quem nao ler toda


Mas jornais e revistas são feitos para a classe média tradicional, o que justifica a reportagem de capa da revista Época desta semana.

O texto é um primor de falácia jornalística: "O arrocho da classe média", diz o título da reportagem, com a chamada de capa em tom de manifesto: "A conta sobrou pra você".

Com uma série de exemplos de famílias com renda superior a R$ 8 mil mensais que agora precisam conter custos, Época faz coro aos lamentos da dona de casa que se vê obrigada a reduzir seus gastos com cabeleireiro, de R$ 800 por mês – e agora tem que fazer hidratação facial em sua própria casa!

Também há o exemplo dos brasileiros de classes A/B que não aguentam mais pagar o preço do vinho nos restaurantes, porque não dá para manter esse hábito essencial e ao mesmo tempo custear o médico particular. Eles são obrigados a reunir os amigos para beber em casa!

A reportagem nota, com espanto, que na última década a renda dos 10% mais pobres subiu 91,2% acima da inflação, enquanto a dos 10% mais ricos subiu apenas 16,6%.

Há outras referências, mas bastam esses exemplos do que a revista chama de "calvário" da classe média tradicional.

O texto termina com um recado para seus leitores: "Eu era feliz e não sabia".

A frase poderia ser bem outra: "É a distribuição de renda, cidadão".
Viver é a cada 3 dias ter vontade de se ajoelhar e chorar.

Billy Lee Black

Pior que dá raiva mesmo deles chamarem essa galera de classe média tradicional.

night

http://tecnoblog.net/139788/qualcomm-formula-e/



Parece que no futuro vamos abastercer os carros como era feito no Top Gear 3000, andando pela pista vermelha. :P

feles

Viver é a cada 3 dias ter vontade de se ajoelhar e chorar.


feles

LOL

1. Caro Rodrigo, o seu amigo "engenheiro", entende tudo de motores e tal... pelo visto não entende muito de internet, o mesmo bico tem aqui no nosso mercado livre por R$ 200,00> http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-516082954-bico-injetor-bosch-0280155733-volvo-1271698-_JM

2. Desculpa, mais esse rapaz é um ASNO! qualquer um que trabalhe no ramo automotivo (sendo engenheiro ou não), sabe que os bicos injetores de todos os carros possuem um código, e por esse código, se consegue comprar em qualquer autopeças por um valor bem inferior. Uma rápida pesquisa no MERCADOLIVRE se encontra preços de 40 reais a 110 reais por peça! Bom, ele foi um brasileiro otário que não soube pesquisar...
Viver é a cada 3 dias ter vontade de se ajoelhar e chorar.

Red XIII

Com um Volvo e reclamando... faça-me o favor.  :lol:  :lol:  :lol:  :lol:
Seifer sUx