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Impostos...

Started by Gynoug, Apr 22, 2007, 18:34:45

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Gynoug

QuoteImpostos devoram a renda
22.04.2007 - Jornal do Brasil

A classe média é o estrato da sociedade que entrega a maior parte de sua mais valia para o governo na forma de pagamentos de tributos. Os brasileiros que ganham entre R$ 3 mil e R$ 10 mil por mês comprometem o rendimento de 155 dias de trabalho para honrar essa obrigação, ante os 152 dias dos que têm rendimento maior.

Estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) indica que, na média do País, são necessários 145 dias trabalhando para juntar recursos suficientes ao pagamento de 62 tributos cobrados pelo conjunto das três esferas de governo (12 impostos, 32 taxas e 20 contribuições).

Nesse quesito dias trabalhados, o Brasil fica pouco atrás de países amplamente conhecidos pela vasta rede de proteção social, como a Suécia (185) e a França (149). Ao contrário dessas duas economias, a classe média brasileira ainda precisa pagar por educação e saúde.

Para o presidente do IBPT, Gilberto Luiz do Amaral, o único jeito de um país crescer é com o aumento da renda da sua classe média para que ela traga consigo a classe baixa, e, não, ao contrário como está ocorrendo hoje no Brasil.

— A situação da classe média tem piorado nos últimos anos porque os programas sociais e desonerações tributárias estão voltados apenas para classe baixa. Isso faz com que essa última fique mais dinâmica e ascendente enquanto a primeira, estática — afirma, lembrando que o movimento faz com que ricos se distanciem cada vez mais dos outros dois estratos, o que eleva a concentração de renda.

Rodrigo Mendes, economista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), concorda e acrescenta que, com grande parte da renda sendo destinada ao pagam entode tributos, sobra pouco para consumir. — Isso gera menor potencial de crescimento econômico — diz.

O economista explica que, como a tributação é em cascata e recai mais fortemente sobre o consumo, acaba atingido todas as classes. No entanto, proporcionalmente ?  renda, os efeitos são maiores para uns estratos do que para outros. — A economia brasileira seria beneficiada se a classe média fosse menos tributada, em especial, naquilo que incide sobre o consumo — analisa.

Ele dá um exemplo para basear sua posição: o economista diz ter visto em uma visita ao Chile um veículo zero quilômetro Eco Sport, da marca Ford, fabricado no estado brasileiro da Bahia custar o equivalente a R$ 28 mil. — Aqui, no Brasil, o mesmo carro estava ?  venda por R$ 50 mil. Essa diferença é basicamente dos impostos e contribuições que incidem em cascata em todas as etapas da produção. É muito mais do que os 35% que a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) divulga — conta.

Mendes alinhava seu raciocínio salientando que os três ciclos recentes de financiamento do Estado brasileiro já chegaram ao limite: nos anos 80 foi a inflação; nos 90, a dívida pública e, agora, os impostos. — Esta é a terceira geração de uma política econômica que não se sustenta — diz.

Amaral sustenta que a classe média é a mais tributada dos segmentos econômicos porque, como apresenta uma quantidade de empregos formais bem acima da baixa renda, assume a maior contribuição para o Imposto de Renda (IR) e, ao mesmo tempo, paga a maior alíquota de contribuição previdenciária.

Além disso, ressalta, em relação ?  classe mais abastada, a média fica espremida: — Não há benefícios estabelecidos por lei e, diferentemente de quem ganha mais, não tem caixa para elevar seu patrimônio — afirma. Fernando Blumenchein, coordenador de Projetos da Fundação Getulio Vargas (FGV), nota que o sistema tributário nacional tem por características contribuir para a maior desigualdade da sociedade, transferindo renda dos mais pobres para os mais ricos. E essa regressividade é mais notada nas metrópoles das regiões Norte e Nordeste. Mas nem tanto a ponto de tirar tudo só da classe média, contrapõe.

Segundo o economista, pelos dados da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF), os brasileiros que pertencem ao estrato médio pagam mais do que os ricos, mas menos do que os pobres. — Proporcionalmente ?  renda, os pobres são mais penalizados e a classe média paga mais que a alta — esclarece.

Dessa forma, ainda com base na POF, a carga tributária até dois salários mínimos é de 30%; até 15 salários, d e 25%, e, acima disso, de 20%.

Relembrando esta informação: "Entre 1998 e 2002, as despesas correntes do governo federal foram, em média, de R$ 37,5 bilhões/ano (já corrigidos pela inflação). Entre 2003 e 2005, saltaram a R$ 56,6 bilhões/ano."

Sempre é bom saber destes cálculos dos dias trabalhados por ano em impostos. Principalmente quando amanhã começa outra bela segunda-feira... pelos meus cálculos já trabalhei em torno de 80 dias este ano para pagar pelo bolsa-esmola entre outros. Falta pouco agora.


 :)

SaintFerio

Não entendi bem a conta.... Mas mesmo assim, é foda isso... Queria viver numa terra onde não tivesse tantos impostos... Ou que pelo menos eles fossem bem aplicados...

Danny Zuco




King

Cada vez q eu vejo isso eu sinto vontade de aprender a falar inglês (só sei ler... D:) e ir tentar a vida como gringo la fora... =P

Mas a preguiça me impede... :)

Zanza

Pedi pro meu irmão ver sobre um convênio que a faculdade que eu estudava tem com faculdades no Canadá. Se eu conseguisse fazer um mestrado/doutorado lá seria perfeito, uma vez que descobri que se você conseguir morar lá por 3 anos consecutivos, você pode pedir visto permanente.

Claro que as coisas não funcionam de maneira tão simples e já descobri recentemente que estão dificultando a requisição de novos vistos pra lá...:)

Mas sonhar não custa nada (ainda)...

SirPhillip

E ainda nao quer pagar míseros R$12.