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Instalação do racismo

Started by Gynoug, Apr 06, 2007, 01:29:42

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Gynoug

QuoteEles querem desmiscigenar o Brasil
01.04.2007 - Veja

Desde que foi nomeada ministra da Promoção da Igualdade Racial, em março de 2003, a assistente social Matilde Ribeiro submergiu na rotina pasmacenta da burocracia de boas intenções de Brasília – também existem ministérios para os pescadores, para os portos, para a mulher e para o turismo. A tarefa de Matilde guarda, no entanto, uma peculiaridade. Num país fortemente miscigenado, onde mazelas sociais se sobrepõem a diferenças raciais, é muito difícil, se não impossível, definir quem integra qual raça e quais etnias devem receber proteção do estado – prova disso é a polêmica em torno das cotas raciais em universidades e escolas. Na semana passada, a ministra Matilde tornou sua missão ainda mais complicada ao externar, numa entrevista ?  BBC Brasil, uma de suas concepções. Disse a ministra: "Não é racismo quando um negro se insurge contra um branco. A reação de um negro de não querer conviver com um branco, ou não gostar de um branco, eu acho uma reação natural, embora eu não esteja incitando isso". Para Matilde, portanto, é "natural" que negros discriminem brancos.

A declaração, que flerta com o crime de incitação ao racismo, mostra o despreparo da ministra para o exercício de seu cargo ou de qualquer outra função pública. Mas não deveria ser vista de forma isolada. Desde seu início, o governo do PT alimenta a diferenciação racial no Brasil a pretexto de reforçar a identidade cultural dos negros e reparar injustiças históricas. A parte mais explosiva dessa política de desmiscigenação não está nas cotas universitárias nem na declaração infeliz da ministra. Está na subordinação da reforma agrária a critérios étnicos e raciais. Nos últimos quatro anos, uma seqüência de medidas e decretos presidenciais induziu os brasileiros a se dividir em comunidades, cores e guetos raciais e ofereceu a cada um desses grupos o direito de pedir a desapropriação de terras hoje ocupadas por empresas, famílias e até ONGs. Tudo começou em 2003, quando, contrariando a Constituição, um decreto do presidente Lula permitiu aos descendentes dos antigos moradores de quilombos exigir do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) o direito de receber o seu pedaço de chão. O decreto revogou um anterior, do governo FHC, que limitava o pleito aos descendentes de quilombolas que morassem nas áreas a ser requisitadas. Lula eliminou essa exigência, dispensou a chancela de laudos antropológicos e permitiu que a desapropriação seja conduzida após uma simples autodeclaração dos interessados. Resultado: desde que o decreto foi alterado, explodiu o número de comunidades que se auto-intitulam quilombolas, de 840 para cerca de 3.000. Com isso, a área potencialmente demarcável já chega a 20 milhões de hectares, o equivalente ao território do Paraná. Um segundo decreto, de fevereiro passado, estendeu o direito dos quilombolas a outros grupos "tradicionais", como comunidades de terreiros urbanos, quebradeiras de cocos babaçu e pomeranos, entre outras.

Conforme o Incra avança na demarcação das terras, os conflitos começam a pipocar. Nos municípios de Campos Novos e Abdon Batista, na região serrana de Santa Catarina, o Incra deve desapropriar e entregar a quilombolas cerca de 8.000 hectares pertencentes a oitenta pequenos produtores rurais. Até o início do século passado, a área realmente pertenceu a ex-escravos. Mas eles não eram refugiados, e sim alforriados. Ganharam as terras como doação de seu antigo senhor e as venderam nos anos seguintes, em transações registradas em cartório. Mas o conflito não se restringe a pequenos produtores. Tome-se o caso da Aracruz, a maior exportadora de celulose do país, alvo constante dos sem-terra e de índios. Desde 2003, supostos quilombolas passaram a exigir a desapropriação de terras da empresa em 31 municípios de quatro estados. "A questão é bem mais preocupante do que a dos índios. Os índios vivem, em sua maioria, na Amazônia ou em áreas nativas, de preservação ambiental. Mas os quilombolas reivindicam terras que são ocupadas há anos por fazendas produtivas", afirma Carlos Alberto Roxo, diretor da companhia.

No Rio de Janeiro, até uma escola financiada pela organização católica Venerável Ordem Terceira de São Francisco da Penitência corre o risco de ser desapropriada a pedido de supostos remanescentes de um quilombo. A entidade afirma ter a posse do terreno, localizado no centro da cidade, desde 1704. Além disso, diz ter provas de que nunca houve nenhum quilombo na região. "Se quilombo é local de refúgio, como poderia existir um ao lado do porto do Rio, onde existiam muitos capitães-do-mato?", questiona Tatiana Brandão, advogada da entidade.

O próprio governo, que divulgou seus decretos com as intenções mais nobres, não esconde o uso da questão racial como instrumento para desapropriar terras, produtivas ou não. Afirma o presidente do Incra, Rolf Hackbart: "Não tenha dúvida: trata-se de uma reforma agrária paralela". Até o momento, já foram delimitadas 53 áreas, que somam 326.000 hectares. E há outros 492 processos correndo no Incra. Isso só de quilombolas. Mas há também os seringueiros, os caiçaras, os pescadores artesanais... Seria risível, se não fosse dramático.
E eles continuam... continuam... continuam implorando para mim ser um racista nato. Não sei o que é mais chocante, desejarem muito que eu me torne um racista ou colocar um treco de pessoa como a descrita acima, como ministra!

Não adianta. Tem coisas que só o PT sabe fazer... que venha o terceiro mandato!

SunStar

Ñ existem governantes no Brasil e sim pessoas q procuram através d atos ñ necessariamente benéficos ou a longo prazo, ganhar votos para as próximas eleições

Raptor

Só vou quotar minha opinião sobre racismo que postei numa community:

QuoteAcima de tudo, o problema do Brazil é cultural. E a mídia faz um ótimo papel em modelar direitinho a cultura mais interessante a eles que o brasileiro deve ter: patriota, tolerante, esperançoso, mártir. Só que o que todo mundo esquece é que a cultura nacional também provém da etnia e raça de seus componentes. Não espero que alguém respeite minha postura etnorracista (verborragia minha mesmo), tanto porque tô pra ver nascer tema de conclusão mais pré-definida que o racismo. Conseguimos chegar ao ponto de fazer as pessoas questionarem religião, questionarem EUA, questionarem Globo (num nível de fervor que sobrepõe até a coerência e que está até enchendo o saco, diga-se de passagem), mas quem se dispõe a discutir diferenciação racial não consegue fugir da tendência de estampar o Hitler na fuça do assunto e dar o caso como encerrado. Aliás, não que eu seja a favor do genocídio, mas lamento muito ver sua retórica ser distorcida por quem vence a guerra e ser transformada justamente num argumento vazio ("oh, a raça ariana") pra prontamente ser descartado de prontidão por qualquer análise suficientemente inteligente. Pré-conceituar é uma atitude automática do ser humano pra qualquer assunto, que até o Dalai Lama faz. Agora, parando pra pensar a fundo sobre racismo, a gente pode, afinal, tirar o "pré" e enfim conceituar. E no fundo é muito simples: uma pessoa é modelada pela sua genética, sua cultura (étnica) e por mais um punhado de variáveis; fazendo sua origem não determinar o que és, mas fazendo ditar fortes tendências. Se alguém quiser entender melhor o que quero dizer com esta palavra, descrevi-a numa community que criei e sequer divulguei: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=28410106
Enfim, deixando claro que NÃO sou hostil com negros, judeus ou afins e tenho inclusive amigos de diversas etnias e religiões (tanto porque acredito em Possibilismo e não em Determinismo), considero fato que um grupo de orientais provavelmente será mais organizado, um grupo de africanos provavelmente será mais forte, um grupo de europeus provavelmente será mais criativo e etecéteras. Não concordar com uma coisa dessas, que o meio influencia a pessoa, é a mesma coisa que só acreditar em Acaso. E "meio" dentre várias coisas é localização geográfica e a transmissão de valores pelos próximos (posso até colocar a genética aqui no meio), conseqüentemente, influências dependentes do grupo onde vivem: normalmente delimitados por raça e etnia. Misturar "culturas" num mesmo ambiente pode ser interessantíssimo pra quem convive como expectador, tanto que o próprio brasileiro se orgulha muito da variedade cultural do país, mas isso complica demais a organização do todo. Por exemplo, é comum paulistano culpar nordestino migrante pela maioria dos problemas da cidade; e até vendo estatísticas de crimes e infrações a gente não pode negar que é uma acusação justa. Sempre "contra-argumentam" (atenção para as aspas) dizendo que isso é preconceito portanto já está errado, e os poucos que tentam justificar de forma melhor elaborada caem na mesma história do "mas isso é um problema social, são vítimas de más condições de sobrevivência em sua terra de origem". Bom, é uma culpa delegada a fatalidades, mas obviamente uma fatalidade que não pode ser punida; portanto, punição que se transfere pra mim e demais cidadãos que produzem, que culpa alguma têm pelo ocorrido. Diversos outros povos na História sofreram "fatalidades" semelhantes e até piores, mas que conseguiram se sobressair graças ?  sua cultura, que os faz ter consigo o ímpeto e a iniciativa de sobreviver sem sujar o quintal do vizinho. Deveria ser evidente, e é, que a cultura dos que migraram de lá pra cá é um bocado comodista, desinteressada e oportunista. E uma cultura ignorante feito essa que se propaga com velocidades incríveis acaba se mesclando nos resquícios de uma cultura mais virtuosa, por fim sufocando-a. Assim, a nível nacional, diversas culturas que se instalam em lugares errados e de formas erradas fazem os políticos que temos e a joãossembracisse típica do brasileiro. A solução? Não, não é campo de extermínio não; qualquer um que argumenta publicamente contra um povo será taxado de nazistinha ou no mínimo de arrogante, mas minha consciência tá limpinha da Silva. Eu penso que a solução pode ser, em semelhança como se faz (ou se deveria fazer) pra curar as doenças do corpo, colocar cada componente em seu devido lugar. Pra se comandar um grupo é necessário um líder direcionado, não diversas cabeças em conflito de idéias. E o mesmo vale para a cultura que, afinal, é o que comanda o país.


Racinha fuleira essa, viu. É um câncer pra esse país. O metabolismo é igualzinho, se espalhar pelo corpo, drenando energia das aprtes saudáveis, interceptando alimento, construindo estruturas irregulares no relevo do corpo, poluindo o organismo...